Engenharias e Tecnologias

Curso de Engenharia Ambiental da UVA promove palestra em comemoração ao Dia Mundial da Água

Para comemorar o Dia Mundial da Água, a Comissão de Estudantes de Engenharia Ambiental da UVA Campus Tijuca (CEEA) organizou uma palestra sobre Saneamento no Rio de Janeiro ao longo da última década. O evento, realizado na última segunda-feira (22), às 17h, ocorreu via Zoom e contou com a presença de Márcio Santa Rosa, Engenheiro Civil, Consultor na área de Recursos Hídricos, Sustentabilidade e Inovação e escritor prestes a lançar um livro de mesmo tema da palestra, em parceria com a socióloga Aspásia Camargo.

Santa Rosa iniciou a palestra buscando referências antigas de cuidado e uso da água, relembrando quando as cidades começavam a ser formadas à beira dos rios. Desde então, já havia a preocupação sobre como otimizar o consumo. O palestrante relembrou momentos históricos onde a falta de um saneamento adequado acarretou em surtos de doenças como a malária.

 

Estação de Tratamento da CEDAE (Imagem: ATribunaRJ)

O engenheiro também falou com os alunos sobre o histórico da CEDAE, a Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro.  Ele explicou como a oscilação da economia carioca afetou a empresa e o serviço oferecido, ao longo dos anos. Além disso, problematizou o descaso com o saneamento básico nas comunidades do Rio de Janeiro, que sofrem com a falta de oferta de água potável, coleta e tratamento de esgoto, coleta de lixo, entre outros problemas relacionados.

Santa Rosa apresentou aos alunos algumas soluções que acredita serem possíveis de aplicar nas comunidades brasileiras para que essa grande parcela da população tenha acesso ao saneamento básico, como o programa paulista Favela Legal. O programa funciona sob o “sistema de pagamento por performance”, que se trata de um modelo em que a SABESP, Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo, paga outra empresa do ramo que se responsabiliza pelo saneamento de áreas de comunidades, mas somente mediante provas da realização dos serviços. 

“Existem ‘n’ truques para as empresas aumentarem os custos de solução do problema e este sistema está funcionando perfeitamente em São Paulo. A empresa só recebe se ela mostrar que fez o serviço”, explicou o engenheiro sobre esse sistema que trata em seu livro. Ao fim da palestra, houve uma breve discussão sobre o futuro do saneamento básico brasileiro e as muitas possibilidades que esperam os estudantes de engenharia ambiental, ávidos por proporcionarem mudanças para a sociedade.

Ana Clara Serafim, 6º período

O presente e o futuro da indústria são pauta da live do curso de Engenharia Civil da UVA

Os professores de Engenharia Civil da UVA acreditam na multidisciplinaridade de sua área (Imagem: Print de Tela)

A indústria nunca se manteve a mesma ao longo da história e, atualmente, as novas tecnologias parecem reiniciar mais uma vez o trabalho de diversos profissionais. Com a engenharia e suas múltiplas frentes não é diferente e esse foi o foco do debate da live “Indústria 4.0 voltada para a Engenharia Civil e suas aplicações”, transmitida na terça-feira (16), às 17h, por meio do canal do curso de Engenharia Civil da Universidade Veiga de Almeida, no YouTube. O encontro fez parte da Semana Experimental UVA 2021, em que diversos cursos também estão realizando palestras para dinamizar a transmissão de seus conteúdos, debater temas de interesse para suas áreas e acolher novos e antigos alunos. 

Mediada por Carlos Canejo, a palestra virtual recebeu Wallace Carvalho. Ambos são professores e fazem parte do corpo docente de Engenharia Civil da UVA. Carvalho, graduado em Física, Engenharia de Produção e mestre em Engenharia Mecânica pelo Instituto Militar de Engenharia (IME RJ) com ênfase em robótica, compartilhou com os mais de 30 espectadores suas percepções sobre o que mudou na construção civil nos últimos anos. 

“É uma nova fase dos processos de produção”, afirmou o palestrante sobre o cenário atual, enquanto traçava uma breve história dos avanços tecnológicos que modificaram sistemas e dinâmicas desde a primeira grande Revolução Industrial. Para ele, a Indústria 4.0 é fortemente marcada pela digitalização dos processos, pelos dados virtuais e pela computação em nuvem. Segundo o engenheiro, essas novas realidades vêm influenciando todas as áreas do conhecimento. 

O curso de Sistemas de Informação, que também integra a grade da Veiga de Almeida, foi citado por Carvalho como grande parceiro dos novos processos da Engenharia Civil. O professor acredita que, daqui para frente, a tendência é a expansão cada vez maior das possibilidades industriais a partir da tecnologia, e Carlos Canejo concorda: “É uma realidade que vai trazer muitos benefícios, com uma série de ferramentas para otimizar os processos de gestão e gerenciamento”. 

Carvalho trouxe ainda exemplos práticos que já ocorrem pelos canteiros de obra do país, como o uso de drones para avaliação de terrenos e monitoramento do trabalho dos funcionários. O estudo de encostas para prevenção de deslizamentos, através da análise otimizada da qualidade dos solos também é, para o professor, um avanço que já está ao alcance dos profissionais.

Canejo e Carvalho ressaltaram a importância de pesquisas que se aproveitem das novas tecnologias disponíveis e o mediador lembrou aos alunos que as inscrições para o Projeto de Iniciação Científica – PIC UVA estão abertas, inclusive para as áreas de tecnologia mencionadas durante a palestra. Segundo Carlos, o PIC UVA, que abre vagas para dezenas dos cursos da Veiga de Almeida, é uma ótima oportunidade para aprimoramento de conhecimentos e desenvolvimento profissional ainda no ambiente universitário. 

Para assistir a palestra completa, clique no player a seguir:

 

Gabriel Folena, 3º período

Curso de Engenharia Civil da UVA promove palestra com o tema “Aterros sobre solos moles, o que não fazer”

O  geotécnico Alberto Ortigão fala sobre suas experiências e aprendizados com solos moles

O doutor Alberto Ortigão abordou sobre o que não fazer em aterros sobre solos moles (Imagem: Print de tela)

A palestra “Aterros sobre solos moles, o que não fazer” aconteceu nesta sexta-feira (12) e foi o primeiro evento da segunda temporada da “LIVE DA CIVIL”. A transmissão foi feita via canal do YouTube do curso de Engenharia Civil da Universidade Veiga de Almeida e o professor Marcelo Lopes foi o responsável pela abertura do evento, deixando claro que o objetivo é aproximar os alunos do mercado de trabalho, além de apresentar trabalhos educativos. O convidado para falar sobre o assunto foi Alberto Ortigão, profissional da área. 

Consultor de engenharia geotécnica com experiência em projetos de todos os tipos de estruturas, incluindo fundações, barragens, aterros em solos moles e escavações profundas, Ortigão expôs a filosofia de seus trabalhos e aprendizados acerca do tema principal, além de enfatizar ser um assunto que o acompanha há cinquenta anos. 

Para que os alunos pudessem visualizar melhor, Ortigão apresentou exemplos de obras reais em solos moles e também compartilhou a melhor maneira de lidar com esse tipo de solo. “A principal forma de aprender o funcionamento das soluções para resolver problemas de aterros sobre solos moles é através de aterros experimentais”, disse. Ele também alertou os alunos que não se deve testar diretamente na obra, pois erros podem acontecer.

A consolidação a vácuo foi citada na palestra. O consultor de engenharia geotécnica ressaltou que esse processo precisa de cuidado e que é uma solução eficaz. Em contrapartida, o palestrante mostrou alguns registros de obras em que o método não funcionou. Mas o alerta ficou para o final: “Não pode deixar de investigar, toda obra grande precisa de aterro experimental e de acompanhamento técnico”, expôs Ortigão. 

Para assistir a palestra completa do professor Alberto Ortigão, clique no player a seguir.

E se quiser ficar sabendo de tudo que acontece no curso de Engenharia Civil, inclusive dos próximos encontros da “LIVE DA CIVIL”, siga os perfil das redes sociais:

Tayane de Oliveira Vieira- 7º período

Teoria dos Grafos auxilia na busca por soluções do dia a dia

Em meio a tantos problemas sociais, a Teoria dos Grafos surge como uma alternativa para identificar e buscar soluções. Essa foi a proposta da palestra ministrada pelo pesquisador e professor pesquisador e professor de matemática avançada do Instituto Militar de Engenharia (IME), Marcos Santos. Promovida pelo curso de Sistemas da Informação da Universidade Veiga de Almeida, o encontrou ocorreu na última quarta-feira (10), às 18h, pelo canal do curso no Youtube, sob mediação da professora Ana Vianna.

A Teoria dos Grafos é um ramo da matemática que estuda as relações entre pontos e pode ser usada como forma de resolver problemas da sociedade. Santos afirmou que, apesar de importante, o estudo na área ainda não tem tanto espaço nas salas de aula das graduações brasileiras na área de Sistemas de Informação. “É um assunto extenso, aprendemos durante o mestrado por um semestre inteiro e ainda assim é corrido”, afirmou o professor sobre a pequena introdução possível acerca do tema em uma hora de live.

“Conhecimento só faz sentido quando conseguimos mudar a qualidade de vida das pessoas”
(Marcos Santos)

Santos indica o uso do método para diversos estudos, na produção de artigos e em pesquisa para Trabalhos de Conclusão de Curso (TCCs). Ele afirma que os alunos orientados por eles utilizam a teoria para entender fenômenos sociais. Um de suas alunas, por exemplo, aplicou na avaliação de entrosamento entre alunos da educação infantil. A criação de um grafo e a avaliação deste corretamente poderia informar se em uma sala de aula há alunos mais isolados e alunos com mais amizades, mais populares, e buscar alternativas para mesclar os grupos de forma que todas as crianças interajam entre si. 

Idealizador do software SADEMON, desenvolvido em parceria com outros pesquisadores, Santos disse buscar sempre meios de aplicar métodos para tomada de decisão no dia a dia de pessoas, além de afirmar que o conhecimento precisa ser compartilhado. “Conhecimento só faz sentido quando conseguimos mudar a qualidade de vida das pessoas”, afirmou o professor sobre o uso do método SADEMON para solucionar questões do cotidiano.

Marcos Santos dividiu ainda, ao fim da live, seu ponto de vista sobre o ensino de disciplinas exatas e enfatizou a importância de mostrar aos alunos a aplicação prática e cotidiana dos modelos matemáticos. “Não adianta mais o aluno decorar uma coisa e não saber para que serve. Nosso objetivo é resolver problemas reais da sociedade”.

Assista a palestra completa

Ana Clara de Jesus Serafim, 6° período