Rede Windsor de Hotéis conta como trabalha com “prevenção e acolhimento ao suicídio”

A segunda live da Equipe de Pesquisa em Saúde da UVA – Acolhimento e prevenção ao suicídio, depressão e ansiedade aconteceu na última quinta-feira (28), por meio do Instagram, e trouxe o tema “Prevenção do suicídio: a abordagem humanizada da Rede Windsor de Hotéis”, com a participação do gerente corporativo de riscos e perdas da rede, Ricardo Barreiro. A mediação foi da professora e psicóloga Bárbara Carissimi.

O objetivo foi conversar com os alunos de psicologia, e interessados no assunto, sobre como funciona a abordagem da Rede Windsor de Hotéis com relação à prevenção e acolhimento de pessoas que tentam ou conseguem cometer suicídio nas dependências dos hotéis. Para isso, Ricardo contou que a rede teve que pensar em políticas e práticas para evitar o ato, fazendo recomendações e treinamentos de gestão de risco com todos os funcionários: “Tem hóspede que pede o andar mais alto e quer saber se tem varanda. A partir de ações como essa, acendemos a luz amarela e ficamos atentos. Todos ficam envolvidos, temos um protocolo que começa na recepção e termina na camareira”, disse.

O lema que Ricardo usa para se referir à rede é “Nós não trabalhamos para atender bem, trabalhamos para acolher”. A partir daí, ele conta como é feito o procedimento de prevenção e acolhimento, ressaltando que a maioria das pessoas que deseja se suicidar dá sinais, como, por exemplo, chegar ao hotel somente com a roupa do corpo, dizer que irá se hospedar por vários dias e não aceitar que seja feita a limpeza do quarto. Na tentativa de salvar vidas, além dos funcionários ficarem atentos a qualquer ato que possa identificar algo de errado, logo no check-in é feito um procedimento de gestão de risco: “Nós solicitamos que o hóspede deixe um telefone de emergência. Se sentirmos necessidade e tiver um evento nesse sentido, imediatamente ligamos para a família”, disse o gerente.

A professora Bárbara ressalta que a melhor maneira de lidar com ações como essa é o acolhimento, e que as escolhas feitas pela Rede Windsor de Hotéis na hora de cuidar das pessoas é extremamente humana: “Precisamos criar uma área solidária. Ter compaixão e sensibilidade é fundamental. É claro para mim o sentimento de compaixão da rede”, disse.

É de enorme importância que profissionais, familiares ou qualquer pessoa envolvida seja capaz de ser solidário, saiba ouvir e entender a dor do próximo. Práticas de prevenção e acolhimento precisam ser adotadas tanto por empresas privadas como por políticas públicas, para que mais pessoas possam se sentir cuidadas e se recuperarem, pois, como disseram os palestrantes: “o suicídio é um ponto final que pode ser substituído por uma vírgula”.

 

Clarissa Lomba Gonçalves, 6º período

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