Fazer um intercâmbio é um diferencial para qualquer pessoa, ainda mais para universitários que estão entrando no mercado de trabalho. A união de cultura, experiência com outras línguas e com a área desejada estão entre os critérios que chamam atenção dos empregadores. Este foi o tema do debate realizado pelo curso de Relações Internacionais da Universidade Veiga de Almeida (UVA), em comemoração aos 100 anos da criação do primeiro curso do tipo.
A Associação das Agências Brasileiras de Intercâmbio (Belta) divulgou uma pesquisa, em abril de 2019, a mais recente, sobre o aumento de 20,46%, em 2018, do mercado brasileiro na educação estrangeira, com um total de 365 mil estudantes nesses programas. Já as línguas que aparecem como mais procuradas são inglês e espanhol, e os lugares mais requisitados como destino são Canadá, Estados Unidos, Reino Unido, Austrália, Malta e Irlanda.
O estudante de jornalismo Ivaldo Lovato, que fez intercâmbio no início de 2017 em Toronto, Canadá, explica como isso o ajudou. “Melhorei muito mais o meu inglês do que em todos os sete anos de curso que fiz. A facilidade que eu tenho hoje devo muito ao intercâmbio”, disse.
Além do aprimoramento no idioma, experiências no exterior enriquecem a linguagem profissional, a oportunidade de fazer workshops, trabalhos de voluntariado, certificados técnicos, networking e independência. De acordo com a gerente da empresa de intercâmbio Egali, Carolina Silveira, todos esses valores são vistos com bons olhos pelos empregadores. “Mostra para o recrutador que a pessoa saiu da sua zona de conforto e isso indica que está disposta a fazer acontecer. E que está correndo atrás”, explicou. Já Ivaldo Lovato esclarece como usa esse diferencial. “Sempre que eu vou em uma entrevista perguntam se os candidatos já fizeram intercâmbio e eu posso responder que sim. Então, acredito que o entrevistador use como critério de seleção”, diz.
Para a Ana Beatriz Faulhaber, representante da empresa que oferece cursos no exterior, CP4, o mercado hoje demanda que os estudantes tenham duas habilidades necessárias: acadêmicas e comportamentais. “O intercâmbio impulsiona as habilidades comportamentais, pois desenvolve liderança, comunicação, autoestima, e isso tudo fará diferença no processo seletivo de emprego. E causa impacto no resto da vida”, explicou. Para Ivaldo, não é diferente.“você aprende a viver sozinho, tem que resolver tudo do momento que acorda até ir deitar. Você está no comando! Ou seja, tem que ter muita responsabilidade e muita disciplina. E são aptidões que ajudam bastante no dia a dia do trabalho”, finalizou.
Por Fabyene Melo, 6° período
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