Professora de Jornalismo da UVA participa do evento do Canal Savanas no Cerrado

Na quarta-feira (28) aconteceu a live “Do griot ao cinema: maneiras de contar histórias em Áfricas”. A mesa 9, de uma série apresentada no Youtube, no canal Savanas no Cerrado, contou com a participação da doutora em Estudos Culturais e professora da Universidade Veiga de Almeida, Maria Geralda Miranda. Ela falou sobre África, literatura africana e as respectivas áreas interdisciplinares. O foco de sua palestra foi no cinema africano. Isso levantou a questão: para os espectadores, o cinema é estético ou político? Por isso, a professora apresentou aos ouvintes três filmes, que foram objeto de estudo de sua pesquisa acadêmica: Keita, o legado do griot, Emitai e Invasion 1897.

Em um primeiro momento, Maria Geralda falou de “Keita, o legado do griot”, produzido em 1996. A produção, segundo ela, além de ser esteticamente sofisticada, convida ao questionamento sobre as imposições e a dominação dos colonizadores, que fizeram de tudo para desqualificar a organização política dos povos africanos. Além disso, ela ainda explica que o filme mostra as versões da história transmitidas oralmente pelos griots, assinalando então a importância das fontes orais.

Logo depois, Maria Geralda falou a respeito de “Emitai”, que foi produzido pelo pai do cinema africano Ousmane Sembène. Ela citou durante a palestra uma frase do cineasta: “um povo que não fala por si está fadado a desaparecer”. A professora explicou que, mesmo Ousmane sendo um escritor literário, ele preferiu se especializar em cinema, pois, assim, ele consegue atingir um público maior e que vai ter acesso aos conhecimentos que ele quer transmitir. As imagens falam por si só, segundo Maria Geralda. Sendo assim, quem não tem domínio da linguagem escrita pode, então, entender a narrativa contada no audiovisual.

Após as explanações a respeito do filme Emitai, Maria Geralda encerrou a live discorrendo a respeito da produção cinematográfica “Invasion 1897”, um filme nigeriano. Os filmes que foram selecionados e apresentados por Maria Geralda durante a transmissão da palestra foram parte de sua pesquisa de pós-doutorado em Narrativas Visuais, produzida na Universidade Clássica de Lisboa, a respeito do cinema Africano. A professora explicou que o seu trabalho é focado na África subsaariana. Formada em Letras e Jornalismo, ela também possui pós-doutorado em Estudos Culturais Africanos pela UFRJ.

 

Letícia Montilla da Silva Braga, 8° período 

 

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