Como o hábito de ler influencia na formação

UVA em Foco esteve na Bienal e conversou com autores e público

 

Para muitas pessoas, a Bienal do Livro poderia ser definida apenas como um evento para quem gosta de livros. No entanto, a feira, realizada de 30/8 a 8/9, no Riocentro, também contou com debates sobre temas como educação e política, além de encontros com autores e apresentações. 

 

O UVA EM FOCO esteve presente nos dias 4 e 6/9 e entrevistou leitores, escritores e professores sobre a importância da leitura, que ainda está longe de ser um hábito para a maioria dos brasileiros. De acordo com a pesquisa Retratos da Leitura no Brasil, lançada pelo Instituto Pró-Livro, em 2016, os brasileiros leem em média 4,96 livros por ano. Além disso, cerca de 30% da população nunca comprou um livro. 

A escritora e jornalista Thalita Rebouças, autora de diversos best-sellers infanto-juvenis, destacou a importância da leitura no desenvolvimento de habilidades de escrita e comunicação. “Quanto mais nós lermos, melhor a gente escreve e se comunica. A Bienal é um momento em que todos estão respirando livros e quem não tem o hábito de ler passa a adquiri-lo”, concluiu.

 

Já a escritora Delma Gonçalves, uma das autoras da obra Negras Crônicas, destacou que a leitura enriquece o conhecimento. “A leitura abre muitas portas. Através dela, as pessoas conhecem culturas e realidades diferentes. A leitura ajuda no desenvolvimento cognitivo até mesmo de idosos”.

Para o estudante de jornalismo Guilherme Costa, ler é fundamental para o desenvolvimento profissional. “Costumo ler uma média de cinco livros por ano, principalmente os de jornalismo esportivo, voltados para minha graduação. Acredito que esse hábito me proporciona ter uma escrita muito melhor, além de me dar maior consciência sobre diversos assuntos.”

 

A professora Denise de Oliveira explicou que a prática da leitura deve ser incentivada desde a infância. “Quando a criança começa a ler desde cedo, seja por intermédio da família, ou da escola, ela tende a gostar de livros e isso facilita no desenvolvimento do vocabulário e da própria expressão através de textos ou pela fala.” 

 

“Quando eu estou de férias, eu leio entre cinco ou seis livros, de variados temas. Se eu tivesse mais tempo, com certeza leria mais. O livro nos possibilita criar histórias na nossa cabeça, com a imaginação tomando conta de tudo”, relatou Andressa Vianna, estudante de jornalismo. Ela ainda ressaltou o papel dos livros em possibilitar aos leitores maior embasamento em discussões. “Se uma pessoa lê um livro sobre biologia, por exemplo, e depois assiste a um debate sobre esse tema, ela tem muito mais leque para debater e fazer perguntas sobre esse assunto”, concluiu.

Cerca de 600 mil pessoas e 520 expositores compareceram nos nove dias de evento, que tem a próxima edição programada para 2021.

Por João Henrique Oliveira, 6º período

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