O Setembro Amarelo é uma campanha brasileira de prevenção ao suicídio criada em 2015 pelo Centro de Valorização da Vida (CVV), do Conselho Federal de Medicina (CFM) e da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP). O mês foi escolhido porque dia 10 é o dia mundial de prevenção ao suicídio. A ideia é promover ações de conscientização durante o mês inteiro, e não só em um dia, por meio de eventos que gerem debate sobre o tema, além da divulgação da importância de falar sobre o assunto.
A cada ano, o número de suicídios cresce no Brasil: um aumento de 7% para cada 100 mil habitantes. Em todo o mundo, uma pessoa tira a própria vida a cada 40 segundos, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). Na Universidade Veiga de Almeida (UVA), campus Tijuca, vários eventos vêm acontecendo ao longo do mês. Na última quarta, 18, foi a vez da palestra Prevenção do suicídio e o uso da tecnologia como rede de apoio: aplicativo Tá tudo bem?, que abordou como a tecnologia pode auxiliar na saúde mental.
A abertura contou com a presença da psicóloga Wanessa Lisbôa, ex-aluna da UVA, para falar sobre a prevenção ao suicídio de acordo com a perspectiva da Psicologia. Ela explicou que o suicídio não é um impulso, e sim algo pensado e planejado, citando os sinais mais comuns para identificar se a pessoa está pensando em cometer o ato. “Falar de uma maneira direta ou indireta sobre viver, desconectar-se de amigos, família e interesses, e, por último, começar a se despedir de lugares, objetos e pessoas importantes”, disse, enumerando os sinais de alerta.
O evento contou, também, com palestra da desenvolvedora do aplicativo, Aline Bezzoco, que é paciente da psicóloga Wannessa Lisbôa. Aline abordou o uso da tecnologia como rede de apoio para a prevenção ao suicídio. “O aplicativo não substitui a ajuda profissional. É importante entender que ele é só um apoio”, disse. Ela criou o Tá tudo bem? com a supervisão de Wannessa, pensando em ampliar o apoio a quem precisa. Segundo explicou, a intenção era de desenvolver algo que pudesse desmistificar a ideia de que o suicídio é “só para chamar a atenção”. Por isso, uniu as ferramentas Respire, com música para acalmar; Diário de Gratidão; Razões para viver, que serve para criar uma lista de motivos positivos, e o Preciso de Ajuda, que tem como função ligar para o Centro de Valorização da Vida (CVV).
Por Fabyene Melo, 6° período
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