ALUNOS

iNverse: jogo de RPG estimula o ensino de matemática

O “CIT & C”, Festival de Ciências, Inovação, Tecnologias e Criatividade, promovido pela UVA durante todo o mês de outubro, promoveu, na última sexta-feira, 22, a apresentação do jogo de RPG “iNverse”, intitulada de “iNverse – RPG para ensino de matemática”. O evento ocorreu às 18:30 na plataforma Teams e contou com mediação da professora Ana Maria Vianna, professora na Bluebots da UVA, a palestra contou com a presença de alunos do curso de Engenharia da Computação, além de interessados pelo tema. O festival, que pretende abordar em suas oficinas temas que estão presentes nas ODS´s da ONU, incluiu a palestra sobre o iNverse na ODS 4, que trata de educação de qualidade.

Na apresentação, estiveram presentes dois dos criadores do jogo, os alunos do curso de Engenharia da Computação Jorge Ferrari e Jonathan Torres, que ficaram responsáveis por conduzir a palestra, explicando sobre a criação do jogo e sua história. A respeito da concepção do jogo, Jonathan começa lembrando do quão inusitado foi ter uma proposta deste tipo vinda de uma matéria voltada para matemática, e diz pensar que teria um ensino mais voltado para a teoria e gostou quando a professora Ana levou o trabalho para o lado da prática: “foi bem fora do comum, normalmente, quando você imagina um trabalho, ainda mais na área de matemática, (…)imagina uma lista de exercícios bem grandinha”, brinca o criador do projeto.

Jonathan ressalta ainda o potencial criativo presente no trabalho, e explica que estudantes da área de Engenharia da Computação, assim como de qualquer área da Computação de modo geral, “tem que ter um lado muito técnico, mas também tem que pensar um pouco fora da caixa”. A proposta feita na disciplina da professora Ana Vianna também surpreendeu o outro criador do jogo, Jorge Ferrari. Jorge é fã de jogos de tabuleiro, quando a professora sugeriu um trabalho com este tema, a reação de Jorge foi de surpresa: “quando a professora sugeriu que a gente criasse um boardgame, para a gente foi um espanto (…), então a gente resolveu aceitar esse desafio”.

Jorge lembra que o grande desafio era, além de fazer um jogo, que ele fosse voltado para o ensino de matemática e explica que o iNverse utiliza a técnica de deckbuild, que consiste em iniciar o jogo com recursos limitados e ir comprando cartas conforme o seu desenrolar: “essas cartas estão à mesa e você vai comprando as cartas e montando sua estratégia ao vivo, então a cada jogo você tem possibilidades de montar um deck diferente”. Sobre a inspiração para o trabalho, Jorge explica que se inspiraram no jogo “Dominion”, de 2008, o qual foi o precursor de jogos no formato deckbuild.

O iNverse teve o design das cartas e toda a parte visual feitos por Jorge, sobre sua história, Jonathan explica: “a ideia do jogo é justamente trabalhar todo esse conceito de operações inversas que existe na matemática, então de certa forma, a gente tem duas categorias de cartas no jogo, que são, justamente, os números e as operações”. As cartas dos números vão de zero a seis e nelas constam citações relacionadas com esses números, nos exemplos dados na apresentação, são apresentadas as cartas do número zero, que contém uma citação do matemático italiano Leonardo Fibonacci e do número um, que apresenta um pensamento do filósofo grego Plotino.

Quanto as operações, o jogo conta sempre com a presença de uma operação e seu inverso, como o exemplo dado, da soma, e seu inverso, a subtração. Após a explicação, os criadores mostram como é o jogo na prática e promovem uma partida entre eles, na qual Jorge sai vitorioso.

Por: Jean Caldas, 8º Período

Festival CIT & C promove oficina de Podcast

O I Festival de Ciência, Inovação, Tecnologia e Criatividade (CIT & C) promoveu uma oficina de Podcast. O evento, intitulado de “Podcast para iniciantes”, era parte da disciplina Mixagem e Edição de Áudio, do curso de Cinema e Audiovisual ministrada pelo professor Marco Zappala. A oficina aconteceu de maneira virtual, através da plataforma Microsoft Teams e ocorreu na última sexta-feira, 22. Todas as oficinas e palestras do festival pretendem contemplar as diferentes ODS´s da ONU 2030, a oficina de Podcast pretendia contemplar a ODS 9, que compreende as áreas de indústria, inovação e infraestrutura.

A oficina tinha, segundo explicação do professor, o objetivo de apresentar ferramentas, técnicas, tecnologias e processos utilizados na produção de conteúdo para o segmento, abordando o audiovisual e o aumento do acesso às tecnologias da informação e comunicação. Zapalla explica mais detalhadamente sobre o item C, sendo a parte da ODS 9 a qual sua oficina contempla. O item citado, tem como objetivo “aumentar significativamente o acesso às tecnologias da informação e comunicação e se empenhar para procurar ao máximo oferecer acesso universal e a preços acessíveis à Internet nos países menos desenvolvidos, até 2020”. Sobre o item, o professor explica que a parte que mais interessa contemplar com a oficina é a do acesso universal, “em como o Podcast pode auxiliar no acesso à Internet e às tecnologias de informação e comunicação e ao conhecimento”, disse Zapalla.

O projeto, chamado pelos idealizadores de Sustentalk, tinha o objetivo de abordar tanto o desenvolvimento teórico, por meio da criação de uma pauta, que trata sobre os assuntos a serem abordados no Podcast, bem como da parte prática, com a gravação e finalização de um episódio, explicando de forma simples o que é um Podcast e alguns requisitos básicos para a sua produção. A respeito das etapas do processo de criação do Podcast, o professor inicia com a gravação, feita com o programa Audacity, além da utilização de gravador de mp3, os textos já contavam com pessoas previamente escolhidas para gravá-los, que eram alunos da disciplina ministrada por Zapalla.

Na oficina, foi possível aprender algumas técnicas, como a de gravação contínua: o participante continuaria falando mesmo após errar alguma palavra, pois estes erros seriam apagados por meio de edição em um programa específico posteriormente. Além disso, o professor ensinou a marcar os erros utilizando sinais sonoros como palmas, que servem também para determinar o início da gravação, como uma claquete.

Por: Jean Caldas, 8º período

CasaCom Conecta traz especialista em sustentabilidade da Reserva

No dia 22 de setembro, a CasaCom Conecta promoveu pelo seu canal no YouTube a abertura do PubliUVA Summit 2021, evento que contou com a palestra “Estratégias de Comunicação da Sustentabilidade nas Empresas: um Case da Marca Reserva”. Com mediação do professor do curso de Publicidade e Propaganda Júlio Martins, o evento teve a presença de Alan Abreu. Abreu foi vencedor do desafio “Do it! Challenge 2018” promovido pela ONU e atualmente é especialista em sustentabilidade na Reserva. 

Em sua palestra, Abreu iniciou conceituando a sustentabilidade e deu o exemplo que, para ele, foi o primeiro movimento marcante de agressão à natureza, a Revolução Industrial. O especialista em sustentabilidade explica que neste período houve um aumento muito grande do consumo, que, por sua vez, ocasionou um maior número de descartes de materiais, agredindo assim o meio ambiente. Em sua apresentação, ele ainda enumera outros malefícios trazidos pela Revolução Industrial para o meio ambiente, como a perda da biodiversidade, aumento do efeito estufa e chuvas ácidas. Abreu ainda cita fatores sociais como fome e miséria, que também estariam presentes nesse período.

Sobre a sustentabilidade, Abreu explica que o termo nasceu nos anos 70, na “Conferência das Nações Unidas para o Meio Ambiente”, seu objetivo era conscientizar o mundo sobre o crescimento exacerbado e sugerir maneiras de conciliar a produção sem que o planeta seja agredido. Para que o plano de um crescimento sustentável fosse viável, Abreu apresentou os três pilares da sustentabilidade, que são o social, o ambiental e o econômico. Sobre a questão social, ele explica que tem a ver com temas como fome, miséria, saúde e educação, já o ambiental irá tratar de todas as questões que envolvem a natureza e o econômico serve como uma lembrança da necessidade dos dois primeiros itens para ser possível pensar em um crescimento.

Mais adiante, ainda entra em questões mais específicas da sustentabilidade como a sustentabilidade corporativa, que irá abordar como as empresas lidam com esta questão. Segundo a teorização trazida por Abreu, neste tipo de sustentabilidade as empresas deveriam incluir em seu plano organizacional medidas para minimizar os danos à natureza causados por suas produções. Como Abreu representa uma empresa que figura no segmento de roupas, ele traz informações sobre a sustentabilidade na indústria têxtil que, segundo ele, é o segundo segmento que mais polui o planeta, perdendo apenas para a indústria petroquímica. Entre os vários problemas que permeiam a indústria têxtil, o palestrante chama a atenção para questões sociais, como violação de direitos humanos, exploração e mão de obra infantil.

O especialista explica, através de quatro tópicos, quais são os impactos que a moda possui sobre o meio ambiente, são eles a colheita, a produção, o ciclo de vida e o descarte. Sobre a colheita, Abreu exemplifica falando do maquinário utilizado em plantações de algodão, que podem colaborar para o efeito estufa, já sobre a produção, ele chama a atenção para a grande quantidade de água utilizada na confecção de tecidos, como o Jeans. A respeito do ciclo de vida de produtos, o especialista conta que muitas marcas apostam na produção da chamada fast fashion, que pode ser entendida como coleções que ficam rapidamente obsoletas, impulsionando o consumidor a comprar sempre mais e com mais frequência. Este ritual culmina na questão do descarte, que, cada vez mais frequente, lota aterros de materiais que, muitas vezes, não são reciclados. 

Ao analisar de uma maneira geral, Abreu reconhece que muitos avanços já foram feitos na indústria têxtil, mas alerta que existem ainda muitos desafios quando se pensa no mundo em sua totalidade. Ele cita um boletim do IPCC que indica que a humanidade está indo para um caminho de, segundo Abreu, “depredação do planeta”. Sobre o boletim,  expõe algumas informações como o aumento do nível do mar e a perda da biodiversidade, efeitos que, segundo ele, já são considerados irreversíveis.

Apesar dos muitos males causados pelo homem ao meio ambiente e de já existirem sequelas irreversíveis, Alan expõe o que pode ser uma gota de esperança para regenerar o planeta. Quando ele apresenta o case da Reserva, fala sobre o projeto “1P=5P”, cujo objetivo é transformar uma peça de roupa vendida em cinco pratos de comida para pessoas carentes. O “1P=5P” nasce do desejo da marca em ter um projeto próprio, já que anteriormente havia participado do “Rebeldes com Causa”, que tinha o foco de apoiar empreendedores sociais. Abreu conta que no início, a marca tinha o desejo de atuar no ramo da educação, mas, alertados por um dos beneficiados do “Rebeldes com Causa”, resolveram olhar para a fome, que pune 19 milhões de pessoas só no Brasil. 

Para a realização do projeto, a Reserva conta com parceiros como o Banco de Alimentos, situado em São Paulo, e o Mesa Brasil, do SESC, que tem atuação em todo o país, mas a Reserva decidiu direcionar os recursos apenas para a unidade de Alagoas, estado possuidor de um dos piores IDH´s do Brasil. A respeito do conteúdo das doações, Alan explica que os parceiros fazem uma curadoria, pegando alimentos de onde sobra e levam para quem necessita. Os lugares procurados são Supermercados, Hortifruit`s, indústrias e padarias. Quando os alimentos são coletados, há uma análise do que ainda possui bom valor nutricional, estes são enviados para instituições de caridade cadastradas no projeto. 

O projeto possui cinco anos, Abreu conta que, no início, a comunicação era mais voltada para a questão da quantidade, sempre que batiam um milhão de pratos, havia uma peça sinalizando o feito, mas que, com o tempo, foram sentindo falta de uma comunicação mais qualitativa, voltada para o sentimento, por isso, a marca refez todo o material de comunicação e redefiniu o foco, dando visibilidade para as pessoas que estavam por trás do projeto. Uma ação que marcou os colaboradores foi a realização de um mutirão, no qual foram coletadas meia tonelada de proteínas para uma instituição do Rio de Janeiro. 

Com os próprios colaboradores fazendo a entrega, ficou mais fácil de sensibilizá-los, já que estavam entrando em contato com os beneficiados. A ação gerou um bom material para a Reserva além de enviar uma mensagem para os consumidores de que a marca estava associada com as doações. Com a chegada da pandemia, Abreu revela que o capital da Reserva chegou quase a zero, já que as pessoas não estavam comprando roupas, mas que mesmo assim, se comprometeram em não parar com as doações, já que entendiam ser a época em que mais eram necessárias, desde o início do projeto, a “1P=5P” já distribuiu 53 milhões de pratos em todo o Brasil. 

 

Por Jean Caldas, 8° Período

Publicação de artigos e cuidado com selfies podem garantir sucesso profissional no LinkedIn

A recolocação profissional, ou a primeira oportunidade de estágio, são o foco de muitos usuários da plataforma LinkedIn, mas a rede e suas possibilidades continuam misteriosas para alguns. Buscando sanar essas dúvidas, o curso de Tecnologia de Gestão em Recursos Humanos da Veiga de Almeida promoveu o encontro virtual “Marketing pessoal no LinkedIn: como pensam os recrutadores e como tornar seu perfil atrativo” com Andréa Greco, especialista em empregabilidade na rede, como parte da série de lives RH UVA Talk. A conversa, que aconteceu na terça (8) às 19h no canal do curso no YouTube, foi mediada pelo professor Marcio Santos Souza.

Formada em Psicologia, Andréa concluiu um MBA em Gestão e Recursos Humanos na UVA, o que fundamentou ainda mais sua função atual. “Deixar candidatos mais preparados para entrevistas, ajudar a melhorar currículos…”, enumera a especialista como algumas de suas principais atribuições. Para ela, entretanto, por mais que um bom currículo possa fazer a diferença em um processo seletivo, o candidato que deseja marcar presença e ser notado no LinkedIn precisa pensar além do Vitae.

“Não é só um currículo online, é uma rede profissional que gera networking, negócios e parceria”, define a psicóloga. Segundo Andréa, reconhecer as especificidades do LinkedIn é necessário para poder aproveitar ao máximo todos os seus recursos. Nessa rede, não basta criar o seu perfil e “cruzar os braços”, como exemplificou a profissional. É necessário interagir, comentar publicações de outros usuários, e gerar o seu próprio conteúdo.

A possível falta de experiência ou ocupação atual não é um impedimento para a criação de bons posts. Compartilhar trabalhos feitos na faculdade, falar sobre experiências de voluntariado, e divulgar projetos pessoais como blogs são consideradas, por Andréa, ótimas ideias para publicações. Uma boa aula que o estudante assistiu, ou uma foto do material que está sendo estudado com uma legenda que discorra sobre como aquele conhecimento o está impactando, também podem virar conteúdo no LinkedIn.

Andréa Greco compartilhou já ter sido reconhecida pessoalmente em shoppings de São Paulo por usuários do LinkedIn (Imagem: Print de tela/YouTube)

Um perfil ativo, coeso e bem preenchido tem 27 vezes mais chances de ser visto por outras pessoas, inclusive recrutadores em busca de bons candidatos para empresas, como quantificou a especialista. “Quanto mais dados você distribuir pelo seu perfil, melhor”, Andréa encorajou. Entre esses dados e publicações, a especialista também cita prints e fotos de certificados, e a participação em cursos extracurriculares, como boas opções.

Já a fotografia, mesmo fazendo parte da rotina do LinkedIn, não é compartilhada de qualquer forma. A convidada do encontro virtual aconselhou o cuidado com as “selfies”, e com o ambiente onde são capturadas as imagens. Fundos neutros, como paredes brancas, são os mais coerentes para o tipo de conteúdo da rede. E o look vestido na foto? Ele deve ser, segundo Andréa, realista e condizente com quem você realmente é, para que um possível recrutador ou empregador saiba o que esperar. “Se para a sua área você não tem o costume de vestir terno e gravata, vista na foto o que você usaria, realmente, no seu dia a dia profissional.”

O recurso de artigos também pode ser aproveitado. Nele, o usuário tem a possibilidade de desenvolver publicações de texto mais elaboradas, embasado em outros autores e outros profissionais do LinkedIn. O candidato que redige sobre um tema correlato à sua área, ou sobre algo que o interesse, tem a chance de gerar credibilidade e autoridade como um representante do seu ramo na rede. Andréa aconselha a seus clientes a publicação de um a dois artigos por mês, visto que esse tipo de postagem demanda um tempo mais cuidadoso para pesquisa e escrita.

Você pode assistir à gravação da conversa pelo canal do YouTube, ou conferi-la abaixo.

 

Gabriel Folena, 3º período