Muito se discute e se estuda sobre Fake News na atualidade, mas engana-se quem pensa que elas surgiram na chamada “Era digital”. No entanto, o assunto voltou a tona e com força total após a morte de Marielle Franco, vereadora do PSOL que lutava a favor de diversas causas sociais. Em pouco tempo, boatos e informações falsas tomavam a web e as redes sociais de diversas pessoas com conteúdos que incluiam áudios, imagens e textos associados a figura política de Marielle.
Embora pareçam novidade, as notícias falsas já existem desde as gazetas e os pasquins da Europa. Surgiram no século VI e começaram a se espalhar por meio de um livro repleto de inverdades que tinha como objetivo destruir o imperador da época. E aí você deve estar se questionando: quer dizer que desde o surgimento das fake news elas estão ligadas a política? É extamente isso. Pouco tempo depois, em 1522 foi a vez das histórias e boatos terem propositalmente o intuito de manipular as eleições da época, assim como aconteceu recentemente com as eleições do atual presidente dos EUA, Donald Trump.
O propósito sempre foi o mesmo, difundir ideias com interesses manipuladores que envolvessem figuras públicas. O que mudou de lá para cá, foi que com a chegada da internet, com a ascensão das redes sociais e a reestruturação do jornalismo tradicional, as notícias encontraram um novo espaço dentro das mídias sociais, passando a fazer parte da vida das pessoas onde quer que elas estejam. Hoje, qualquer pessoa que faça parte de uma rede social pode não só ter acesso a conteúdos diários dos jornais, mas tornar-se um “jornalista colaborativo”, seja enviando material multimídia para um veículo ou escrevendo sobre algum fato em sua timeline.
Mas, o que acontece é que na maioria das vezes, muitos usuários não tem compromisso com a informação e acabam disseminando boatos pela internet. Por isso, o que não faltam atualmente são notícias falsas disputando espaço com o jornalismo tradicional. Assim, para atrair a atenção do leitor que se vê bombardeado de informações por todos os lados, alguns sites especializados em fake news utilizam métodos próprios, como a combinação de conteúdos falsos e verdadeiros para confundirem ainda mais a atenção daqueles que se informam pelas redes sociais. Na maior parte dos casos, esses leitores não conseguem distinguir aquilo que é verdade ou não e se deixam atrair por elementos chamativos como títulos sensacionalistas e manchetes chocantes.
Dessa forma, esses conteúdos são disseminados estrategicamente na web e se alastram rapidamente por meio de compartilhamentos em massa que acontecem sem a devida checagem do conteúdo. Sejam por motivações políticas ou econômicas, as mentiras vem disseminando cada vez mais com as novas ferramentas tecnológicas, tornando-se objeto de análise e estudo por todos aqueles que querem combatê-las e descobrir a verdadeira raiz do problema.
Como reconhecer uma notícia falsa:
- Desconfie de manchetes tendenciosas e sensacionalistas.
- Verifique a existência da fonte da informação. Caso não tenha fonte, desconfie duas vezes.
- Verifique se a fonte da notícia é conhecida e se passa credibilidade a informação.
- Cheque a notícia em outras fontes que são consideradas confiáveis.
Colaboração: Ivy Vera-Cruz, Jornalista, Alumni UVA.
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