Curso de Design de Interiores da UVA e Secretaria Municipal de Niterói fazem parceria em projeto

O curso de Design de Interiores está realizando seu projeto de Extensão Acadêmica. Nele, alunos fazem consultorias gratuitas para famílias beneficiadas pelo programa Minha Casa, Minha Vida, do Governo Federal. O projeto, que conta com supervisão da coordenadora Nara Iwata, possui uma parceria com a Secretaria Municipal de Habitação e Regularização Fundiária do município de Niterói. A respeito do projeto, a coordenadora conta que a Secretaria criou um projeto junto com a Associação Brasileira de Designers de Interiores para fornecer consultorias gratuitas às famílias beneficiadas pelo programa Minha Casa, Minha Vida. Ela revela ainda, que, especialmente nessa etapa foram atendidos dois conjuntos habitacionais que estão sendo ocupados por moradores removidos de áreas de risco, incluindo o Morro do Bumba, palco de um deslizamento que matou mais de duzentas pessoas.

Os alunos do curso também são responsáveis por promover Workshops, sobre esta parte do projeto, Nara explica que os moradores ganham informação e autoestima, além da qualidade de vida. Ela explica ainda que os projetos são personalizados e que foram desenvolvidos depois de uma visita e entrevistas com cada família, aproveitando seus móveis, equipamentos e objetos existentes, respeitando as características pessoais e memórias e buscando ergonomia, segurança, salubridade, além, logicamente, da estética.

A respeito da aproximação com a Secretaria, a coordenadora explica que, devido ao seu currículo, possui uma boa relação com a gestão da ABD, surgindo assim o convite da associação. Sobre a presença da UVA, uma surpresa, Nara revela que esta é a única universidade privada a participar do projeto. Já a respeito das famílias contempladas, a coordenadora explica que o critério de escolha se deu, inicialmente, com um encontro coletivo, um workshop de sensibilização e orientações gerais, como medidas padrão, uso de cores, etc. ela explica ainda que, para este encontro, são convidadas todas as famílias do projeto, contando também com a presença dos alunos, professores e equipe de assistência social, além do Designer da Secretaria, neste momento, então, as famílias interessadas se candidatam às consultorias. A coordenadora confessa que a ideia é que todas as famílias interessadas sejam atendidas, mas reconhece que existem critérios semelhantes aos de programas sociais do governo.

Quando perguntada sobre a receptividade das famílias ao projeto, Nara conta que, após a reunião em que os alunos mostram suas soluções, receberam áudios muito emocionados, reconhecendo a importância do projeto. Ela revela ainda que, durante as primeiras visitas houve muita curiosidade, que se transformou em surpresa, visto o potencial de transformação apresentado. Ela aproveita também para contar os próximos passos do projeto, cujo objetivo será visitar as famílias para promover mudanças imediatas, como colocar quadros, pintar paredes, mudar móveis de lugar etc. Afim de ajudar ainda mais as famílias e fazer com que não fiquem esperando tanto pelas outras fases, a coordenadora diz que muitas das opções escolhidas eram do tipo DIY (Do It, Yourself), do inglês, “faça você mesmo”. Além de produzirem tutoriais, ela conta que os alunos também irão ajudar nessa questão.

Sobre as doações, a coordenadora conta que parte surgiu de um movimento das alunas entre os conhecidos e nas redes sociais, mas que as doações mais significativas vieram de grandes empresas de material de construção, por meio de contato da própria Secretaria. Entre as doações, o projeto conseguiu tintas e barras de acessibilidade para os banheiros. Outro fato curioso é o desempenho dos alunos da UVA no processo, Nara parece estar gostando do que vê: “conseguiram resultados incríveis diante do desafio de trabalhar com recursos quase inexistentes”, diz ela. A coordenadora revela ainda que, como os alunos da UFRJ (outra instituição presente no projeto) não puderam participar de atividades presenciais por questões burocráticas, coube aos alunos da UVA realizar toda a parte das visitas, entrevistas, interação com as famílias e apresentação dos projetos.

Com tudo o que o projeto pode e tem proporcionado até agora, a coordenadora ainda não está satisfeita e traça planos para o futuro: “ estamos trabalhando em uma nova matriz curricular para o curso de Design de Interiores e já havíamos incluído nela uma disciplina de Design de Interiores de Interesse Social quando fui procurada pela ABD”. A coordenadora acredita que esse seja um caminho importante para a área e que a UVA está na vanguarda desse movimento.

Por: Jean Caldas, 8° Período

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