Saúde e Ciências Biológicas

Gestalt terapia é tema da XXIV Semana de Psicologia da UVA

Olhares para a conjugalidade e o corpo na contemporaneidade foi o tema principal da palestra virtual, que aconteceu na quarta-feira (16), da XXIV Semana de Psicologia da Universidade Veiga de Almeida. Os convidados foram Hugo Elídio Rodrigues, gestalt-terapeuta para casais, e Maria das Graças Gouvêa Neco da Silva, professora do curso de psicologia da UERJ, supervisora e responsável técnica do Instituto de Psicologia Gestalt em Figura. 

Nesses 50 anos, os estudos de Gestalt-terapia cresceram bastante no Brasil. Houve a formação de centros em todas as regiões, a presença da disciplina em muitas universidades e a Associação Brasileira de Gestalt-terapia, com a realização de congressos regulares nacionais e regionais. A live explicou várias questões da Gestalt, quem foi o psicoterapeuta e psiquiatra que desenvolveu essa abordagem e a revisão crítica das noções e concepções psicanalíticas da época.

Algumas influências são responsáveis por esta diferenciação. Em destaque, muito foi falado sobre a Teoria Organísmica de Kurt Goldstein, por seu papel na crítica de Perls à psicanálise e pelo que nos permite pensar um trabalho corporal do que se diz ser o  aqui e agora.

As teorias organizacionais da psicologia são uma família de teorias psicológicas holísticas que tendem a enfatizar a organização, a unidade e a integração dos seres humanos, expressas através do crescimento ou tendência de desenvolvimento inerente a cada indivíduo. Conclui-se que o  trabalho corporal em Gestalt-terapia só existe como uma experiência da totalidade corpo e mente O terapeuta Hugo Elídio Rodrigues ressaltou que a terapia de casal mostra que a separação não é o único caminho. Ela não dita regras, não determina o que os casais devem fazer. O que se deseja é entender os problemas pelos quais o casal passam para que, juntos, possam traçar estratégias para superar os problemas.

Link da palestra no Youtube

Daniella Sousa – 7°Período de Jornalismo

Semana de Psicologia da UVA discute atuação da psicologia no exército

Na sexta feira (18), foi transmitida pelo Teams a palestra sobre como a psicologia atua no exército. Organizada pelo curso de Psicologia da Universidade Veiga de Almeida, o evento contou com a participação da professora Bárbara Carissimi e da psicóloga e tenente Aline Gomes, que  compartilhou suas experiências na EsFCEx (Escola de formação complementar do exército).

A atuação da convidada envolve a psicologia clínica, a atuação nos hospitais, nos postos de saúde, e na área educacional no Colégio Militar. Aline também já fez vários cursos de aperfeiçoamento profissional após sua formação. Como o de Psicologia e interface com Psicopedagogia, que parte do pressuposto de que o ensino evolui se bem adequados forem os conhecimentos psicológicos. A Psicopedagogia, por sua vez, trabalha com questões ligadas especificamente a cognição e afetividade, e envolve, e acolhe, profissionais de formações diversas. E atuou também na área de gestora de recursos humanos. Foram debatidos várias experiências sobre a sua formação e atividades exercidas. Como a psicologia hospitalar, de aviação, na qual ele acompanhou o voo dos alunos, prevenção ao suicídio, o atendimento clínico ambulatorial, atenção e cuidado ao uso prejudicial de álcool e drogas, treinamentos e palestras.

As atividades dentro da área militar consiste em Serviço Oficial de Dia, participação obrigatória na reunião de oficiais, sindicância, exame de contra-cheque, representação, formatura ( promoção a 2° tenente), pedido de material, controle de carga, fiscal de contratos e lançamento mensal dos atendimentos. 

Aline contou um pouco sobre  a metodologia da psicologia de aviação. Como acompanhar as atividades de rotina, aplicar treinamento: voo, briefing, debrifieng, conselho de voo, jornadas e reuniões de SIPAA,CRM,MRM, e ambientação de novos militares. Seu objetivos é  sempre promover saúde e qualidade de vida no ambiente de trabalho.

Durante a palestra foi apresentado o Phoenix Autoestima, que atua na prevenção e tratamento de droga, DST e AIDS. O programa é composto por uma equipe multidisciplinar especializada no trabalho com pessoas com problemas relacionados ao uso de álcool e outras drogas, além de doenças sexualmente transmissíveis. O foco é em dois eixos, o da prevenção e do tratamento, visando um trabalho de acolhida e conscientização. 

 

Daniella Sousa – 7°Período

Pós-Graduação de odontologia faz seu encontro online pela primeira vez

O evento contou com a presença de grandes nomes da área de pesquisa 

 

Na última quarta-feira (16), o curso de pós-graduação de Odontologia da Universidade Veiga de Almeida se reuniu para o 10º Encontro do Programa PGO: A translação da pesquisa odontológica da pesquisa básica à clínica. Pela primeira vez no ambiente online, o corpo docente trouxe convidados de outros estados para os alunos. 

As apresentações foram abertas com um comunicado da reitora Beatriz Ballena, dando boas-vindas aos alunos presentes na transmissão ao vivo. Em seguida, o professor de bioquímica da Universidade Estadual Paulista (UNESP), Willian Zambuzzi explicou aos participantes que “sinalização intracelular distingue respostas celulares à diferentes topografias”. Ele coordena o laboratório de Bioensaios e Biologia Molecular na faculdade, e trouxe exemplos das pesquisas dos alunos.

Em seguida, o professor Jamil Shibli, da Universidade de Guarulhos (UnG), fez a apresentação sobre “Manufatura aditiva e impressão 3D na regeneração tecidual”. Com ênfase em implantes dentários e na importância da tiragem em 3D, Jamil também mostrou projetos com alunos.

Para finalizar a tarde de apresentações, José Mauro Granjeiro, da Universidade Federal Fluminense (UFF) e do INMETRO, falou sobre um tema que classificou como uma conexão entre os dois anteriores, “Bioengenharia e Bioimpressão: O papel da metrologia em apoio à inovação na revolução 4.0”. Ele ainda compartilhou experiências com os seus alunos durante a pesquisa, e respondeu perguntas da plateia virtual presente. 

 

Luiza Almeida, 7º período

Equipe de Pesquisa em Saúde do SPA da UVA fala de Setembro Amarelo e serviços prestados pelo instagram

Perfil @pesquisasuicidio.spauva aborda o tema por meio de lives e quiz

 

A Equipe de Pesquisa em Saúde do Serviço de Psicologia Aplicada (SPA) da Universidade Veiga de Almeida criou o perfil do Instagram “@pesquisasuicidio.spauva” como solução ao distanciamento social que impediu que os atendimentos clínicos, e presenciais, continuassem. Na página é possível encontrar lives, quiz e informações sobre o suicídio, depressão e ansiedade.

 

O Setembro Amarelo é uma campanha organizada pela Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) em parceria com o Conselho Federal de Medicina (CFM). O movimento ocorre todo os anos, desde 2014, com o objetivo de alertar e conscientizar a população sobre o suicídio. O dia 10 de setembro  é o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio e segundo a OMS, em 2019, um suicídio ocorre a cada 40 segundos no mundo inteiro. 

 

A professora de Psicologia e Supervisora da Equipe de Pesquisa em Saúde, Barbara Carissimi, junto com aos 10 alunos orientados resolveram desenvolver um ação para minimizar o impacto da ausência de atendimentos. E foi assim que surgiu o perfil do Instagram. O objetivo do projeto é de informar a sociedade desses sintomas e de estimular um olhar mais sensível ao acolhimento da dor do outro. “E assim começamos a apresentar as lives semanais, que conta com a minha mediação e com a apresentação das pesquisas da nossa equipe. Estamos trazendo essa temática para sair do lugar de tabu e para instruir e mostrar para sociedade como lidar com os entes queridos, colegas de trabalhos e amigos que estão em processo de sofrimento”, explica a professora Bárbara. 

 

A equipe, com a chegada do Setembro Amarelo, pensou em produzir ações e conteúdos diferentes. Como por exemplo, estão sendo publicadas algumas apresentações de pesquisas sobre o suicídio, informações de congressos e eventos que estão acontecendo em outras instituições e vídeos de crianças contando como elas reagem ao percebem que um amiguinho está triste. “Isso é para dizer o quão importante é que a família eduque a criança para que ela seja mais sensível e empática a dor do outro. Já nos stories estamos publicando quiz de mito ou verdade sobre o suicídio com a participação, por enquete, da audiência. O nosso público é a sociedade. Não é somente e exclusivamente psicólogos ou estudantes de psicologia”, explica a professora. 

 

Depois do início do projeto, a equipe tem recebido feedbacks positivos. Cada retorno vem acompanhado de uma história de identificação dos sintomas que foram esclarecidos, após as lives, e de um elogio de como o tema é tratado pelo perfil, já que é abordado com leveza. A professora Bárbara conta a importância de falar sobre esses assuntos durante o ano todo e não somente em setembro: “é quebrar paradigmas, modelos vigentes e variáveis que engessam o olhar da sociedade para sintomas que são extremamente graves. Vivemos em uma sociedade midiática, de ideais, da performance e da produtividade. Todo aquele que difere desse ideal é segregado e discriminado. A gente precisa acabar com isso e acolher essa dor, e rever esses ideias para minimizar essa incidência de suicídio. Por isso, é preciso quebrar o tabu do suicídio e construir paradigmas a partir da informação, educação, do conhecimento e do acolhimento”. 

 

E por fim a professora Bárbara explica que a comunicação é o melhor caminho para diminuir os grandes índices de suicídio. “Sabemos, de acordo com os dados da OMS, que de 10 suicídios, 9 poderiam ter sido evitados. Sendo assim, falar é a melhor solução e é a cura. Então, é preciso abrir o espaço para a fala!”. 

 

Fabyane Melo, 8° período