A última terça feira contou com muita resistência, lágrimas e lembranças. Conceição Evaristo, atuante há muitos anos em uma causa minoritária do país uma mulher, que inspira muitas pessoas, mulheres negras em sua maioria, fez com que a biblioteca do campus Tijuca transbordasse incentivo e militância.
Começando o discurso agradecendo a todos pela presença e por lerem seus livros, a escritora disse que faz a literatura se faz com quem escreve e também quem lê. Os conteúdos que escreve são puramente sobre as vivências dela na sociedade brasileira como mulher negra, sendo um dos motivos que serve como modelo e espelho para muitas jovens.
Uma delas é Camilla Santos, estudante do 5º período de Relações Internacionais e coordenadora da Frente Afro-Brasileira de R.I, que foi convidada para a abertura do discurso da escritora, e diz estar totalmente honrada pelo convite de participar de um evento dedicado a uma expoente da literatura negra, a qual possibilitou sua própria luta nos dias de hoje, “O que tenho é um agradecimento eterno. Eu não seria nada dentro da militância sem figuras como Conceição Evaristo”, ela declara.
A escritora contou que toda a visibilidade que está tendo, no momento, deve-se ao movimento social de mulheres negras, as quais foram as primeiras pessoas a serem conquistadas por seus textos e foram disseminando seu trabalho.
Em meio a poesias, posicionamentos sociais e embasamentos históricos e literários, ao fim do discurso, ao ser recitado um trecho do livro “Olhos d’Água”, todos os presentes estavam emocionados e aplaudiam de pé uma das maiores ícones da literatura negra.
Agregando inspiração para seguir com a luta pelo racismo sistemático no Brasil, Conceição deixou clara a importância de movimentos e grupos de resistência, para que cada vez mais conquistem seus lugares merecidos tanto no âmbito social quanto profissional. “A minha militância estará presente na vontade de ver profissionais negros em espações antes pouco ocupados por nós”, finalizou a aluna Camilla.
Laboratório de Comunicação Interna, Isadora Farias, 7º período do Curso de Jornalismo, Universidade Veiga de Almeida, campus Tijuca.
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