Comunicação

Webinar propõe debate sobre a geopolítica do conflito Rússia X Ucrânia

“História & comunicação: possíveis consequências para o conflito Rússia X Ucrânia” é o tema da aula inaugural dos cursos de Jornalismo, História e Publicidade e Propaganda da Universidade Veiga de Almeida, marcada para o dia 23 de março às 19h. O bate-papo será com a jornalista e coordenadora de conteúdo da CNN Brasil, Thayana de Araújo Vianna Ramos; o fotógrafo Bruno Itan e a participação especial do professor do curso de História da UVA, Giovanni Codeça. A transmissão, com mediação da jornalista Regiane Jesus, será pelo canal CasaCom Conecta no Youtube.

O fotógrafo Bruno Itan vem com o olhar do registro de imagens sobre a guerra (Foto: arquivo pessoal/divulgação)

Há mais de 20 dias, emissoras de TV, de rádio e meios digitais trazem informações sobre o andamento de uma guerra que já matou 12 mil soldados e levou milhares de pessoas a saírem de casa e buscar refúgio em países vizinhos, entre elas, mais de um milhão de crianças. Não tem como deixar o assunto fora das universidades e o debate é emergente, principalmente nos campos das Ciências Sociais.

Mediado pela jornalista Regiane Jesus, que atuou como produtora executiva da Rádio Globo por 12 anos e, atualmente, é repórter do Caderno Tijuca e Zona Norte, de O Globo, o debate busca refletir sobre as sequelas que a invasão da Rússia na Ucrânia, iniciada em fevereiro deste ano, pode deixar na economia, na política e na segurança. O professor e coordenador do curso de História da UVA, Giovanni Codeça, fará uma participação especial para trazer mais informações ao debate.

A jornalista Thayana traz a experiência de cobertura de grandes acontecimentos (Foto: arquivo pessoal)
Já tendo passado por grandes coberturas de casos que tomaram a mídia brasileira, como a Lava Jato e a prisão do goleiro Bruno, a jornalista e coordenadora de conteúdo da CNN Brasil, Thayana de Araújo Vianna Ramos, trará o olhar de uma grande rede de informações sobre a guerra, buscando esclarecer os processos jornalísticos existentes nesses tipos de acontecimentos e passar as experiências vividas dentro da redação.

Com relação ao registro de imagens, o fotógrafo Bruno Itan vem com a bagagem da documentação do cotidiano das favelas cariocas, como o Complexo do Alemão e o Jacarezinho, mergulhadas em constantes conflitos urbanos. Atualmente, a frente da agência Olhar Complexo, Itan tem se dedicado a refletir sobre essa ponte entre o dia a dia desses espaços e a guerra entre Ucrânia e Rússia.

Além de entender as causas e consequências do conflito, o público poderá receber certificado de participação, com seis horas de Atividades Complementares (AC). Para isso, é necessário a inscrição do evento no Sympla e a confirmação da presença por meio do preenchimento do formulário disponibilizado durante a transmissão. O evento é gratuito.

Inscrições pelo Sympla

Por Trás da CASABFILMES

No dia 27 de setembro as 20:30 aconteceu uma aula aberta via Microsoft Teams para os estudantes de comunicação que levava o nome de Produção Audiovisual: por trás da CASABFILMES. A palestra com Jonatas Goulart, diretor cinematográfico, contou também com a mediação do professor Evângelo Gasos.

O intuito da mesma era abordar a trajetória da CASABFILMES, com foco na diversidade de conteúdos e gerenciamento de projetos que equilibram renda para uma atividade audiovisual sustentável e os trabalhos criativos independentes.

O palestrante Goulart contou um pouco sobre sua trajetória no audiovisual para os alunos. Vindo de uma família de artistas, o produtor começou sua trajetória na música e após “sobreviver”, resolveu migrar para o audiovisual como uma forma de continuar trabalhando com seu talento.

No final de 2007 para início de 2008, Goulart fez um curso no CCAA sobre audiovisual e relata que aprendeu muito, tanto na área profissional quanto na  pessoal. Para pagar o curso em questão, o produtor teve que ficar com o nome sujo para conseguir sustentar o curso. “Sempre fui muito batalhador, até me emociona falar sobre isso.”

Ainda no ano de 2007, o produtor contou que fez o seu primeiro vídeo para seu próprio casamento. Anos depois, Goulart ficou conhecido justamente por esse tipo de conteúdo. Em 2011, pequenas produções precisaram virar estabilidade. Tal acontecimento se deu através de vídeos de casamentos, pois o produtor via tal mercado estabilizado. No final do mesmo ano, criou a CASABA, produtora audiovisual de filmes de casamento junto de outros dois amigos, Elton e Eliseu. “Não existe escola maior do que o mercado de casamentos.”

O produtor teve que vender tudo que tinha de valor no ano de 2012 para pagar uma passagem para os Estados Unidos, a fim de conseguir comprar equipamentos, pois segundo o mesmo a parte tecnológica é essencial.

Por vir do mercado da música, os projetos mais ousados são os que mais atraem o produtor. Foi no ano de 2014 que conseguiu juntar as suas duas paixões, o audiovisual e a música, com o clipe do artista Danny Sax – Cheia de Charme. Após o vídeo de Danny, o produtor entrou de vez no mercado da música com o clipe da já renomada Kelly Key – Controle. Tal música lançada no ano de 2015 ficou marcada como a volta da cantora.

No ano de 2020, Goulart e um amigo foram para capitólio gravar um programa que levava o nome de Anywhere. O projeto consistia num vídeo no meio do deserto com um carro emprestado, tudo feito pelo produtor. Depois de já terminado o vídeo, o produtor conseguiu vendê-lo para a empresa automobilística Jeep. Através do mesmo clipe, ainda conseguiu outros três grandes clientes. “Não tenham medo de criar projetos, criem projetos relevantes.”

Ao ser perguntado como a pandemia afetou a produção dos clipes, Goulart compartilhou que o antigo escritório na Barra da Tijuca teve que fechar as portas para reduzir os gastos. Como o mercado de casamentos é o principal da empresa, na pandemia, teve que ser cortado, pois, os noivos estavam trocando as datas. Com o dinheiro do aluguel do escritório,  o produtor o transformou em salário para funcionários, que eram, até então, freelancers. 

Ainda sobre a pandemia, o produtor afirmou que muita gente quebrou, mas a pandemia ainda assim fez o audiovisual crescer para aqueles que sabiam vender. A CASABA, que significa melão nos mini mercados dos EUA, vendia de dois a quatro casamentos por mês e, após a pandemia, começaram a vender cinco.

“Nada é feito em vão, se acredita arrisca. Se não der certo, tente outra coisa.”

Jonatas Goulart

 Thiago Chavantes, 6º período.

Aula Especial sobre comunicação e análise de dados

Novos olhares sobre a realidade

A aula especial da disciplina “Inteligência artificial e análise de dados” teve como convidado o analista do Núcleo Jornalismo/Volt Data Lab,  Lucas Gelape. O bate papo com a turma foi mediado pelo professor Fábio Cadorin no dia 8 de setembro pelo Teams.

O especialista deixou a área de Direito e iniciou os estudos sobre análise de dados ainda enquanto fazia mestrado em Ciências Políticas. Gelape trabalhou para o G1 durante as eleições em 2018, chegou a passar madrugadas analisando e organizando os dados para matérias que sairiam no dia seguinte.

Durante o encontro, ele explicou sobre as carreiras de engenheiro de dados, cientista de dados e analista de dados, assim como as diferenças entre elas. “Entre essas profissões, acredito que a de engenheiro de dados é a mais distante do Jornalismo”, pontuou Gelape.

Apesar de achar que as áreas não são tão próximas, ele incentivou aqueles que pensam em ingressar na área mostrando alguns casos, como algumas newsletter que produz junto ao Núcleo. Gelape ainda indicou o projeto Science Pulse e o Monitor Nuclear como espaços para fazer monitoramentos e utilizar como fontes. No entanto, sempre pede cuidado, pois, segundo ele, não se pode confiar 100% em dados, que contêm margens de erros.

Lucas Gelape mostrou a plataforma R que utiliza para o trabalho e mostrou os dados, que se apresentam em forma de códigos. O analista respondeu algumas perguntas e deu dicas de cursos para a especialização. A aula começou às 10h30 e terminou ao meio dia.

Por Sabrina Marques- 4º período

Ficção e pesquisas para televisão são tema de palestra da Casa de Comunicação da UVA

A Comunicação é uma área de atuação vasta, inclusive para os jornalistas que fazem parte dela. A palestra “Pesquisas para o audiovisual: ficção e tendências”, promovida pela Casa de Comunicação da UVA e a Alkimia Produções na terça (18), se encarregou de comprovar essas possibilidades com o convidado Dimas Novais, graduado em Jornalismo pela Universidade Federal da Bahia (UFBA) e pesquisador de conteúdo da Rede Globo. O encontro, que teve início às 20:30 pelo Microsoft Teams, foi mediado pelo professor Evangelo Gasos, docente da Veiga.

Os mais de 140 espectadores, entre eles alunos dos cursos de Publicidade, Cinema e Audiovisual e Jornalismo da universidade, ouviram de um profissional dos fatos como é trabalhar com ficção. Como pesquisador de conteúdo, Dimas é alocado em projetos Globo e recebe demandas específicas relacionadas às obras: lê roteiros, busca referências, opina sobre o que já foi escrito, e ajuda autores e atores a complexificar suas relações com o material.

Entre os objetivos da função, aproximar a obra do cotidiano do público e mapear temas relevantes do seu dia a dia têm prioridade, explica o pesquisador. Pelo tempo de produção de um projeto, que depois de aprovado ainda pode levar de 2 a 3 anos para ir ao ar, buscar maneiras criativas de garantir que os temas abordados permaneçam interessantes também é um desafio que vem com o cargo.

“Trabalhar com tendências é ser mais consonante com a realidade”

(Dimas Novais)

Em 2019, o jornalista fez parte da equipe da série “Segunda Chamada”, exibida na TV aberta, que explorava a educação de jovens e adultos no turno noturno. Trazendo Débora Bloch e Linn da Quebrada como alguns dos nomes do elenco, a produção teve um amplo processo de pesquisa sobre a realidade desse segmento educacional no país e no mundo. Esse tipo de trabalho, entretanto, já era próximo de Dimas há algum tempo: “Conversei com 100 personagens para o meu TCC”, calcula o jornalista. Seu trabalho de conclusão de curso, que gerou um livro reportagem sobre estrangeiros que moravam na Bahia, garantiu que experiências mais intensas de pesquisa fizessem parte da sua carreira desde a faculdade.

Para Dimas, família, sexualidade e tecnologia são ótimos exemplos de temas de tendência do nosso tempo, e observar o mundo no presente é uma das dicas deixadas pelo convidado: “Quando a gente fala de tendência, a gente está falando do que está acontecendo hoje”. Como boas fontes para quem se interessa pela área, o jornalista indica o perfil Box1824, que realiza o que ele chama de “estudos de futuro”: um mapeamento do que vem acontecendo na cultura popular e na mídia. Além da indicação, Dimas deixou também um alerta: “Consultem fontes especializadas, e não acreditem na primeira coisa que vocês leem!”.

Para o pesquisador, a possibilidade de unir entretenimento e valor social o mantém apaixonado por sua atual função. Depois de sobreviver ao seu começo profissional “meio perdido” no jornalismo esportivo e de sua afinidade descoberta pelo jornalismo cultural, que o levou para o conteúdo midiático, Dimas afirma: “Na faculdade, eu não sabia que podia ter esse emprego. A pesquisa para o audiovisual é, sim, uma possibilidade. Eu pude casar a apuração jornalística à minha paixão pelo audiovisual”.

A gravação do encontro virtual será disponibilizada no canal da Casa da Comunicação no YouTube. Lá, também estão disponíveis palestras anteriores que você pode conferir agora mesmo! Acesse o canal:

https://www.youtube.com/channel/UCm3T-SP7n4fciBnYL_IdgzQ/featured 

Gabriel Folena, 3º período