Alguns dos diversos problemas enfrentados pelos cariocas

O curso de Engenharia Civil promoveu palestra sobre o abastecimento de água e a coleta de esgoto no estado do Rio de Janeiro 

 

Os serviços de abastecimento de água e a coleta de esgoto da região metropolitana são pontos importantes de um saneamento básico. No Rio de Janeiro, é notável que ambos sejam um desafio para o estado, visto que no decorrer dos anos a poluição só piorou, dificultando ainda mais o tratamento da água distribuída à população carioca. Pensando em esclarecer esta problemática, o curso de Engenharia Civil da Universidade Veiga de Almeida convidou o engenheiro sanitarista Flávio Guedes, que trabalhou durante 45 anos na CEDAE (Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro) como diretor de operações e manutenção. A palestra foi realizada na segunda-feira (26), pelo YouTube, no canal “Engenharia Civil UVA”. 

 

Mediada pelos professores Marcel Lopes e Diego Veneu,  a live começou com Flávio Guedes dizendo que seu objetivo principal era discutir os problemas que enfrentou durante longos anos de trabalho, a fim de compartilhar conhecimento e experiências. O engenheiro também já trabalhou como professor universitário e afirma acreditar que o grande mérito da universidade seja transformar o cidadão em um autodidata. “Quando a universidade nos dá condição de pesquisar e resolver problemas é porque teremos os professores ao nosso lado para o resto de nossas vidas. O grande mérito é aprender a pesquisar e resolver nossos próprios problemas”, declara Flávio. 

 

Sobre o abastecimento de água da região metropolitana, o engenheiro sanitarista relembrou que são produzidos, por dia, 58 mil litros de água, atentando para os riscos de rompimento das tubulações. Porém, há uma dificuldade ainda maior: “mais difícil que a distribuição é a produção de água, é pegar a água de um rio e transformá-la em potável”, afirma. Ele ainda explicou que, a cada dia que passa, é mais difícil encontrar rios sem poluição ou, até mesmo, peixes vivos. 

 

O descarte de óleo que algumas indústrias realizam nas águas dificulta ainda mais o tratamento. Além disso, o convidado levantou a reflexão de que a poluição é um desperdício a partir do momento em que ela torna o processo ainda mais árduo, gerando muita dificuldade às estações, podendo comprometer a qualidade da água distribuída aos lares cariocas. Ele também citou a ausência das autoridades quando há algum obstáculo. 

 

O engenheiro sanitarista apontou diversos problemas no sistema em questão. Ele afirmou que, apesar de todos os defeitos apresentados, a privatização não é a solução. Para Flávio, a solução não é fácil, mas existe. A melhora deve ser apresentada nos serviços oferecidos. Durante 45 anos trabalhando na CEDAE, o palestrante adquiriu muito conhecimento e experiência que compartilhou de forma esclarecedora e didática. Os alunos participaram com perguntas pelo chat, o que enriqueceu ainda mais a discussão. 

 

 Maria Clara Gobbi, 6º período

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