Constelação familiar na justiça é tema de palestra do curso de direito

Evento virtual transmitido no dia 4 de novembro incentivou métodos interdisciplinares na resolução de conflitos

Curso de Direito da Universidade Veiga de Almeida (UVA) promoveu a palestra sobre Constelação Familiar como tratamento alternativo em casos judiciais. Foi o terceiro evento realizado em parceria com a Comissão de Mediação de Conflitos da Ordem de Advogados do Brasil (OAB). Ministrada pela advogada Juliana Lopes, cofundadora da Associação Práxis Sistêmica, foram debatidas medidas interdisciplinares na resolução de conflitos.

Poucos conhecem a Constelação Familiar aplicada na advocacia. É o que afirma a advogada Francesca Consenza: “Esta prática resolve a raiz dos desentendimentos familiares, vai além da sentença de um juiz”. As dinâmicas colaborativas buscam a resolução de problemas afetivos. É uma nova perspectiva humanitária dentro do Direto. No entanto, Juliana Lopes esclarece que se trata de uma técnica adicional: “Ela não substitui o auxilio de um psicólogo ou um assistente social nos casos judiciais”.

A Constelação Familiar é uma prática de busca existencial. Por este motivo, gera polêmica em muitos profissionais. Conforme explica Juliana, este projeto tem amparo legal para ser aplicado. O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ) o reconhece como tratamento viável na resolução de conflitos. Em muitas sessões, é trabalhada a questão emocional dos participantes. Juliana ressalta que a Constelação Familiar não tem ligação com práticas religiosas: “É um espaço de autorreflexão, incentivamos a autonomia dos envolvidos”.

O efeito da Constelação na advocacia pode ser observado pelos dados. Em pesquisa realizada pela Associação Práxis Sistêmica, foi apontado o resultado das dinâmicas em grupo. Nos casos em que a Constelação foi aplicada antes da audiência judicial, 85% das pessoas chegaram a um acordo final. Já nos casos em que ela não foi aplicada previamente, apenas 66% acordaram frente ao juiz. Juliana afirma que os dados permitem consolidar a Constelação Familiar como uma prática viável na advocacia.

Novos métodos de conciliação podem modernizar a profissão. O Poder Judiciário Brasileiro vem incentivando práticas alternativas na resolução de conflitos. Juliana defende que a Constelação Familiar solidifica a paz dentro das relações. Com um caminho mais humanitário e integrado é possível construir uma justiça menos impessoal.

 

Murilo Holanda, 6° período.

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