Perfil @pesquisasuicidio.spauva aborda o tema por meio de lives e quiz
A Equipe de Pesquisa em Saúde do Serviço de Psicologia Aplicada (SPA) da Universidade Veiga de Almeida criou o perfil do Instagram “@pesquisasuicidio.spauva” como solução ao distanciamento social que impediu que os atendimentos clínicos, e presenciais, continuassem. Na página é possível encontrar lives, quiz e informações sobre o suicídio, depressão e ansiedade.
O Setembro Amarelo é uma campanha organizada pela Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) em parceria com o Conselho Federal de Medicina (CFM). O movimento ocorre todo os anos, desde 2014, com o objetivo de alertar e conscientizar a população sobre o suicídio. O dia 10 de setembro é o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio e segundo a OMS, em 2019, um suicídio ocorre a cada 40 segundos no mundo inteiro.
A professora de Psicologia e Supervisora da Equipe de Pesquisa em Saúde, Barbara Carissimi, junto com aos 10 alunos orientados resolveram desenvolver um ação para minimizar o impacto da ausência de atendimentos. E foi assim que surgiu o perfil do Instagram. O objetivo do projeto é de informar a sociedade desses sintomas e de estimular um olhar mais sensível ao acolhimento da dor do outro. “E assim começamos a apresentar as lives semanais, que conta com a minha mediação e com a apresentação das pesquisas da nossa equipe. Estamos trazendo essa temática para sair do lugar de tabu e para instruir e mostrar para sociedade como lidar com os entes queridos, colegas de trabalhos e amigos que estão em processo de sofrimento”, explica a professora Bárbara.
A equipe, com a chegada do Setembro Amarelo, pensou em produzir ações e conteúdos diferentes. Como por exemplo, estão sendo publicadas algumas apresentações de pesquisas sobre o suicídio, informações de congressos e eventos que estão acontecendo em outras instituições e vídeos de crianças contando como elas reagem ao percebem que um amiguinho está triste. “Isso é para dizer o quão importante é que a família eduque a criança para que ela seja mais sensível e empática a dor do outro. Já nos stories estamos publicando quiz de mito ou verdade sobre o suicídio com a participação, por enquete, da audiência. O nosso público é a sociedade. Não é somente e exclusivamente psicólogos ou estudantes de psicologia”, explica a professora.
Depois do início do projeto, a equipe tem recebido feedbacks positivos. Cada retorno vem acompanhado de uma história de identificação dos sintomas que foram esclarecidos, após as lives, e de um elogio de como o tema é tratado pelo perfil, já que é abordado com leveza. A professora Bárbara conta a importância de falar sobre esses assuntos durante o ano todo e não somente em setembro: “é quebrar paradigmas, modelos vigentes e variáveis que engessam o olhar da sociedade para sintomas que são extremamente graves. Vivemos em uma sociedade midiática, de ideais, da performance e da produtividade. Todo aquele que difere desse ideal é segregado e discriminado. A gente precisa acabar com isso e acolher essa dor, e rever esses ideias para minimizar essa incidência de suicídio. Por isso, é preciso quebrar o tabu do suicídio e construir paradigmas a partir da informação, educação, do conhecimento e do acolhimento”.
E por fim a professora Bárbara explica que a comunicação é o melhor caminho para diminuir os grandes índices de suicídio. “Sabemos, de acordo com os dados da OMS, que de 10 suicídios, 9 poderiam ter sido evitados. Sendo assim, falar é a melhor solução e é a cura. Então, é preciso abrir o espaço para a fala!”.
Fabyane Melo, 8° período
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