Encontro reuniu profissionais para falar sobre as tendências do jornalismo e apresentar o livro Toca o Barco – Ricardo Boechat e a reinvenção do rádio
A Universidade Veiga de Almeida (UVA) promoveu no dia 30/9, o 1° Seminário Desafios do Jornalismo, que teve, na parte da noite, a apresentação das palestras: O fim do jornalismo tradicional e o consumo de notícias no século 21 e Toca o barco – Ricardo Boechat e a reinvenção do rádio, pelos jornalistas Bruno Thys e Luiz André Alzer.
Realizado no auditório, o evento teve início com o jornalista e pesquisador de políticas públicas da Fundação Getúlio Vargas (DAPP-FGV) e sócio da Traumann&Thompson Comunicação, Thomas Traumann, que começou abordando a forma como os veículos de comunicação tradicionais estão em decadência, devido ao grande consumo de informação pela internet e a perda da influência do jornalista com os leitores, que antes tinham apenas o conteúdo impresso como fonte e agora têm na internet a facilidade de escolher a notícia que mais interessa. “Jornal que é só jornal vai ter que se reinventar para não fechar. É necessário recriar a relação com o leitor. Hoje, o jornalismo tradicional perdeu um pouco do seu espaço com o uso das redes sociais e com os influenciadores”, afirmou Thomas, que já foi ministro da Secretaria de Comunicação da Presidência da República.
O jornalista destacou também que, hoje, existe um casamento da informação com o infotenimento na maneira como são feitas as notícias e que a publicidade era a principal fonte de renda utilizada pelos meios de comunicação tradicionais. “Até a metade do século 21, 75% das receitas dos jornais vinham da publicidade. Hoje, esse número é de 50%, o que mostra a mudança que já vem ocorrendo ao longo dos anos”, concluiu.
Já a palestra Toca o barco – Ricardo Boechat e a reinvenção do rádio, com os jornalistas Bruno Thys e Luiz André Alzer, tratou um pouco sobre o processo de produção do livro, feito seguindo o processo de reportagem, com histórias e bastidores contados por 32 colegas que trabalharam, conviveram, sofreram e se divertiram com o jornalista Ricardo Boechat. “Esse livro não é uma biografia, e sim uma maneira de contar um pouco da vida Boechat e homenageá-lo”, declarou Luiz.
O livro destaca também a visão do profissional sobre o jornalismo. “O Boechat conseguia usar o jornalismo em toda a sua potencialidade. Ele buscava abordar os assuntos de maneira diferente da que os principais veículos faziam ao apresentar situações que ainda não tinham sido contadas”, contou Bruno. Por fim, o jornalista destacou ações de assistência e apoio às pessoas realizadas por Boechat e descobertas graças ao relato dos outros colegas de profissão. “Ele era uma pessoa muito generosa. Realizava muitas ações que muitas pessoas não faziam ideia, ajudava pessoas que tinham problemas graves e muita gente não noção porque ele não fazia questão de divulgar”, finalizou.
Por Lucas Candido Silva Alves, 8° período
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