Saúde e Ciências Biológicas

A ascensão da biomedicina e a bioinformática no meio profissionalizante.

Com o aumento na demanda por especialistas em bioinformática e estudos moleculares, o setor da Biomedicina foi bastante requisitado para a realização de analises clinicas e projetos de pesquisas. E por isso, na última quinta-feira (12) foi transmitido mais uma live semanal do Instagram da @uva_oficial. A carreira na Bioinformática e os cursos desta promissora área foi tema do terceiro encontro de lives organizada pela Universidade Veiga de Almeida. Uma conversa super interessante e produtiva mediada por Rafael Bolsoni Bastos que trouxe como convidado o Allan Martins, doutor em ciências biológicas e professor de Biomedicina da Universidade Veiga de Almeida. 

 O bate papo foi sobre as profissões do agora, e que teve como objetivo entender como ocorreu esse crescimento pela busca do curso de Bioinformática  e como os profissionais da área vem se comportando durante a pandemia. E a ascensão da Bioinformática e estudos moleculares na Biomedicina foi o tema desta conversa.  O convidado deu uma aula sobre o que vem a ser a Bioinformática e estudos biomoleculares. Falou sobre a  importância do assunto, já que se faz presente na vida de todos. Além disso, ele conversou um pouco sobre como se encontra o mercado de trabalho e quais são as oportunidades para quem quer trabalhar na área.

 Durante toda a apresentação, o Dr. de Ciências Biológicas e professor de Biomedicina da Universidade Veiga de Almeida, explicou detalhadamente sobre a importância desse campo. Essa é uma  área que surgiu como demanda em conseguir analisar dados biológicos, e por meio de muitas pesquisas descobriram um dado que foi determinante na área e que concilia a informática.; Assim, é possível criar métodos para investigar dados biológicos em que se é preciso tirar essas informações.

 No Brasil já tem muitos cursos de Bioinformática em graduação na Biomedicina. Existe o profissional da Biomedicina e o profissional que programa, o que vai desenvolver. O profissional que trabalha com o objeto biológico vai pensar o que precisa na pesquisa e o outro que trabalha em programação vai ter que entender a demanda do biólogo. A Bioinformática tem duas áreas mais famosas: a tradicional clássica, e a Bioinformática estrutural, ou seja, a que usa da tecnologia 3D para questões biológicas. 

 Em tempos de pandemia, foi falado sobre a busca de medicamentos. Atualmente estamos vivendo essa corrida pela vacina contra a COVID-19, mas com medicamentos para proteger a população. Durante a apresentação de Allan, foi possível tirar algumas dúvidas, como de que forma a Bioinformatica entra nessa história e como ela pode ajudar nesse trabalho. “Quando se fala de Coronavírus, muito se fala em teste de hipóteses.” O vírus seria criado em laboratório?; como se dá um conhecimento de uma proteína?; a capacidade da computação?; será que realmente a Bioinformática pode eliminar os testes de bancadas? e quais são as hipóteses que interage em outra proteína?

 Diversas dúvidas foram tiradas e trazidas por ele. Dentro do universo da Biologia molecular, a questão do sequenciamento é muito interessante. Qual a importância e quais foram os últimos avanços tecnológicos envolvendo esse processo? Allan explica como essa célula deve ser, e que por conta disso tem essas características genéticas por conta do indivíduo. Em diversas áreas é possível notar que o homem consegue prever o futuro através das novas tecnologias. 

 Na Biomedicina se faz aquelas previsões e modelagens. O aconselhamento genético, se dá pela análise de família. Se a pessoa tem indivíduos na sua família que são próximos que apresenta alguma síndrome, distúrbio, você consegue fazer rastreio e ver se os filhos podem desenvolver. Como se fosse um cálculo de probabilidade.

 Se você gosta de biológicas, mas também tem interesse por informática, saiba que agora já existe uma graduação que une essas duas áreas. É o curso superior de tecnologia em Bioinformática. A participação do Allan foi sensacional, ele respondeu várias perguntas, tirou várias dúvidas e comentou um pouco sobre a indústria de games. Um tema muito recente no qual várias pessoas tem feito associações entre ele com a Bioinformática.  E explicou que a Bioinformática está muito presente nessa área, nessa atividade de entretenimento. “Hacker do bem, eles dominam a rede. Quebrando informações biológicas. 

 O mercado de trabalho hoje, está com uma demanda voltada para profissionais que saibam de programação. A dinâmica da Biomedicina ocorre quando o estudante entra no curso, e é apresentado em diversas áreas,  no qual vai evoluindo e desenvolvendo suas aptidões. Ao final do curso, o estudante escolhe a sua habilitação e em que área vai atuar, como por exemplo: banco de sangue, análises de clínicas, ou entre outras trinta e cinco áreas. O estudante que está aprendendo, ele parte do ensino, de pesquisas e se expande para o mercado de trabalho.

 

Daniella Sousa, 7° Período

SPA UVA está aceitando inscrições para atendimento psicológico

Foram abertas as inscrições para o Serviço de Psicologia Aplicada (SPA) da Universidade Veiga de Almeida. A equipe do SPA UVA disponibiliza consultas semi-profissionais em que os alunos que já tenham cursado todas as disciplinas de estágio básico, do 7° e 8° período, realizam atendimentos psicológicos práticos. Essa prática ocorre com a supervisão de um professor especializado, tendo o intuito de auxiliar a comunidade, ao mesmo tempo que promove experiências reais do dia a dia da profissão para os alunos.

Esses atendimentos ao público externo, não acadêmico, muitas vezes vem de instituições vinculadas à universidade com algum tipo de parceria. O SPA da unidade Tijuca tem um horário de funcionamento das 8 horas às 21 horas, indo de segunda-feira até sexta-feira. Contudo, por conta da pandemia, o horário está reduzido para 8h às 19h com duração de 50 minutos por sessão. Esses atendimentos são agendados junto ao estagiário que foi escolhido para a consulta.

A coordenadora do projeto da unidade Tijuca, Clarice Medeiros, detalha a origem do exercício: “o Serviço de Psicologia Aplicada é uma exigência aos cursos de Psicologia. Ou seja, toda faculdade de Psicologia, necessita ter essa clínica escola, a fim de promover o estágio profissionalizante da profissão”. O SPA UVA da Tijuca realiza cerca de 200 atendimentos por semana.

São consultas psicológicas que oferecem auxílio nas áreas de orientação profissional, relação familiar, saúde mental e psicopedagogia. Os atendimentos têm um valor que varia entre 2 e 30 reais. O aluno Erick Teixeira de 25 anos, contou sobre sua experiência no projeto: “acho q minha maior dificuldade, quando comecei efetivamente a atender, foi de aprender a sustentar o silêncio. Pois há momentos em que o paciente cala, e fica aquele silêncio constrangedor em que o primeiro “impulso” é de quebrar com alguma intervenção”.

Para efetividade do atendimento, o interessado deve fazer a sua inscrição no SPA do campus desejado, Tijuca, Cabo Frio ou Barra, e aguardar que seja chamado. Os valores das consultas são acordados entre o paciente e o responsável no contato inicial.

Serviços:

Campus Tijuca: de segunda a sexta, das 8h às 21h

Telefone: (21) 2574 – 8898

Endereço: Rua Ibituruna, 108 casa 4

Campus Cabo Frio: de segunda a sexta, das 8h às 21h

Telefone: (22) 2640 – 1637

Endereço: Estrada Perynas, s/n

 

Campus Barra: de segunda a sexta, das 8h às 17h

Telefone: (21) 2574 – 8888

Endereço: Gal. Felicíssimo Cardoso, 500

 

Lucas Teixeira, 8° período

 

18ª Jornada do SPA discute terapia em evento virtual de psicologia

Futuros psicólogos compartilham suas abordagens terapêuticas

O evento virtual do curso de Psicologia da Universidade Veiga de Almeida (UVA) levantou discussões sobre terapia. A 18º Jornada do Serviço de Psicologia Aplicada (SPA) e o 17º Encontro de ex-alunos do curso se uniram em uma só transmissão, ocorrida entre os dias 20 e 22 de outubro. Os alunos apresentaram estudos de casos de seus pacientes. A supervisora do SPA, Clarisse Medeiros, auxiliou na mediação do evento.

As análises clínicas e abordagens psicológicas estavam no centro das discussões. Casos de síndrome do pânico, ansiedade, neuroses e fugas da realidade foram debatidos. Os estudos de Jacques Lacan e Sigmund Freud também foram utilizados nas construções das análises terapêuticas. Entre os estudos de destaque, Kesia Pereira, aluna do 8° período, abordou o fator do isolamento social na pandemia como um agravamento do quadro de neurose obsessiva de seu paciente.

Em cada caso, o sigilo dos envolvidos é previsto pelo código de ética da psicologia. Por isso, os pacientes citados nos trabalhos receberam pseudônimos. A professora Bárbara Angélica esclareceu que muitos pacientes são alunos ou funcionários da UVA, o que intensifica a relação de proximidade. Pela mesma preocupação de sigilo ético, o evento não pode ser gravado.

O compartilhamento dos diferentes casos terapêuticos se provou um aliado da aprendizagem. Alunos que acompanhavam a conferência online fizeram perguntas após as mesas de apresentação. Surgiram dúvidas a respeito dos diagnósticos dados pelos graduandos, além de observações das narrativas que os pacientes manifestavam. Seja de forma presencial ou a distância, a saúde mental continua sendo objeto de estudo de alunos e professores da psicologia.

Murilo Holanda, 6° período.

A luta pela desmistificação da saúde mental

Dia Mundial da Saúde Mental conscientiza sobre a necessidade de se discutir esse tema

 

O último sábado, 10 de outubro, foi marcado pela celebração do Dia Mundial da Saúde Mental. A data foi instituída em 1992, pela Federação Mundial de Saúde Mental. Desde então muitos profissionais da área da saúde, como psicólogos e algumas instituições, têm feito um trabalho de compromisso com a sociedade ao trazer à tona esclarecimento e desmistificação de um tema cada vez mais atual. É importante ressaltar que os transtornos mentais são doenças como quaisquer outras, e reconhecê-los dessa forma ajuda expressivamente na identificação dos casos e na luta contra o preconceito. 

Para a coordenadora do curso de Psicologia da Universidade Veiga de Almeida, Danielle Lamarca, é necessário exaltar a importância desse tema para gerar debates e reflexões na sociedade. “A saúde mental é fundamental para um bom funcionamento do corpo humano. A ciência entende a relação entre mente e corpo de forma complementar, por isso, não existe saúde física sem saúde mental e vice versa. Segundo a OMS a definição de saúde engloba as questões bio-psico-social do indivíduo. A sociedade precisa perceber, inclusive, a importância do nosso SUS, que embora sucateado, alinhado com a definição de saúde pela OMS, não deixa de oferecer suporte a comunidade para cuidar da saúde psicológica.”

Em entrevista para a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), em agosto de 2020, Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da OMS afirmou que: “o Dia Mundial da Saúde Mental é uma oportunidade para o mundo se unir e começar a reparar a negligência histórica em relação à saúde mental”. Sendo assim, para o dia 10 de outubro deste ano, a OMS, juntamente com organizações parceiras, como a United for Global Mental Health e a Federação Mundial para a Saúde Mental, pediu um aumento significativo nos investimentos dessa área da saúde.

Além disso, para que houvesse um incentivo a ação pública em todo o mundo a campanha de 2020 Move for mental health: let’s invest, foi lançada no mês de setembro. Esse projeto incentivou à tomada de ações concretas, por parte de todos os indivíduos, em apoio a própria saúde mental e a de todos que estão a sua volta, principalmente os que estão lutando contra essas doenças e carecem de todo apoio possível. A presidente da Federação Mundial de Saúde Mental, Ingrid Daniels, conclui, também em entrevista para a OPAS em agosto desse ano, que: “já se passaram quase 30 anos desde que o primeiro Dia Mundial da Saúde Mental foi lançado pela Federação Mundial de Saúde Mental. Durante esse tempo, vimos uma abertura cada vez maior para falar sobre saúde mental em muitos países do mundo. Mas agora devemos transformar palavras em ações. Precisamos ver esforços sendo feitos para construir sistemas de saúde mental e que sejam apropriados e relevantes para o mundo de hoje  e de amanhã”. 

Para a aluna do curso de Psicologia da UVA, Caroline Tejeda. é necessário pensar a saúde mental como uma maneira que o sujeito se relaciona com suas experiências no mundo. Ou seja, é pensar como o sujeito se posiciona frente seus pensamentos, angústias e suas interpretações. “É importante entender que saúde mental não se trata apenas da ausência de transtornos, pois a demanda de cuidado mental não está apenas em controlar sintomas, mas envolve as questões sociais, de trabalho e pessoais. Estamos diante de uma sociedade cheia de urgências, que busca produção a todo momento e consequentemente estamos observando o crescimento de doenças como ansiedade e depressão”, comenta a aluna.

Por fim, fica claro que a luta pela conscientização e por um investimento de qualidade no tratamento das doenças relacionadas a mente é diária. O Dia Mundial da Saúde Mental surge, ano após ano, como um divisor de águas na potencialização de informações, no incentivo ao autocuidado e com o próximo, e do olhar mais atento e empático com quem precisa. 

 

Lívia Mendonça, 6° período