No dia 12 de setembro, a Universidade Veiga de Almeida amanheceu diferente. Com a ajuda de Paulo Machado, professor de Saúde Pública, e Leandro, professor do curso de Enfermagem, especialista em saúde mental, os alunos do internato (9º período de Enfermagem) organizaram o Dia D da mobilização, que dura até o fim do mês.
Logo pela manhã, os alunos do internato do 9º enfeitaram o campus Tijuca, o deixando bem amarelo, com o objetivo de chamar bastante a atenção para o que estava por vir. Os futuros enfermeiros também abordaram os alunos e os convidaram para uma roda de conversa que aconteceria no dia e para saber se eles entendiam o que significava o “Setembro Amarelo”.
Maria Eduarda Almeida, aluna do 9° período e uma das responsáveis do evento, explicou que a intenção do Setembro Amarelo é mostrar apoio aos alunos, acabar com o preconceito pelas doenças mentais e, principalmente, prevenir o suicídio. “Quem mais se mata são os jovens, por conta de toda a pressão e anseios para o futuro, que são marcantes nessa fase, e com o aumento dos casos, nós vimos a necessidade de fazer essa mobilização na faculdade”.
Durante a roda de conversa, os componentes do grupo debateram o que era depressão, ansiedade, ataque de pânico e outras doenças, além de contar relatos pessoais. De perguntas de como poderia ajudar um irmão mais novo ou um amigo até histórias de suicídios foram ouvidas e acalentadas.
“Segundo o Ministério da Saúde, a maior forma de prevenção ao suicídio, é falar sobre, informar e conscientizar. Por isso nós fizemos a roda, o mural e o bloquinho de desabafos”. Maria se refere ao mural de enfermagem, que contêm inúmeras informações sobre o tema, e sobre o bloquinho oferecidos aos alunos, onde além de desabafos, muitas mensagens positivas e oferta de ajudas foram escritas.
A cor amarela vai dominar a UVA por todo setembro, mas a ideia é que seu significado fique por muito mais tempo. “As pessoas não deprimem só nesse mês, as pessoas são deprimidas o ano todo, então por isso temos a ideia de fazer essa mobilização ser continua, mais rodas de conversa, mais eventos, para tentar sempre salvar mais vidas”, conclui Maria Eduarda.
Laboratório de Comunicação Interna, Rute Rocha Lobo, 7º período de Jornalismo, Universidade Veiga de Almeida – Campus Tijuca.
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