Saúde e Ciências Biológicas

Origem do novo coronavírus é discutida em live do curso de Biomedicina


Na última quinta-feira (04), às 15h, por meio da plataforma Microsoft Teams, aconteceu a live do curso de Biomedicina ministrada por Roberto Leonan Morim Novaes, biólogo, mestre e doutorando em Biologia Evolutiva pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. O tema do bate-papo foi: “Coronavírus, morcegos e uma história de sobrevivência”.

Roberto começou a live questionando o que filmes como “Outbreak”, “Contágio” e “FLU”, tem em comum, além de abordarem catástrofes e pandemias. E a resposta foi clara e objetiva: em todos, os cientistas são ignorados. Apesar dos diversos avisos feitos por parte da ciência ao governo de que vírus oriundos de hospedeiros animais poderiam resultar em um surto mundial, a palavra destes profissionais nunca foi foco de atenção. E como Oscar Wilde dizia que a vida imita a arte, um relatório chamado “A world at risk” foi publicado pela Organização Mundial da Saúde em setembro de 2019, onde as autoridades eram alertadas de uma possível pandemia causada por um vírus respiratório. “Isso não estava fora do radar da ciência”, disse o palestrante.

Posteriormente, foi explicado que o Covid-19 é um vírus zoonótico, com origem biológica, sendo potencial causador de síndrome respiratória aguda grave e está dividido em: Família (coronaviridae), gênero (betacoronavirus) e espécie (sars-coV-2). A principal hipótese de origem desse novo coronavírus é por meio do chamado spillover, ou transbordamento zoonótico – quando um vírus que naturalmente infecta animais, passa a infectar pessoas, causando um enorme problema para a população.

Tal fenômeno, desencadeador do novo vírus, ocorreu primeiramente na cidade de Wuhan, na China, onde aconteciam feiras livres, em que moradores e turistas tem o costume de se alimentar com sopa de animais, como o morcego – apontado como possível hospedeiro. A transmissão ocorreu rapidamente, visto que os profissionais de saúde não possuíam conhecimento do vírus em questão e do rápido poder de contaminação.

Roberto termina a palestra alertando que para que pandemias como essa sejam cada vez menos letais e comuns, medidas de proteção ao ambiente devem ser adotadas de forma definitiva. Uma política que impeça a invasão de áreas naturais, principalmente as que possuem gigante riqueza biológica e impeçam também a matança de animais deve ser implementada. A natureza é um filtro que evita o contato dos animais silvestres com os seres-humanos e, se mantido, não teremos a transmissão de doenças ainda desconhecidas.

 

Clarissa Lomba Gonçalves, 6º período

Rede Windsor de Hotéis conta como trabalha com “prevenção e acolhimento ao suicídio”

A segunda live da Equipe de Pesquisa em Saúde da UVA – Acolhimento e prevenção ao suicídio, depressão e ansiedade aconteceu na última quinta-feira (28), por meio do Instagram, e trouxe o tema “Prevenção do suicídio: a abordagem humanizada da Rede Windsor de Hotéis”, com a participação do gerente corporativo de riscos e perdas da rede, Ricardo Barreiro. A mediação foi da professora e psicóloga Bárbara Carissimi.

O objetivo foi conversar com os alunos de psicologia, e interessados no assunto, sobre como funciona a abordagem da Rede Windsor de Hotéis com relação à prevenção e acolhimento de pessoas que tentam ou conseguem cometer suicídio nas dependências dos hotéis. Para isso, Ricardo contou que a rede teve que pensar em políticas e práticas para evitar o ato, fazendo recomendações e treinamentos de gestão de risco com todos os funcionários: “Tem hóspede que pede o andar mais alto e quer saber se tem varanda. A partir de ações como essa, acendemos a luz amarela e ficamos atentos. Todos ficam envolvidos, temos um protocolo que começa na recepção e termina na camareira”, disse.

O lema que Ricardo usa para se referir à rede é “Nós não trabalhamos para atender bem, trabalhamos para acolher”. A partir daí, ele conta como é feito o procedimento de prevenção e acolhimento, ressaltando que a maioria das pessoas que deseja se suicidar dá sinais, como, por exemplo, chegar ao hotel somente com a roupa do corpo, dizer que irá se hospedar por vários dias e não aceitar que seja feita a limpeza do quarto. Na tentativa de salvar vidas, além dos funcionários ficarem atentos a qualquer ato que possa identificar algo de errado, logo no check-in é feito um procedimento de gestão de risco: “Nós solicitamos que o hóspede deixe um telefone de emergência. Se sentirmos necessidade e tiver um evento nesse sentido, imediatamente ligamos para a família”, disse o gerente.

A professora Bárbara ressalta que a melhor maneira de lidar com ações como essa é o acolhimento, e que as escolhas feitas pela Rede Windsor de Hotéis na hora de cuidar das pessoas é extremamente humana: “Precisamos criar uma área solidária. Ter compaixão e sensibilidade é fundamental. É claro para mim o sentimento de compaixão da rede”, disse.

É de enorme importância que profissionais, familiares ou qualquer pessoa envolvida seja capaz de ser solidário, saiba ouvir e entender a dor do próximo. Práticas de prevenção e acolhimento precisam ser adotadas tanto por empresas privadas como por políticas públicas, para que mais pessoas possam se sentir cuidadas e se recuperarem, pois, como disseram os palestrantes: “o suicídio é um ponto final que pode ser substituído por uma vírgula”.

 

Clarissa Lomba Gonçalves, 6º período

Primeira live da Equipe de Pesquisa em Saúde da UVA fala sobre o suicídio em tempos de quarentena

Na última quinta-feira (21), a Equipe de Pesquisa em Saúde da UVA – Acolhimento e prevenção ao suicídio, depressão e ansiedade, estreou a nova página do Instagram, com a realização de uma live com o tema “Dor e ato: uma conversa sobre o suicídio em tempos de quarentena”. A professora, psicóloga clínica e organizacional e supervisora da equipe, Barbara Carissimi, conduziu o bate-papo com o aluno de psicologia do 7º período e supervisando, Felipe Lyrio. O objetivo da live foi abrir os olhos das pessoas para a importância da discussão do suicídio e a necessidade de construir uma sociedade sensível ao entendimento da dor.

“Estamos diante de duas pandemias: uma do coronavírus e uma do suicídio. Mas uma, todo mundo está falando e a outra, ninguém fala” foi a frase que Barbara usou para iniciar a conversa. Dados apresentados por Felipe mostram que mais da metade das mortes violentas do mundo são por suicídio, sendo a segunda causa de morte entre pessoas de 15 a 29 anos e até o presente momento, o Brasil ocupa a 8ª posição no ranking mundial. Portanto, entende-se a importância da luta para que o assunto deixe de ser um tabu e passe a ser discutido com mais frequência. Pois, de acordo com a psicóloga, falar é a melhor solução.

Essa precariedade psíquica geralmente é associada a fatores como depressão, uso de drogas e álcool, bullying, violência sexual, abuso ou violência doméstica. Durante a conversa, os palestrantes frisaram a necessidade do acolhimento da pessoa que esteja passando por algum desses problemas que a leve a pensar em suicídio, de modo que seja possível entender a dor da alma para reverter a situação. Para isso, é ideal que haja um espaço de fala e conforto. 

A próxima live da Equipe de Pesquisa em Saúde acontece na quinta-feira (28), às 16 horas, por meio do Instagram @pesquisasuicidio.spauva e contará com a presença de Ricardo Barreiro, advogado e gerente corporativo de prevenção de riscos e perdas. O tema será “Prevenção do suicídio: a abordagem humanizada da Rede Windsor de hotéis”. 

Clarissa Lomba Gonçalves, 6º período

Seminário de enfermagem aborda doenças sexualmente transmissíveis em idosos

Na segunda-feira (4), aconteceu mais uma palestra organizada pela coordenação e pelos professores do curso de Enfermagem da Universidade Veiga de Almeida. A discussão foi sobre “Cuidado terapêutico de enfermagem: transições da sexualidade do cônjuge-cuidador da pessoa idosa”, com a enfermeira Claudia Feio Lima.

A palestrante abordou a sexualidade dos idosos e a metodologia que utilizou na pesquisa de doutorado, cujo tema foi cônjuge-cuidador. Falar de metodologia de pesquisa é sempre importante, sobretudo para os alunos que estão produzindo monografias. Cláudia ressaltou que atualmente grande parte das mulheres que contrai HIV possui mais de 50 anos, apontando que além do aumento das relações sexuais há também muita desinformação sobre prevenção.

Mesmo a sexualidade feminina sendo uma  preocupação constante da saúde pública, esse tema ainda é pouco abordado, muitas vezes representando um tabu na sociedade. Percebe-se uma tendência do aumento da doença e dos problemas psicológicos a partir disso, o que torna o trabalho dos enfermeiros que atuam nessa área fundamental, pois  se apresenta, também, como uma terapia, principalmente para pacientes mais idosos.

A palestra deixou claro que é sempre bom ser consciente quando o assunto envolve relações sexuais. É preciso se cuidar e cuidar do seu parceiro, estar bem informado sobre o assunto e as consequências das doenças sexualmente transmissíveis. Para os mais idosos, esse tipo de informação não chega facilmente. Então, seria também importante que os mais novos os ajudem nessa conscientização. 

 

Por Lucas Bacil, 7º período