Segundo Fórum de Comunicação, Inovação e Cultura discute audiovisual brasileiro, tecnologia e inovação integradas à cidade

No Centro Cultural da Justiça Federal, os alunos foram os maiores participantes das palestras, que trouxeram pesquisadores de nível internacional 

 

Nos dias 20 e 21 de agosto aconteceu o 2º Fórum de Comunicação, Inovação e Cultura, organizado por professores da Universidade Veiga de Almeida (UVA) e pesquisadores da Casa da Comunicação, no Centro Cultural da Justiça Federal. O objetivo do evento foi gerar discussão entre os alunos a partir da visão das diversas áreas do mercado da comunicação, sendo a inovação parte fundamental. 

 

O primeiro dia foi aberto com a palestra sobre as Perspectivas de Construção de Práticas de Inovação no Contexto da Comunicação, com Jonathas Luiz Carvalho Silva, professor da Universidade Federal do Cariri e coordenador de Programas da Área de Comunicação e Informação (CAPES 2018-2022). O assunto principal foi a inovação especificamente em comunicação. Jonathas ressaltou que eventos como o fórum incentivam os alunos a participar de trabalhos de pesquisa, ajudando na construção do conhecimento. 

 

Durante a tarde, Comunicação, Negócios Sociais e Digitais reuniu Fabro Boaz Steibel, do Instituto de Tecnologia e Sociedade do Rio de Janeiro (ITS), Ana Elisa Larrarte, assessora da ONU de Programas para o Brasil e Cone Sul, e Jacqueline de Cássia Pinheiro Lima,  professora da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ) na mediação. Mateus Nogueira, aluno de publicidade e propaganda, esteve presente durante os dois dias e, para ele, saber mais sobre do que a ONU é capaz foi muito enriquecedor: “´É uma instituição enorme, que atua em todos os lugares do mundo, então trazer esses representantes para poder falar para e com os alunos é incrível. Eles fazem debates com ótimos temas em favelas e têm pouca verba, o que estimula os futuros comunicadores, nós!”. 

O jornalismo no audiovisual e na cidade 

O segundo e último dia foi aberto com mesa sobre Comunicação, Tecnologia e Inteligência Artificial, com a presença de pesquisador do Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (IBICT), Ricardo Medeiros Pimenta, o doutorando em Comunicação Social pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), João Vitor Rodrigues, e Ana Cláudia Guimarães, jornalista da Coluna Ancelmo Gois, do Jornal O Globo. Eles discutiram a aplicação da inteligência artificial em todas as áreas, desde a Medicina até a área criativa, com mediação da professora da UVA, Adriane Figueirola Buarque de Holanda. 

 

Claro que não podia faltar uma conversa sobre o audiovisual, mediada pela professora da Diana Damasceno. A mesa teve presença da professora da Universidade Federal Fluminense (UFF), Ariane Diniz Holzbach, que falou sobre sua pesquisa, Desafios das narrativas audiovisuais num mundo verdadeiramente globalizado, que estuda desenhos animados infantis. Dentre as análises apresentadas, Galinha Pintadinha, que começou em uma pequena produtora colocando vídeos no Youtube, em 2006, e desenhos de outras partes do mundo, como Rússia, Índia e Coréia do Sul. “Não havia muitas pesquisas sobre animações infantis, por isso decidi usá-los como objetos de estudo”. Dentre os apresentados, estava o Pororô, programa para crianças sul-coreanas,e além de ser o mais importante do país, expressa emoções de um jeito único. 

 

Representando a Brasil Audiovisual Independente (Bravi) e o Instituto de Conteúdos Audiovisuais Brasileiros (ICAB), Geovana Cypreste apresentou dados sobre o número de produções feitas no país em comparação ao resto do mundo, explicou leis do audiovisual, como a Lei da TV Paga que estabelece três horas e meia de programação regional e nacional por semana em cada canal, em horário nobre, na televisão paga. Além disso, um terço dos canais devem ser brasileiros e devem exibir doze horas de produções independentes. “A obrigação seria exibir 8,3% por ano em peças brasileiras em horário nobre. Em 2016, chegou à 64%”, afirmou, divulgando que o setor corresponde à quarta maior indústria do Brasil. 

Na parte da tarde aconteceu a última mesa do evento. A mediadora Vania Fortuna, professora da UVA, abriu com um breve resumo sobre a história da cidade do Rio de Janeiro, que seria o tema abordado durante a palestra, explicando as mudanças feitas por Pereira Passos e complementando com o jornalismo sendo um ator muito importante na comunicação e registro das mudanças do município. Ronaldo Lapa, subsecretário de Articulação Política e Acompanhamento dos Municípios, ligado à secretaria de Estado de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos, deu continuidade ao assunto falando sobre as transformações na cidade, relacionadas à comunicação, além de abordar o relacionamento entre gestores municipais, meios de comunicação e sociedade, nos exemplos das gestões de César Maia e Eduardo Paes. “César Maia usou a comunicação como gestão. Eduardo Paes usava a mídia de forma pesada, se expondo de todas as formas possíveis”, disse Ronaldo. Logo depois, o professor da UVA Carlos Eduardo Nunes-Ferreira falou sobre a cidade como mídia e como trabalhar desigualdades do ponto de vista da arquitetura e da sua integração com a sociedade. 

A aluna do segundo período de jornalismo, Bruna Zappelli esteve presente nos dois dias de fórum e comentou a importância do evento para os alunos de comunicação em geral: “É interessantes para os alunos observarem todas as possibilidades que eles tem para seguir, e escolher qual caminho eles querem. Então, eu acredito que para os alunos de comunicação esse tipo de evento é você criar possibilidades perspectiva de que é possível chegar onde você deseja”. Além disso, para aluna, os eventos deveriam abordar como o estudante pode lidar com as suas inseguranças para escolher a futura área de trabalho. “Qualquer pessoa de comunicação quando se depara com milhões de possibilidades, então acredito que como trilhar o seu caminho e saber a escolha certa pode ser mais falado, e abrir espaço para expressarem suas inseguranças e para ser trabalhado de forma geral”.

Por Luiza Almeida, 5° período

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