Casais de namorados contam como se conheceram na UVA

Um dia dos namorados diferente em tempos de distanciamento social 

Os jovens passam muito tempo na universidade. Muitas amizades se formam nesse ambiente, inclusive relacionamentos amorosos. Uma pesquisa feita pela Universidade de Stanford, na Califórnia, em 2017, aponta que 4% dos casais entrevistados se conheceram durante a formação acadêmica. Se a pesquisa fosse feita no Brasil, o casal de alunos da comunicação da UVA, Thayna Titoneli (21) e Viktor Kotkiewicz (21), faria parte das estatísticas. Eles se conheceram em 2017 durante o trote de recepção de calouros, mas não se falaram e nem sabiam o curso um do outro. Nasceria, mais tarde, uma história de amor.

Thayna parou de ver Viktor pela faculdade. O destino tinha preparado rumos diferentes para eles naquele momento. “Nos relacionamos com outras pessoas, mas não deu certo”, afirma a aluna do curso de jornalismo. Um ano depois, se reencontraram na sala de aula. Ela não se lembrou dele. “Ele estava diferente, mais magro e com barba, não relacionei ao menino do trote”. Durante um tempo, Thayna olhava muito para Viktor, até decidir comentar o interesse com um amigo em comum, que ajudou na aproximação do casal. “Nos adicionamos nas redes sociais, começamos a trocar mensagens e marcamos um café no bosque da UVA. Consideramos que a partir desse dia, 28 de março de 2018, começamos a namorar. E cá estamos até hoje”, conta Thayna.

Com o distanciamento social no Rio de Janeiro, a saída tem sido as chamadas de vídeo. “Ficar longe sempre é difícil. Ainda mais que estamos acostumados a nos ver todos os dias na faculdade. Mas a tecnologia ajuda bastante.”, afirma Thayna. Assim como eles, Nathalia Mattoso (22) e Luis Eduardo Freitas (23) também se conheceram no campus da UVA. A aluna do curso de psicologia saiu da sala de aula achando que foi mal em uma prova, e foi encontrar um amigo no pátio. Ele estava cercado de outros amigos. “O Luis estava na rodinha e ficou me encarando, mas não conversamos”, afirma Nathalia.

No decorrer do período, ela encontrava esse amigo em comum todos os dias. Luis estava sempre presente. Nathalia e Luiz passaram a conversar depois das aulas sobre diferentes assuntos, descobrindo que tinham muito em comum. “Em questão de dias, nós nos identificamos um com outro. Todo mundo perto da gente sentia o clima”, conta a aluna. O relacionamento foi acontecendo sem pressão das partes.“Não foi nada marcado, só aconteceu. Viramos amigos, começamos a gostar um do outro e namoramos”.

Ao conhecer o aluno do curso de turismo, Nathália superou um bloqueio. “Eu já tinha me decepcionado muito com outros relacionamentos, mas o Luis me ajudou a vencer isso. Lembro do dia em que entendi que gostava dele. Era uma sexta-feira e eu estava numa aula de psicanálise. Não me sentia bem naquela manhã. Ele simplesmente apareceu na minha sala para me fazer companhia. Então, foi nessa hora que percebi que gostava muito dele”. O namoro faz dez meses neste mês de junho. Atualmente, o casal também mantém contato por chamadas de vídeo. “Não é a mesma coisa, claro, mas não está sendo tão insuportável.”, finaliza Nathalia. 

 

Luiza Almeida, 6º período

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