Alunos da UVA aproveitam a Páscoa para empreender

Como uma forma de garantir renda extra, muitas pessoas decidem criar alternativas para vender produtos e ideias e, dessa forma, conseguir oportunidades para se livrar da crise. Com os alunos da UVA não tem sido diferente. Muitos estão recebendo o apoio da família para investir na produção e venda de ovos de chocolate na páscoa e afirmam estar conseguindo dar conta das despesas.

Quando o assunto se refere a universidade, é importante entender que a visão empreendedora tem crescido aos poucos. Uma pesquisa do SEBRAE em parceria com a Endeavor Brasil sobre empreendedorismo nas universidades brasileiras de 2016 revelou que 6% dos universitários brasileiros são empreendedores e outros 21% pretendem abrir um negócio no futuro. Entre aqueles que já têm uma empresa, 30% não têm sequer um funcionário e 93% possuem até dez empregados. São, portanto, em sua maioria, microempreendedores.

Apesar de o número ser pequeno, aqueles que tomam coragem para correr riscos e colocar as ideias em prática têm tido resultados positivos com o negócio. Um exemplo disso é a venda de doces da estudante de jornalismo Gabrielle Gama, de 20 anos. Ela conta que já possui a microempresa há dois anos, com a ajuda da mãe e da tia nas vendas. A pedido das clientes, fez um curso profissionalizante para apostar na fabricação de ovos de colher. “A ideia de vender os doces surgiu para conseguir pagar a faculdade e dar uma aliviada na situação financeira de casa. Acabo indo dormir mais tarde que o comum alguns dias, mas é compensado quando vejo os produtos prontos e bem feitos. Busquei nos doces uma forma de respirar mais financeiramente”, conta Gabrielle.

Ver o empenho dos estudantes em abrir o próprio negócio e fazer carreira pode ser gratificante, mas muitas vezes eles não são capazes de dar os primeiros passos sozinhos. O papel de incentivo da universidade é muito importante nesse momento.  “Acredito que, tanto na universidade pesquisada, como nas outras instituições brasileiras, têm ocorrido um movimento da consolidação do ensino do empreendedorismo, que contemple esta tendência social. Ainda hoje, grande parte do trabalho desenvolvido nesta área provém de bases empíricas, confirmando com isso que o estudo do empreendedorismo ainda é muito recente no Brasil. A UVA tem atuado como divulgadora de ideias e teorias produzidas fora do país”, explica o Coordenador CST Negócios Imobiliários e CST em Processos Gerenciais – EAD, Otto Guilherme Gerstenberger Junior.

Além de todo o planejamento na venda dos ovos de chocolate, o estudante de publicidade Leonardo Castro, 20 anos, mostra preocupação com a divulgação eficaz dos produtos, outro ponto que deve ser levado em consideração. “A ideia é vender em todos os lugares possíveis. A divulgação é feita por mim através das minhas redes sociais, e já recebemos ligações de pessoas de diversos pontos do Rio de janeiro, como Grajaú, Sulacap e Avenida dos Bandeirantes. Essas pessoas não são conhecidas da gente, logo percebemos que a divulgação de uma forma ou outra foi eficiente”, conta o jovem.

Apesar de não produzir ovos de páscoa, a estudante de jornalismo Letícia Mattos, 21 anos, tem encontrado na venda de brigadeiros, tão presentes nas festas de aniversário dos brasileiros, uma maneira de bancar os custos da passagem. “Além da faculdade, vendo na instituição de ensino onde trabalho. Conciliar a produção com os estudos é bem tranquilo, porque fazer os chocolates é super rápido e não me toma muito tempo nem esforço e geralmente faço a noite ou nos finais de semana”. Exemplos como o de Letícia mostram que não é preciso começar um negócio com um produto inovador, mas que uma ideia que já existe também pode fazer a diferença.

Mesmo que não pareça difícil empreender na teoria, muitas pessoas têm vontade de montar a própria empresa e possuem diversas ideias na cabeça e não sabem como prosseguir. O professor Otto Guillheme aconselha que “a primeira pergunta a ser feita é: “o que eu sei fazer?” Isso vai definir como será estruturado o negócio. Ter ciência sobre suas limitações e explicitá-las é fundamental para delinear o caminho do negócio. O autoconhecimento é crucial no momento de montar um negócio. Quanto mais você sabe sobre você mesmo, mais você sabe onde pode pisar e onde tem que tomar cuidado”.

A valorização do trabalho artesanal vem aumentando, os consumidores estão preferindo comprar os ovos, seja para o consumo próprio ou presentear alguém querido, por ser um produto mais atrativo, com embalagens criativas e claro, sem esquecer dos sabores, que estão cada vez mais diversificados, como o ovo com recheio de pudim, trufados, e o Nuttela com ninho  que se tornou o queridinho de todos. Já as indústrias estão apostando em brindes dentro dos ovos, fones de ouvido, brinquedos e por esse motivo os preços estão mais altos.

Este slideshow necessita de JavaScript.

Laboratório de Comunicação Interna, Ashelley Brenda e Camila Porto, 6º e 7º período de Jornalismo, Universidade Veiga de Almeida – campus Tijuca

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

%d blogueiros gostam disto: