A importância da prevenção

Comunidade acadêmica da UVA discute ações para reduzir acidentes e desastres ocasionados por chuvas

 

Para a maioria das pessoas, a chuva é um fenômeno natural. Mas para muitas outras é motivo de preocupação e tragédia, principalmente no Rio de Janeiro, onde basta chover um pouco mais forte para que o trânsito pare e aconteçam enchentes e deslizamentos. Em uma cidade construída num território com muitas encostas e planícies de inundação, a urbanização desenfreada, aliada ao aterramento de lagoas e ao desmatamento, contribuem para o agravamento dos efeitos das tempestades. 

 

Apesar desses fatores, é possível reduzir e gerenciar riscos. Os alunos do projeto de pesquisa e extensão Que chuva é essa? — coordenados pela professora de engenharia ambiental Viviane Japiassú — promoveram no dia 25/10 o evento Circuito: cidades, chuvas e riscos de desastres, no campus Tijuca. Os alunos puderam participar de oficinas interativas, exposições e jogos. 

O objetivo foi promover conhecimentos sobre redução de riscos de desastres, despertando o olhar para a forma como a população ocupa a cidade e o papel de cada instituição e indivíduo na sociedade. Além disso, o evento fez parte da programação do Circuito Urbano da ONU-Habitat Brasil e contou com a presença da oficial nacional Rayne Ferreti, na palestra de abertura. Esteve presente também a reitora da UVA, Beatriz Balena, que conheceu as oficinas interativas apresentadas e destacou a importância das atividades que acontecem fora de sala de aula na formação universitária.

A organizadora do evento, a professora Viviane Japiassú, explicou que os alunos podem se engajar nesse tema como profissionais e cidadãos. “Precisamos que os novos profissionais sejam conscientes do seu papel na prevenção e na redução dos riscos de desastres, para que possamos caminhar rumo a uma cidade mais resiliente. Para isso, é preciso que os professores incluam em suas discussões e atividades os elementos do risco, chamando sempre a atenção para a responsabilidade e as atribuições que cada profissional tem nesse contexto.”

Viviane ainda confirmou a importância da conscientização e educação da população na prevenção de acidentes. “É fundamental que as pessoas percebam o risco e sigam as instruções da Defesa Civil, sobretudo nos episódios de chuvas fortes. Mas elas também devem contribuir para reduzir esses riscos, tomando cuidados na construção de suas residências, cuidando da cidade, criando mais áreas verdes, não jogando lixo no chão para não entupir bueiros nem poluir os rios. Devemos trabalhar essa temática desde a infância, como ocorre no Japão, por exemplo. Assim, na hora da crise, todos estarão mais seguros quanto às ações a serem tomadas”.

 

Com o intuito de mostrar as tecnologias e recursos utilizados na cidade e no estado para reduzir riscos, além da oportunidade de conhecer o funcionamento desses sistemas, foram realizadas duas visitas técnicas: uma ao Centro de Operações Rio — onde os participantes foram recebidos pelo coordenador da Defesa Civil, Leandro Chagas —, e a outra à Estação Hidrológica do Rio Maracanã, mediada por Cinthia Avellar, meteorologista do Alerta de Cheias do Inea. 

Durante o circuito, alunos de várias instituições expuseram trabalhos que mostravam os efeitos da chuva no solo e explicavam como prevenir desastres e se proteger em casos de enchentes e deslizamentos. Os estudantes Felippe Pereira (Engenharia Civil) e Yasmin  Kubrusly (Engenharia Ambiental), ambos da UFRJ, apresentaram uma maquete sobre os efeitos da chuva no solo. “Eu acho muito importante abordar esse tema como uma forma de prevenção, não somente depois de um acidente. É uma forma de se proteger e ficar atento aos alertas”, ressaltou Yasmin.

Além das exposições, a Defesa Civil do Rio de Janeiro esteve presente no evento, com um jogo interativo e o simulado de mesa de chuvas fortes. “A nossa função principal é a redução do risco de desastres. Nós fazemos isso por meio de cinco ações: prevenção, preparação, mitigação, resposta e recuperação, sendo as três primeiras antes dos desastres e as outras duas, depois. Eventos como esse nos permitem divulgar o nosso trabalho por meio da informação”, afirmou Jorge Domingues, da Defesa Civil.

SERVIÇO 

 

O site da Defesa Civil do Rio de Janeiro tem informações úteis em caso de desastres: 

http://www.defesacivil.rj.gov.br/index.php/para-o-cidadao/como-agir-em-desastres

 

Telefones úteis:

190 – Polícia Militar

192 – SAMU 

193 – Corpo de Bombeiros

199 – Defesa Civil Municipal

 

Por João Henrique Oliveira, 6° período

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