Ciências Sociais e Jurídicas

Delegada, Juliana Montes, conta sua trajetória na Polícia Civil

Ex aluna da Universidade Veiga de Almeida foi a convidada da live “Sexta-Feira Legal”

A live “Sexta-feira Legal”, que aconteceu na última sexta feira (2),  teve a participação da delegada de Polícia Civil e ex aluna da Veiga de Almeida, Juliana Montes. Há 10 anos na Polícia Civil a convidada começou o bate-papo contando toda a sua trajetória.

Nos primeiros momentos da conversa ela disse aos estudantes como entrou para corporação no cargo de oficial de cartório e como, após passar no concurso público, virou delegada. “Foi um pouco de supetão, mas me encontrei aqui nessa profissão. Eu amo o que faço e quero investir nessa carreira, já que precisa ter vocação para seguir”, reforçou a delegada. Ela também deixou claro para os espectadores que para seguir esse caminho é preciso ter equilíbrio psicológico. 

Para comprovar o seu argumento, Juliana contou uma história que aconteceu na 5ºDP, lugar em que trabalhava na época, em que um homem que estava sendo conduzido até lá acabou roubando a arma de um policial ferindo 3 pessoas e matando outra. Apesar desses perigos da profissão, a delegada relatou que prefere não andar armada. “É uma opção minha, foi uma escolha que eu fiz. Acabei fazendo algumas mudanças na minha rotina depois que virei delegada, mas nada muito absurdo”.

Os alunos participaram ativamente da live mandando dúvidas sobre a carreira de delegada e perguntas sobre alguns assuntos como descriminalização das drogas e a decisão do Superior Tribunal de Justiça de proibir as operações em comunidades dominadas pelo tráfico. Juliana, expõe que é a favor da legalização e ainda acrescentou que ela acredita que seja uma questão de saúde pública. Sobre o segundo tópico, a delegada Civil destacou que sem a presença da polícia nas comunidades, os bandidos se fortalecem e se articulam com mais facilidade, o que torna mais difícil combater. 

 A convidada, ainda relatou as dificuldades de ser uma mulher na polícia e falou um pouco sobre o machismo no seu meio profissional, ela acrescentou: “é um ambiente muito machista, mas as mulheres estão lutando todos os dias pra subir mais. A gente sofre sim, mas nunca tive nenhum caso de desrespeito”. E no final, Juliana terminou a live falando sobre a seriedade da profissão e ratificando que é preciso humanizar os presos e ter empatia com os que estão nessa situação. Aconselhou a todos que querem seguir a profissão que, para não “pirar” é importante não levar as coisas para o lado pessoal e focar em exercer a profissão da melhor forma possível.

 

Amanda Ramos, 6º período; Tayane Oliveira, 6ª período.

 

Série de lives sobre inclusão discute os desafios da pandemia na vida escolar dos deficientes

O desafio da inclusão escolar para pessoas com deficiência durante a pandemia do novo Coronavírus foi o assunto da primeira live da série “O papo é inclusão”. A conversa foi transmitida, via Youtube, pelo curso de pedagogia nesta quinta-feira (01). O professor de direito da Universidade Veiga de Almeida, Josemar Araújo, deu seu ponto de vista como portador de deficiência visual.

Com a medida de distanciamento social como forma de diminuir o contágio do covid-19 as aulas presenciais foram substituídas pelas virtuais. Uma solução que pode parecer simples e eficiente, mas não é assim para todos. Quando se perde um dos cinco sentidos, é necessário que outro seja usado no lugar dele. No caso do deficiente visual a visão é substituída pelo tato, alteração que se torna inviável para exercer as atividades online. 

Josemar fala sobre como o braile foi importante na construção do seu conhecimento escolar e como, durante a pandemia, a alfabetização de cegos por esse meio foi inviabilizada. Ele relata que esse fato gera um atraso ainda maior em uma educação que já costuma ser mais lenta devido às barreiras enfrentadas pelas pessoas com deficiência. 

Mas não é só no aprendizado da língua portuguesa que moram as dificuldades, elas também se estendem para a área de exatas. Para realizar cálculos matemáticos sem o uso de calculadora é necessário um instrumento chamado soroban, que assim como braile, tem o aprendizado condicionado a um professor que possa ensinar por meio do tato.

Para além da educação, o professor ainda relata que a pandemia dificultou até atividades simples, como atravessar a rua. Com a ordem de evitar o toque ele afirma que a população carioca, antes solicita as seus pedidos de ajuda para chegar ao outro lado da calçada, agora se encontra com medo por não se sentir segura com a ideia de encostar em outra pessoa. 

Momentos de crise deixam ainda mais claro que a sociedade ainda tem muita a evoluir na inclusão de pessoas com deficiência na sociedade e que a empatia deve ser colocada em primeiro lugar na luta pela inclusão. A igualdade de direitos desse ser uma busca constante, ou como citado pelo professor: “o direito a diferença é uma condição para o exercício do direito à igualdade”.

 

Letícia Freitas, 7° período.

Meio Ambiente: direito e proteção é tema da primeira live no Núcleo de pesquisas e práticas sustentáveis

Na terça-feira (15), aconteceu a primeira live no perfil do Instagram (@nuppsuva) do Núcleo de pesquisas e práticas sustentáveis (NUPPS). O bate-papo foi entre Paulo Marcio Freitas de Oliveira, aluno de Direito da Universidade Veiga de Almeida, e Carla Cardoso de Moura, advogada e professora da UVA. Temas como Meio Ambiente e Direito Ambiental foram abordados na live.

O aluno Paulo Marcio regeu a conversa com ótimas e relevantes perguntas sobre o tema à professora Carla Cardoso. A convidada destacou que sua paixão pelo meio ambiente cresceu ainda quando criança, e que sempre se identificou com a natureza e animais. “Desde sempre essa temática esteve na minha vida, eu procuro no meu dia a dia ter práticas mais sustentáveis, procuro inserir toda a experiência e possibilidade de aprendizado que eu tenho não só com meus alunos, mas com meus amigos, meus parentes, implementando coleta seletiva em um edifício onde eu morava”, disse.

A conversa foi super produtiva e com várias dicas de proteção e cuidados necessários ao meio ambiente. “O meio ambiente é um direito, mas ao mesmo tempo também é um dever, a gente diz que é um direito/dever, eu tenho o direito de desfrutar desse ambiente salubre e saudável, mas eu tenho o dever de contribuir para que esse ambiente continue saudável”, afirma.

Para concluir a live, Carla sugeriu hábitos que podemos ter no nosso dia a dia, explicou a importância de se tornar um agente modificador e lançou um desafio para todos presentes no bate-papo. “Vou lançar meu desafio, nós vamos passar o dia prestando atenção nas nossas atividades, o que nós podemos fazer no nosso dia a dia que possa minimizar os impactos ambientais.”

A live continua disponível no instagram @nuppsuva.

 

Thaís Magalhães, 6° período

IV JORNADA EM DIREITO DAS MULHERES

Pela quarta vez, o campus Tijuca da Universidade Veiga de Almeida abriu as portas para um evento #GirlPower

 

No dia 17 de outubro, o evento Jornada em Direito das Mulheres aconteceu mais uma vez na universidade. O objetivo principal do evento foi exaltar a importância do debate sobre os direitos das mulheres dentro e fora do campo jurídico. Segundo a coordenadora do curso de Direito, Mery Chalfun, “a prioridade desse ano foi trazer exposições dentro desse campo de forma interdisciplinar”.

A atual conjuntura social que vivemos não nos garante segurança e bem-estar social sendo mulher, e, por esses e outros aspectos, o evento contou com uma programação totalmente ocupada por mulheres em seus locais de fala, em mesas de debates e palestras, cada uma trazendo seu viés, desde saúde mental até comportamento da sociedade.

A professora do curso Marcela Miguens atua todos anos na organização de palestras ao lado dos alunos, garantindo que os temas sejam pertinentes à atualidade. Além de proporcionar o contato com profissionais da área e a representatividade em assuntos como preconceito racial e a rede de apoio a quem sofre violência, e o debate sobre feminicídio, a Jornada de Direitos proporciona a participação direta dos alunos na organização das palestras.

Com temas tão essenciais como violência de gênero, feminicídio, o espaço da mulher nas relações de trabalho dentro e fora do direito e até mesmo questões de saúde mental. Muitos participantes, não só os organizadores, garantem que o mais gratificante foi ver o quanto os temas, mesmo que de campos diferentes, dialogavam e se completavam. Segundo Marcela, “é difícil apontar um momento de destaque dentre tantas palestras com temas tão essenciais”. 

Por Gabrielle Bastos, 6º período