Na última quarta-feira (7), aconteceu o segundo episódio da “Live da Civil”. O programa, que foi criado e organizado pelo curso de Engenharia Civil da Universidade Veiga de Almeida, teve a participação direta dos professores Marcel Lopes e Thiago Gabriel. Após abordar o tema das proteções catódicas, foi a vez de falar sobre a tecnologia nos canteiros de obras. A palestra contou com a participação de Glêdson Lima, ex-aluno da UVA, arquiteto de formação, mestrando em Engenharia Civil e dono da empresa Obra sem Sobra.
Antes de chegar ao assunto sobre as novas tecnologias voltadas para canteiros de obras, Glêdson tocou em alguns temas que pavimentaram o caminho para chegar ao tema principal. Apresentou dados sobre o crescimento médio das construções no Brasil, mercado de trabalho, déficit habitacional, sustentabilidade, entre outros. Dentro destes temas, o engenheiro cita alguns dos problemas que mais atrapalham os avanços na área da construção civil. O conservadorismo do setor é apontado como um dos empecilhos, já que cerca de 90% das empresas do mercado são de estruturas familiares, pouco profissionalizadas e com medo de inovar. Ilustrando essas afirmações, Glêdson traz um dado da Mackenzie que mostra o nível de digitalização das indústrias, tendo a área das construções como a penúltima no ranque, na frente apenas da Agricultura.
Após a contextualização com dados sobre a construção, mercado financeiro no Brasil e no mundo e inovações em diversas áreas, Glêdson introduziu algumas das novas tecnologias voltadas para os canteiros de obras. Uma das primeiras inovações apresentadas pelo engenheiro é a comunicação real time, visto que as reuniões online otimizaram o processo burocrático e aceleraram o tráfego de informações. O uso de dashboards, smartphones, tablets e notebooks se tornaram indispensáveis, criando algo que é nomeado por Glêdson como “canteiros digitais”.
Não só na comunicação a tecnologia se faz presente. Para uma aplicação mais prática dentro do canteiro, Glêdson mostrou alguns dispositivos como: drones, catracas, impressoras 3D e óculos de realidade aumentada. E para acompanhar esses equipamentos, uma enorme gama de softwares especializados foram desenvolvidos. Um dos mais utilizados segundo Glêdson são os Ged (Gerenciador Eletrônico de Documentos), que planejam projetos, arquivam e fazem a análise crítica do trabalho.
Para finalizar a palestra, Glêdson debateu sobre formas de ajudar no processo de digitalização dos canteiros. E ressaltou que as mudanças de pensamento e comportamento precisam partir dos funcionários mais subalternos até os cargos de direção. É preciso pensar em inovação, industrialização das etapas e repensar a gestão na construção.
Link da palestra
Jonatas Santos, 8° período
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