Encontro sobre Diversidade Humana promove debates entre alunos

Temas como bissexualidade e movimento negro foram destaque no terceiro dia de evento

 

O campus Tijuca da Universidade Veiga de Almeida recebeu durante a semana passada (12 a 16/8) o III Encontro da Diversidade Humana, promovido por alunos do curso de Relações Internacionais. O evento, aberto a estudantes de qualquer graduação, contou com palestras, debates, exposições e atividades interativas. O tema desse ano foi “Gênero, Sexualidade, Raça e Etnia” e teve a participação de representantes de movimentos indígenas, LGBTQI+, feministas e negros. 

 

Para uma das organizadoras, Fernanda Mello — que também atua na Frente Feminista de R.I da UVA —, o evento promove o conhecimento e esclarece temas atuais para a sociedade. “O Encontro da Diversidade Humana durava apenas três dias e tinha uma mesa por dia. Dessa vez, conseguimos estender para uma semana inteira, com debates ainda mais consistentes e necessários. É um evento de resistência, principalmente no cenário sociopolítico atual”, concluiu.

 

O UVA EM FOCO esteve presente no terceiro dia de encontro. Nele, aconteceu uma roda de conversa sobre bissexualidade e aceitação, mediada pela estudante de psicologia da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), Ana Beatriz Sant’Anna, e por Sofia Castro, que cursa ciências sociais na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). O grupo foi composto por alunos de dentro e fora da instituição, que discutiram panssexualidade e gêneros não-binários. “O que chamou a nossa atenção foi o fato de que ninguém tinha participado de uma roda assim, um espaço de discussão para questões bissexuais, que são diferentes de outras questões LGBTQI+”, afirmou Sofia. 

 

No mesmo dia, os participantes puderam assistir a um debate sobre racismo institucional, que tratou de temas como a presença de negros na sociedade e consequências da escravidão no Brasil para a perpetuação de desigualdades socioeconômicas. Militantes de coletivos negros abordaram a questão a partir de uma análise psicológica e geográfica. A estudante de Relações Internacionais da Universidade Veiga de Almeida, Camila Santos, ressalta o valor das minorias e o seu papel nas universidades. “No Brasil, cursar uma faculdade ainda é um luxo. Muitos desses estudantes entram e se deparam com situações e pessoas que vivem em condições sociais distintas e essas discussões são uma forma de resgatar a identidade e acolher esses alunos, que se sentem representados dentro da universidade”.

 

Por João Henrique Oliveira, 6º período, e Luiza Almeida, 5º 

 

período.

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