Evento de Psicologia defende o tratamento humanizado

O campus Tijuca da Universidade Veiga de Almeida recebe a 15ª edição da Luta Antimanicomial

 

Na última sexta-feira (24/05), aconteceu no campus Tijuca da Universidade Veiga de Almeida (UVA) a 15ª Luta Antimanicomial, um evento do curso de Psicologia, que contou com a presença de psicanalistas em palestras, conferências, além da exibição e debate sobre o filme baseado no livro “O retrato do artista quando jovem”. O objetivo foi chamar a atenção das pessoas sobre a luta contra o tratamento de pessoas que sofrem de transtornos mentais em manicômios em detrimento a uma reabilitação mais humanizada em clínicas psicossociais.

 

Para Beatriz Monteiro, aluna do curso de Psicologia, o evento foi muito importante, pois além do contato com profissionais renomados, permitiu dar voz à luta contra os manicômios. “Nós combatemos a ideia de que se deve isolar a pessoa que precisa de tratamento. O nosso lema é não prender, e sim tratar. Nós tratamos com liberdade, em conjunto com as clínicas de atenção psicossocial (CAPS), para ressocializar aqueles que precisam”, diz.

 

A professora responsável pelo evento, Aline Drummond, ressalta a importância dessa prática para os alunos. “Estamos trabalhando na formação de futuros psicólogos – profissionais da área de saúde mental – e essa luta traz o debate sobre temas importantes como as formas de tratamento da loucura, as diferentes formas de terapia existentes hoje e as instituições que substituem a internação”, afirma.

 

O evento é importante não somente para os estudantes, mas também para os artistas do Atelier Gaia, que expuseram seus trabalhos no pátio do piso preto. O ateliê é formado ex-pacientes do serviço de saúde mental da Colônia Juliano Moreira, que é integrada ao Museu Bispo do Rosário Arte Contemporânea. O museu incentiva a produção desses artistas como forma de obterem renda através da arte. “O movimento antimanicomial é muito forte na Veiga e estamos entre as instituições mais engajadas nesse sentido, com a 15ª edição do evento, fundamental para a formação acadêmica e humana dos nossos alunos, além da interlocução de projetos de apoio a essas pessoas, como o Gaia, neste ano”, finaliza professora Aline.

Por João Henrique Oliveira, 5º período

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