Laboratórios

Agência UVA convida conselheiro da ABI para conversar sobre liberdade de imprensa

O Dia Mundial da Liberdade de Imprensa é celebrado no dia 3 de maio, e para comemorar esta data a Agência UVA convidou o jornalista e professor titular do Departamento de Comunicação da Universidade Federal Fluminense e conselheiro da Associação Brasileira de Imprensa, João Batista. A primeira live promovida pela Agência em seu canal do YouTube aconteceu na última segunda-feira, às 18 horas, e foi mediada pelo aluno Lucas Pires.

Trazendo um panorama histórico, João Batista explicou a todos sobre a evolução e a criação da imprensa, além de explicar como ela foi utilizada pelos grupos no poder. Voltando o olhar para o Brasil, o jornalista mostrou que o país teve períodos de censura desde 1922, e que o maior tempo que se houve uma democracia aconteceu após o fim da Ditadura Civil-Militar em 1985. 

Exemplos de notas de censura recebidas pelo Jornal do Brasil e Rádio Jornal do Brasil. (Créditos: Print de tela/Youtube)

O convidado já trabalhou em diversos veículos de comunicação e durante os anos de 1977 até 1980 ele estava na Rádio Jornal do Brasil. Neste período, o Ato Institucional nº 5 estava em vigor e determinava, entre outras coisas, a censura prévia de músicas, de artes e da imprensa. Ele também dividiu com os espectadores que teve a oportunidade de escrever a manchete do fim do AI-5. “No dia que acabou eu estava de plantão como redator lá na rádio e pude manchetar esse acontecimento. Não é algo que mereça mérito mas é uma curiosidade que eu me orgulho muito”, ele comenta. 

João Batista mostrou registros de notas de censura que chegavam à redação e que foram guardadas pela então editora da rádio, Ana Maria Machado. Ele tem guardadas todas as notas de censura que o Jornal do Brasil e a Rádio Jornal do Brasil receberam entre os anos de 1972 até 1978 e as usou para integrar sua tese de mestrado. “Essas notas chegavam pelo telefone ou num papel manteiga e geralmente era no horário do fechamento do jornal. Então, muitas vezes causava uma confusão porque era preciso substituir alguma matéria correndo”, ele expõe. 

Ele enumerou quais são os pressupostos necessários para a liberdade de imprensa, tais como: garantias constitucionais, livre circulação de ideias, economia forte e diversificada, redução da desigualdade social e tolerância com as diferenças. Esse último, o professor da UFF explana que o jornalista precisa aprender a conviver com diversos tipos de discurso.

“A gente tende a achar que inteligente é quem pensa como a gente. Se você, jornalista, se limita a ouvir pessoas que pensam como você, o seu conteúdo informativo tende a ser pobre. A riqueza de informação está presente na diversidade”. 

(João Batista)

Ao final, João Batista trouxe para a reflexão uma frase de Cláudio Abramo, “o jornalismo é o exercício diário da inteligência e a prática cotidiana do caráter”, e também deixou uma indicação de leitura para todos os que estavam assistindo do livro “A regra do jogo”. Ele também respondeu perguntas sobre sua opinião acerca do momento político que o Brasil se encontra e sobre sua participação no conselho da ABI. Toda a live pode ser revista no canal da Agência no Youtube clicando aqui.

Arte, tecnologia e o mercado de trabalho foram os protagonistas da RedWeek 2.0

Um artista infiltrado. É assim que o designer gráfico Marcos Piolla é definido na live de abertura da Redweek 2.0, semana de palestras promovida pela Redbone, equipe de robótica da Universidade Veiga de Almeida. Os encontros, realizados de forma online, ocorreram de segunda-feira (15) a sábado (20). A abertura, mediada pelos professores Thiago Gabriel e Ana Maria, ficou por conta de Piolla e sua interessante bagagem como animador.

Formado em Design Gráfico pela UVA, o artista digital é membro do Mediatech Lab da TV Globo desde 2015. A equipe é responsável pelas animações, efeitos e soluções gráficas da emissora. Atuante na área desde os anos 1990, Piolla é o convidado certo para compartilhar sobre a rotina de um animador e sobre como é trabalhar em um departamento de tecnologia e inovação.

Entre os conteúdos que costuma produzir com frequência, Piolla cita projetos de realidade virtual e realidade aumentada; como exemplo, trouxe um trecho do circuito interativo que desenvolveu baseado em “Desalma”, série de suspense sobrenatural lançada recentemente na plataforma Globoplay. 

A experiência, desenvolvida para os óculos VR (virtual reality/realidade virtual), dá ao usuário a possibilidade de interagir com objetos que fazem parte do cenário da série. “É uma experiência meio ‘Bruxa de Blair’, quem está com os óculos não tem como ter uma imersão melhor”, garante o designer às mais de 120 pessoas presentes na live.

Quando questionado por espectadores sobre qual considera o maior desafio da animação, Piolla responde que a busca pelo realismo segue como a principal motivação para os avanços constantes da área, e defende que a semelhança com a vida real deve ser a prioridade na construção de um bom trabalho animado: “Animar é dar a ilusão de que seu personagem está vivo. Animação pouco tem a ver com movimento; nem tudo que se move está vivo, e nem tudo que está parado está morto”.

A interseção entre arte, criação e tecnologia marcou presença em vários dos encontros do evento. Foram 11 palestras transmitidas pelo canal no Youtube Redbones Uvabots, e Storytelling, Design Sprint e dispositivos maker foram alguns dos temas tratados. O encerramento ficou por conta da roda de conversa sobre o mercado de trabalho e TI (Tecnologia da Informação) com os professores Thiago Gabriel, Ana Maria Vianna e Evelyn Castillo e os convidados Matheus Petrovich e Bruno Viana.

A live de encerramento da Redweek contou com ilustres convidados (Imagem: Print de Tela)

Todos os convidados frisaram em suas falas que o fato de terem começado em uma área e depois mudado, trouxe olhares diferentes, como por exemplo Evelyn Castillo que iniciou a carreira na advocacia, porém, depois, se tornou gestora de projetos de inovação aberta, CEO da startup Justiça Digital e desenvolvedora frontend. Já Thiago Gabriel, Matheus Petrovich e a aluna – também mediadora do evento – Priscila Pássaro, falaram sobre o amor pela arte e como isso influencia no ambiente de tecnologia e inovação.

Os alunos que acompanhavam a roda de conversa mandaram diversas dúvidas e comentários sobre outras áreas de conhecimento que podem ajudar no dia a dia de um profissional de TI. “O mercado exige muito mais do que alguém que queria ficar em só uma função. Existem vagas diversas a serem preenchidas, seja para sênior ou para júnior, porque faltam profissionais que tenham essa multidisciplinaridade”, pontuou Thiago Gabriel.

Um assunto debatido foi a exigência de experiência pelos recrutadores de estagiários, para Matheus Petrovich, formado em Engenharia da Computação e que trabalha atualmente no Laboratório de Inovação da Globo, o que vale mais não é uma faculdade concluída ou uma pós-graduação, e sim sobre o que você viveu que te fez ser diferente dos outros. Bruno Vianna acrescenta que as vivências que o candidato teve durante a faculdade também são levadas em conta. “A partir do momento que você começa a buscar soluções para os problemas, você ganha uma segurança para chegar num estágio”, explicou o Supervisor de desenvolvimento da DT3Sports. 

A professora Ana Maria Vianna falou sobre as oportunidades que a Universidade oferece, como as equipes de robótica e o UVA Júnior, que mesmo sendo voluntários podem agregar muito conhecimento e oportunidades aos alunos. A aluna Priscilla Pássaro é um exemplo disso, que foi indicada para um estágio após ser monitora de uma matéria na faculdade. “Me ajudou muito eu ser monitora e estar na equipe Redbone porque eu desenvolvi muito minha parte comunicativa e de relação interpessoal. Indico muito a vocês dedicar um tempo que puder em uma empresa júnior, em uma alguma equipe ou um curso mesmo”, complementou a estudante. 

Para ver essa e as demais palestras completas basta clicar neste link.

Gabriel Folena, 3º período e Amanda Ramos, 7º período

 

LABPROM recebe diretor de negócios da Globo, Felipe Heimbeck, em palestra sobre Marketing

Professor Julio Martins agradece Felipe Heimbeck por aceitar o convite (Imagem: Print de Tela)

Apesar de desafiadora e complexa, a área de Marketing e Comunicação também é muito divertida. Ao menos para Felipe Heimbeck. Sob o tema “Nunca foi tão divertido”, ele participou da aula inaugural de Marketing e Comunicação, na última terça-feira (16), no canal CasaCom Conecta O vice-presidente da Associação Brasileira de Marketing e Negócios (ABMN) e diretor de negócios da Globo aceitou o convite do Laboratório de Promoções UVA Tijuca (LABPROM) para falar aos alunos sobre o perfil dos novos profissionais e as tendências do mercado. O encontro aconteceu sob a mediação do professor do curso de Publicidade, Julio Martins.

Heimbeck começou a aula inaugural tocando em um assunto temido pelos alunos de graduação: a busca por um estágio e o início da vida profissional. O atual diretor de negócios da Globo contou que sua jornada na empresa começou como trainee após sair de um estágio no qual não foi efetivado. Felipe dividiu com os alunos que sentiu medo antes de entrar na Globo, quando a conclusão do curso de Administração coincidiu com o desemprego. Mas deixou para os estudantes a esperança de que, apesar das dificuldades e do temor, é  possível iniciar uma carreira admirável.

“É preciso estar em movimento o tempo todo”, afirmou Heimbeck sobre o que se espera do profissional do futuro. O palestrante comentou, também, a evolução constante dos meios de comunicação, como a própria Rede Globo, e relembrou a diferença entre o consumo de notícias antes e depois do acesso à internet pela população. Além disso, ele explicou como a necessidade de mudança constante impactou na forma de gerar conteúdos publicitários do grupo Globo. Agora é preciso buscar bons resultados para os anunciantes unindo dados, novos formatos e um olhar diferente para o mercado.

Durante a rodada de perguntas, Heimbeck dividiu um avanço significativo no dia a dia do Marketing. “As decisões hoje são tomadas muito mais rapidamente e com uma margem maior de acerto”, afirmou o palestrante, fazendo um paralelo com o passado, quando as decisões eram muito influenciadas pelo feeling dos profissionais e menos baseadas em dados. Ele também tranquilizou os alunos com relação aos erros na vida profissional. “O mercado espera que você erre porque se você erra, você está tentando fazer”, disse.

Ao final da aula experimental, Heimbeck ressaltou a importância dos futuros profissionais de comunicação saberem lidar com análise de dados e estatística, além das características e aptidões dos profissionais de Ciências Humanas. A recepção dos alunos durante a live deixou claro que o evento superou as expectativas e deu aos estudantes o gás necessário para começar mais um período com o pé direito.

Veja como foi esse encontro:

Ana Clara de Jesus Serafim, 6º período

Como se reinventar em tempos de adversidade é tema da Semana Salto 20

Na quarta-feira (21), aconteceu mais uma palestra com temas que contribuem para a evolução profissional e pessoal. Uma das abordagens iniciais foi a importância das Soft Skills, habilidades intrínsecas relacionadas às capacidades comportamentais e emocionais. Colaboração, flexibilidade, empatia, gerenciamento de tempo, comunicação e liderança são alguns exemplos que entram nessa categoria. O diferencial gerado pelo desenvolvimento das Soft Skills é um maior controle emocional e o entendimento de onde você e sua equipe podem melhorar o desempenho. 

 Organizada pela empresa júnior @saltoconsultoria, da Universidade Veiga de Almeida, a semana Salto ocorre uma vez por ano e tem como objetivo reunir conteúdos importantes para os alunos da universidade e também para quem tem sede de conhecimento. Ter um perfil empreendedor e buscar sempre aperfeiçoamento são requisitos básicos para dar o primeiro passo.

 A Semana Salto contou com palestras e debates sobre temas que estão em pauta na sociedade. Rafael Pádua, gerente da área de engenharia com vinte e dois anos de experiência no setor de telecomunicações, conversou com os alunos. A semana Salto contou com o patrocínio da Estante Mágica.

 Durante sessenta minutos de apresentação, Pádua compartilhou experiências e práticas de trabalho em home-office full time, e deu dicas de como ter habilidades para lidar e motivar pessoas a ter competência nesses novos desafios do trabalho remoto. Ele ainda explicou cinco estratégias de engajamento, ressaltando também a importância de ser um líder, e não um chefe, de estar sempre aberto ao diálogo, reconhecendo as boas atitudes, propondo desafios, se destacando como profissional, tendo o espírito de liderança, e nunca perder a essência do aprendizado. 

 Ter a competência para fazer a diferença em um time é ser capaz de se adaptar e readaptar, é ser flexível, fazendo a diferença. O melhor líder não é necessariamente aquele que faz as melhores coisas. Ele é aquele que faz com que as pessoas realizem as melhores coisas. 

 

Daniella Sousa, 7° Período