evento

Cerimônia de premiação de Jornalismo encerra 2021

A cerimônia de premiação do 1º Prêmio Universitário de Jornalismo da UVA encerrou as atividades do segundo semestre de 2021 com a presença de professores e alunos. Promovido pelas coordenações de Jornalismo dos campi Tijuca, Barra e Cabo Frio, o evento foi realizado em 14 de dezembro de forma remota, pelo Microsoft Teams, e teve mediação da professora Daniela Oliveira. A primeira edição, Luís Carlos Bittencourt, recebeu 97 inscrições em cinco categorias: Jornalismo Impresso, Fotojornalismo, Audiojornalismo, Jornalismo Audiovisual e Jornalismo Digital.

Foto de Ana Carolina Abreu Amaral, vencedora da categoria Fotojornalismo

Presente ao evento e parte do júri da categoria Jornalismo Digital, a jornalista Cristina Dissat, da DC Press e do Fim de Jogo, acredita que esse tipo de iniciativa da instituição é importante para a formação do futuro jornalista. “A oportunidade que a Veiga dá a vocês para participar desse prêmio é uma experiência para a vida toda. Esse jogo de perder e ganhar é um jogo que a gente tenta aprender a vida inteira, não é fácil, nem sempre a gente consegue, mas é muito importante para ganhar experiência”, explica.

Bárbara de Souza Cabral, recém-formada, acabou seguindo esse pensamento, ao inscrever o se trabalho, o que acabou fazendo nos últimos dias, achando que não tinha muita chance, mas que valia a pena participar. Ela acabou levando o prêmio da categoria Jornalismo Digital com a matéria ‘Do passado ao presente: o movimento negro na imprensa’, fruto do Trabalho de Conclusão de Curso.

Mas ela não foi a única. Quase todos os vencedores e até os finalistas ficaram surpresos e felizes com a premiação, principalmente por muitos ainda estarem nos primeiros períodos do curso, como Natally Lourenço Valle. Ela, que finalizou o segundo período este semestre, produziu a matéria para a disciplina de Impresso que, pela qualidade, acabou também publicada na AgênciaUVA.

“Neste momento de caos que a gente está vivendo, um prêmio desses é uma luz no fim do túnel, porque, principalmente para quem está começando essa caminhada, é uma gota de esperança. Estou muito feliz”, disse a futura jornalista, que só viu que estava entre os finalistas no dia da cerimônia.

Mas as surpresas não pararam aí. Finalistas da categoria Audiojornalismo, com o programa ‘Focas no ar: Diabetes”, Larissa Celano, Amanda Ramos e Manoela Figueiredo foram convidadas pela jornalista Cris Dissat para divulgar o podcast em outros veículos, que também é editora do site Em Diabetes (https://emdiabetes.com.br/). A cerimônia encerrou com chave de ouro o segundo semestre de 2021 e já foi confirmado pela coordenadora Ana Cristina Rosado que o prêmio acontecerá em 2022. Para conhecer melhor os vencedores e seus trabalhos, fique de olho nas redes sociais do JotaUVA durante o próximo semestre. E capriche nos projetos de aula e participe dos laboratórios, quem sabe o próximo vencedor é você?

FINALISTAS E VENCEDORES DE CADA CATEGORIA

Audiojornalismo
1º – Juan Marcelo Dos Santos Couto, Gabriel Ferreira Larrubia Folena e Denis Pereira Da Costa – Focas no Ar: Ansiedade durante voos de avião na pandemia.
2º – Larissa Celano Gagliano Bianco, Amanda Ramos de Faria e Manoela Figueiredo dos Anjos – Focas no Ar: Diabetes.
3º – João Henrique Reis Ribeiro dos Santos, Bruno Sadock Rodrigues do Amaral, Gabriel Lopes Pitella, José Paulo Gonçalves Sobral Silva, Luiz Carlos da Silva Nascimento, Pedro Henrique Lessa Mauro e Victor Alves dos Santos Vieira – Olimpíadas de Tóquio.

Audiovisual
1º – Giulio Furtado Nobrega – Retorno do turismo no país durante a pandemia do novo coronavírus
2º – Cíntia Almeida Benvindo dos Santos – Deixa ela surfar
3º – Lucas dos Santos Pires e Raphael Vianna Torres – Coletivo XV

Fotojornalismo
1º – Ana Carolina Abreu Amaral
2º – Lorham S do Nascimento
3º – Alexander Santana Sampietro

Impresso
1º – Natally Lourenço Valle – Diversidade omitida
2º – Gabriel Folena – Deus continua falando comigo
3º – Bruno Sadock Rodrigues do Amaral – Controvérsias na identificação facial provocam falhas do Judiciário

Jornalismo Digital
1º – Bárbara de Souza Cabral – Do passado ao presente: o movimento negro na imprensa
2º – Daniel de Carvalho – Novelas brasileiras ainda falham na representatividade
3º – Pedro Henrique Pontes Vargas de Amorim – Dia Internacional do Idoso relembra a importância do combate ao Etarismo

Por Lara Alves e Mayara Tavares

Dia Internacional da Mulher é celebrado em evento virtual promovido pelos cursos de Jornalismo e Publicidade da UVA

 A professora Vania Fortuna faz a mediação do encontro entre Claudia Bellizzi, Isabela Nunes e Suzana Masetti (reprodução da transmissão)
A professora Vania Fortuna faz a mediação do encontro entre Claudia Bellizzi, Isabela Nunes e Suzana Masetti (reprodução da transmissão)

Os cursos de Jornalismo e Publicidade e Propaganda da Universidade Veiga de Almeida uniram forças na manhã de segunda-feira (8) para comemorar o Dia Internacional da Mulher, em uma live pelo canal da Casa da Comunicação no YouTube. O evento, que teve início às 10h, foi mediado pela professora Vania Fortuna e trouxe o tema “Mulheres que fazem a diferença ao Coletivo”. Para debatê-lo, o encontro recebeu três convidadas: Claudia Bellizzi, idealizadora do projeto The English Club; Isabella Nunes, diretora do MINA Comunicação e Arte; e Suzana Masetti, coordenadora artística da Rádio Antena 1 FM RJ. As profissionais têm em comum a missão de impactar positivamente a sociedade através da Comunicação e suas possibilidades.

A primeira convidada a compartilhar sua trajetória foi Claudia Bellizzi. A professora de Inglês e Jornalismo dividiu com os espectadores a sua experiência na idealização e coordenação do projeto social The English Club, iniciativa que, por dois anos, ofereceu aulas de Inglês gratuitas para mais de 200 moradores do Complexo do Alemão. Claudia, que morava na Inglaterra quando teve a ideia de estruturar o projeto, disse que, mesmo estando do outro lado do Atlântico, sua atenção sempre se voltava para o Brasil. “A questão da desigualdade me incomodava muito”, disse a professora, citando sua preocupação em garantir oportunidades educativas para todos como principal motivação para o desenvolvimento da ação.

Ao lado de Claudia durante o processo esteve Rene Silva, líder comunitário reconhecido no Complexo e fundador do jornal Voz das Comunidades. Juntos, ambos articularam a contratação de professoras moradoras da comunidade, a divulgação do projeto e a cobertura das atividades realizadas pelo The English Club nas mídias acessadas pela comunidade. Como uma das conquistas do projeto, Claudia cita ainda uma parceria com a Cambridge University Press, editora de livros didáticos de língua inglesa, que forneceu materiais para as turmas do projeto. A autoconfiança e o empoderamento gerados nos alunos é, para a professora, um grande legado da ação.

A jornalista Isabella Nunes deu continuidade ao evento, agregando à conversa sua experiência como diretora do MINA, grupo formado por mulheres que presta consultoria e gere projetos envolvendo arte, cultura e comunicação. A profissional compartilhou sobre a mudança de perspectiva que alcançou quando passou a se questionar sobre o seu lugar na área em que atua, e o que poderia fazer para torná-la mais igualitária e justa: “Há, na Comunicação, uma responsabilidade coletiva na disseminação de ideias e pensamentos que promovam a justiça”. Seguidora do que denomina como Marketing Social, a comunicadora acredita na promoção de ações que buscam a mudança do comportamento coletivo.

Isabella também ressaltou a necessidade de compreensão das desigualdades ainda presentes no mercado, sentidas principalmente por mulheres negras e indígenas. “A liderança masculina branca ainda é maioria nas empresas”, aponta a jornalista, quando questionada pelo espectador Luan Santos a respeito da situação no mercado. Nunes encoraja que se preste atenção ao que já tem sido feito por comunicadoras negras, que compartilham seus pontos de vista e ocupam esses espaços. Como exemplos de trabalho de mulheres não-brancas na área da Comunicação, a jornalista referenciou o Instituto Geledés e a organização Criola.

Não desistam nunca, tenham garra e acreditem. Seja em qualquer mídia, nós somos muito importantes

(Suzana Masetti)

A historiadora e filósofa Suzana Masetti deu sequência à live. A paulista, que já mora no Rio de Janeiro há 30 anos, ressaltou a “cara de pau” que foi necessária para que pudesse se inserir no mercado da Comunicação, já que veio de formações acadêmicas distintas. “Levei uma fita cassete até a emissora e disse que era daquele jeito que eles deveriam estar apresentando!”. Sobre a rádio Antena 1 FM, onde trabalha, Suzana destaca o quadro de funcionários majoritariamente ocupado por mulheres e a locução diária comandada por elas.

A radialista destaca também a preocupação da equipe em trazer boas notícias. “Estamos vivendo um momento tão ruim, é um bombardeio, então temos essa preocupação de mostrar o que está acontecendo de positivo durante a pandemia”. Suzana acredita que incluir momentos de positividade e esperança durante a grade de programação da rádio é essencial, e como outro exemplo cita o segmento Impacta Rio, que busca se aproximar da rotina e da realidade da população. “Temos um espaço reservado para dar voz ao cidadão carioca que está fazendo a diferença no Rio de Janeiro”.

Quando questionada por uma espectadora sobre como é a presença da mulher num estúdio de rádio, Suzana contou que existem, sim, particularidades femininas no convívio do espaço, o que considera muito interessante de se presenciar. “Acontece de uma locutora retocar o batom no intervalo, às vezes se aproveita o tempo para uma fofoca, ou às vezes alguma de nós não está num dia muito bom”. Entretanto, o profissionalismo é o que prevalece entre as locutoras, independente do momento. “Quando o microfone liga, é uma coisa de se ver. Tudo muda!”, destaca.

Ao final do encontro, as três convidadas deram conselhos às mulheres em início de carreira na área de Comunicação. Em comum, as profissionais trouxeram a perseverança como principal necessidade no meio. “Não desistam nunca, tenham garra e acreditem. Seja em qualquer mídia, nós somos muito importantes”, afirmou Suzana. Claudia, que concordou com a radialista, enfatizou: “a gente tem sempre que acreditar”.

Isabella Nunes acrescentou ainda a busca pelo conhecimento, encorajando as jovens comunicadoras a nunca abrir mão de um processo de educação constante. “Leiam muito, e leiam autoras!”, indicou a jornalista.


Veja a live, que contou com mais de 240 espectadores e está disponível no canal da Casa da Comunicação no YouTube.

Gabriel Folena • 3º período