jornalismo

O primeiro Jota Uva Talk News do ano traz o jornalismo esportivo para debate

Em evento online, Sabrina Conceição, Claudio Uchoa e Fábio Peixoto conversam sobre os bastidores da profissão

A primeira edição de 2021 do Jota UVA Talk News aconteceu na última quinta-feira (8) e reuniu craques do jornalismo esportivo. O jornalista e narrador Claudio Uchoa e a coordenadora de eventos Sabrina Conceição, ambos da SporTV, foram os convidados da live “Treino é treino, jogo é jogo: na quadra ou no campo sempre tem jornalismo esportivo”. O evento online reuniu mais de cem estudantes e foi mediado por Fábio Peixoto, ex-aluno da Universidade Veiga de Almeida e repórter da Record.

Os profissionais contaram histórias sobre as carreiras e dividiram com os alunos suas experiências ao trabalhar com o mundo do jornalismo esportivo, e as perspectivas de mercado para o futuro. Fábio revela que sempre teve interesse por esportes e que isso foi um fator crucial quando precisou escolher a profissão. Ele tem passagem pela Rádio Bradesco Esportes FM, Canal CNT, Band, Fox Sports e atualmente trabalha na reportagem da TV Record.

“Trilhem bons caminhos com pessoas boas, não passem a perna em ninguém e sempre deem o seu melhor. Nunca duvidem e nem ouçam quando alguém disser que vocês não podem”

(Sabrina Conceição)

Além das quatro linhas do gramado e dos repórteres que aparecem na TV, existe uma função muito importante e pouco falada no jornalismo esportivo. Sabrina Conceição atua fora das câmeras, na área de coordenação de transmissões esportivas do SporTV, que é a parte interna do trabalho jornalístico. Ela conta que a sua relação com o esporte começou desde os 2 anos de idade. “As minhas idas aos estádios desde criança foram determinantes para eu escolher o que iria fazer no futuro”. A jornalista, que já passou pela Fox Sports, foi Coordenadora de Transmissões League Pass e produtora comercial da Rede TV, destaca que sua trajetória não foi fácil e reafirma a importância da representatividade feminina no meio esportivo. “O lugar da mulher é onde ela quiser estar. Eu sou a primeira mulher preta a ser coordenadora de transmissão do grupo Globo, mas quero que tenha mais mil”.

O convidado Claudio Uchoa, que é narrador do SporTV, também dividiu um pouco das suas experiências com os estudantes. Ele tem um currículo vasto dentro do jornalismo esportivo e já participou de grandes coberturas, como Copa do Mundo, Olimpíadas, Jogos Paralímpicos e Pan-Americanos. Uchoa relembra que começou no SporTV há 21 anos como estagiário e que um dos momentos mais marcantes da sua carreira foram as Olimpíadas de 2016. “As Olimpíadas foram muito especiais. Não havia credencial para todo mundo, e consegui ir para o Parque Olímpico para fazer a narração do tênis e polo aquático. Foi espetacular”.

Os profissionais revelaram os bastidores do jornalismo esportivo e enfatizaram a importância de encarar as oportunidades como portas abertas. Além disso, deram dicas valiosas para os alunos.

Manoela Anjos, 7º período

 

Gerente Comercial da Rommanel conversa com os alunos sobre marketing digital

“É fundamental não fazer mais o mesmo, usar a criatividade”, pontua Paula Mendes (Foto: Print de Tela)

Alunos dos três campi da Universidade de Veiga de Almeida se reuniram na quinta-feira (18) para participar da aula experimental promovida pelos cursos de Publicidade, Marketing e Jornalismo. Sob o tema “Instagram como Ferramenta de Marketing Digital”, a convidada Paula Mendes dos Anjos, gerente comercial do Grupo Rommanel, interagiu com os participantes, tirando dúvidas e dando conselhos. O encontro aconteceu virtualmente pela plataforma Microsoft Teams.

Os ouvintes participaram desde o começo da live, mandando perguntas para Paula Mendes. O pontapé inicial foi dado com uma mensagem para os presentes refletirem: “não deixe o novo normal ser uma desculpa para você ficar parado”. A convidada explicou que o melhor ativo da rede social é você mesmo, devendo sempre ter cuidado com tudo que está sendo postado, porque é a identidade digital que, atualmente, pode viralizar tanto para o bem quanto para o mal.

Para aqueles que buscam emprego e querem aproveitar as redes sociais para isso, Paula deu dicas e reforçou que não adianta ter um LinkedIn perfeito se o comportamento da pessoa nas outras plataformas não condiz. “Temos que pensar em como estou me comportando nas redes sociais. Uma pesquisa do Careerbuilder mostrou que 70% dos empregadores pesquisam as redes sociais dos candidatos”, explicou a convidada.

Assim como os que estão desempregados, quem já tem um trabalho também deve ser cauteloso com o que é postado nas redes sociais, segundo a mesma pesquisa do Careerbuilder, 43% dos empregadores usam as mídias sociais para verificar funcionários atuais. Ela explicou que posts exibindo festas, fotos sem camisa ou  trajes de banho devem ser evitados. 

O Instagram é amplamente utilizado para a divulgação de produtos de pequenos empreendedores e para que os usuários aproveitem o máximo da plataforma, Paula explicou que é preciso entender o público alvo já que cada um precisa de uma comunicação diferente e definir um calendário de postagens para não deixar chato o perfil e saber o melhor horário de engajamento. “É fundamental não fazer mais o mesmo, usar a criatividade. O conteúdo é o mais importante na rede social e é preciso ser consistente e se estabelecer no nicho que quer trabalhar”, reiterou Paula. 

Ela também esclareceu para os alunos presentes que é importante pensar no feed do Instagram e mostrou os dois perfis próprios @olecomunicacao e @paulammkt como exemplo de harmonia entre as publicações. Além disso, deu dicas de como aumentar o engajamento nos stories e de que maneira é possível extrair tudo dessa ferramenta. 

Os alunos interagiram bastante durante toda a palestra tanto com perguntas como com comentários que enriqueceram o debate e, ao fim do encontro, a convidada disponibilizou um cupom “VEIGADIGITAL” para os alunos terem desconto no curso online sobre Instagram ministrado por ela na plataforma Hotmart

Amanda Ramos, 7º período. 

Aula inaugural de jornalismo abre o semestre com chave de ouro

As boas-vindas aos calouros de Jornalismo do período de 2021.1 foram oferecidas em ótima companhia, e para todos os gostos. Impresso, rádio, TV: nenhuma área de atuação ficou de fora das aulas inaugurais do curso, transmitidas virtualmente em dois turnos, às 9h e 19h, no canal da Casa da Comunicação no YouTube na quarta-feira (17).  

Mais de 140 espectadores prestigiaram as jornalistas Carolina Ewald (produtora da TV UVA), Suzana Liskauskas (repórter freelancer do Valor Econômico) e Lilian Ribeiro (repórter da GloboNews) no primeiro dos encontros, intitulado “Mulher Jornalista na sua tela: entendeu ou quer que eu desenhe?” 

Lilian, principal convidada da live das 9h, conversou com Suzana, Carolina e os demais presentes sobre temas que tem se mostrado recorrentes no Jornalismo atualmente, entre eles, as fake news. “Quem cobre o cotidiano precisa ser rápido, mas rápido a que preço?”, refletiu a repórter sobre a quantidade abundante de informações à disposição dos jornalistas, que precisam ser checadas com muita atenção. Liskauskas, que mediava o encontro, concordou com a colega e enfatizou para quem as assistia: “Vocês, como jornalistas, são embaixadores da informação; da boa informação!” 

“Quem cobre o cotidiano precisa ser rápido, mas rápido a que preço?” (Lilian Ribeiro)

As convidadas deixaram ainda uma dica para estudantes novos e antigos ao lembrá-los que a prática profissional pode ser experimentada mesmo na faculdade. Estágios, até mesmo voluntários, para quem pode participar, são oportunidades valiosas. “São muito bons para conhecer as diferentes áreas do Jornalismo”, afirma Lilian. 

As jornalistas combatem a desinformação em sua profissão e dia a dia

live das 19h também foi repleta de experiências e conselhos. Diferente da parte da manhã, o tema da vez foi um dos veículos de comunicação mais antigos: o rádio. Os convidados Nayara Alves (locutora da Antena 1), Thiago Gomide (presidente da Rádio Roquette Pinto) e Bettina Chateaubriand (produtora da Rádio Cidade), que não pôde participar ao vivo, porém mandou um vídeo para enriquecer a discussão, conversaram com os alunos e a mediadora da live professora Mônica Nunes sobre a importância desse meio de comunicação. A live foi transmitida pelo canal do YouTube Casacom Conecta. 

Os mais de 200 alunos presentes puderam ouvir uma rica discussão sobre como o rádio foi evoluindo com o passar dos anos e a relevância que ele ainda tem na sociedade. Bettina, que também já foi locutora da Band News FM, deu o pontapé inicial ao bate-papo trazendo reflexões sobre esse veículo de massa. “Agora cada vez mais é preciso focar em produção de conteúdo diferenciado, criar pautas interessantes e sempre aproveitar a agilidade que ele possui”, destacou. 

Os alunos do curso de jornalismo demonstraram ter ficado muito animados para o início do semestre após os dois turnos da aula inaugural.  

Profissionais do rádio debatem sobre a importância desse veículo de comunicação (Imagem: Print de Tela)

Gabriel Folena 3º período e Amanda Ramos 7º período 

Dia Internacional da Mulher é celebrado em evento virtual promovido pelos cursos de Jornalismo e Publicidade da UVA

 A professora Vania Fortuna faz a mediação do encontro entre Claudia Bellizzi, Isabela Nunes e Suzana Masetti (reprodução da transmissão)
A professora Vania Fortuna faz a mediação do encontro entre Claudia Bellizzi, Isabela Nunes e Suzana Masetti (reprodução da transmissão)

Os cursos de Jornalismo e Publicidade e Propaganda da Universidade Veiga de Almeida uniram forças na manhã de segunda-feira (8) para comemorar o Dia Internacional da Mulher, em uma live pelo canal da Casa da Comunicação no YouTube. O evento, que teve início às 10h, foi mediado pela professora Vania Fortuna e trouxe o tema “Mulheres que fazem a diferença ao Coletivo”. Para debatê-lo, o encontro recebeu três convidadas: Claudia Bellizzi, idealizadora do projeto The English Club; Isabella Nunes, diretora do MINA Comunicação e Arte; e Suzana Masetti, coordenadora artística da Rádio Antena 1 FM RJ. As profissionais têm em comum a missão de impactar positivamente a sociedade através da Comunicação e suas possibilidades.

A primeira convidada a compartilhar sua trajetória foi Claudia Bellizzi. A professora de Inglês e Jornalismo dividiu com os espectadores a sua experiência na idealização e coordenação do projeto social The English Club, iniciativa que, por dois anos, ofereceu aulas de Inglês gratuitas para mais de 200 moradores do Complexo do Alemão. Claudia, que morava na Inglaterra quando teve a ideia de estruturar o projeto, disse que, mesmo estando do outro lado do Atlântico, sua atenção sempre se voltava para o Brasil. “A questão da desigualdade me incomodava muito”, disse a professora, citando sua preocupação em garantir oportunidades educativas para todos como principal motivação para o desenvolvimento da ação.

Ao lado de Claudia durante o processo esteve Rene Silva, líder comunitário reconhecido no Complexo e fundador do jornal Voz das Comunidades. Juntos, ambos articularam a contratação de professoras moradoras da comunidade, a divulgação do projeto e a cobertura das atividades realizadas pelo The English Club nas mídias acessadas pela comunidade. Como uma das conquistas do projeto, Claudia cita ainda uma parceria com a Cambridge University Press, editora de livros didáticos de língua inglesa, que forneceu materiais para as turmas do projeto. A autoconfiança e o empoderamento gerados nos alunos é, para a professora, um grande legado da ação.

A jornalista Isabella Nunes deu continuidade ao evento, agregando à conversa sua experiência como diretora do MINA, grupo formado por mulheres que presta consultoria e gere projetos envolvendo arte, cultura e comunicação. A profissional compartilhou sobre a mudança de perspectiva que alcançou quando passou a se questionar sobre o seu lugar na área em que atua, e o que poderia fazer para torná-la mais igualitária e justa: “Há, na Comunicação, uma responsabilidade coletiva na disseminação de ideias e pensamentos que promovam a justiça”. Seguidora do que denomina como Marketing Social, a comunicadora acredita na promoção de ações que buscam a mudança do comportamento coletivo.

Isabella também ressaltou a necessidade de compreensão das desigualdades ainda presentes no mercado, sentidas principalmente por mulheres negras e indígenas. “A liderança masculina branca ainda é maioria nas empresas”, aponta a jornalista, quando questionada pelo espectador Luan Santos a respeito da situação no mercado. Nunes encoraja que se preste atenção ao que já tem sido feito por comunicadoras negras, que compartilham seus pontos de vista e ocupam esses espaços. Como exemplos de trabalho de mulheres não-brancas na área da Comunicação, a jornalista referenciou o Instituto Geledés e a organização Criola.

Não desistam nunca, tenham garra e acreditem. Seja em qualquer mídia, nós somos muito importantes

(Suzana Masetti)

A historiadora e filósofa Suzana Masetti deu sequência à live. A paulista, que já mora no Rio de Janeiro há 30 anos, ressaltou a “cara de pau” que foi necessária para que pudesse se inserir no mercado da Comunicação, já que veio de formações acadêmicas distintas. “Levei uma fita cassete até a emissora e disse que era daquele jeito que eles deveriam estar apresentando!”. Sobre a rádio Antena 1 FM, onde trabalha, Suzana destaca o quadro de funcionários majoritariamente ocupado por mulheres e a locução diária comandada por elas.

A radialista destaca também a preocupação da equipe em trazer boas notícias. “Estamos vivendo um momento tão ruim, é um bombardeio, então temos essa preocupação de mostrar o que está acontecendo de positivo durante a pandemia”. Suzana acredita que incluir momentos de positividade e esperança durante a grade de programação da rádio é essencial, e como outro exemplo cita o segmento Impacta Rio, que busca se aproximar da rotina e da realidade da população. “Temos um espaço reservado para dar voz ao cidadão carioca que está fazendo a diferença no Rio de Janeiro”.

Quando questionada por uma espectadora sobre como é a presença da mulher num estúdio de rádio, Suzana contou que existem, sim, particularidades femininas no convívio do espaço, o que considera muito interessante de se presenciar. “Acontece de uma locutora retocar o batom no intervalo, às vezes se aproveita o tempo para uma fofoca, ou às vezes alguma de nós não está num dia muito bom”. Entretanto, o profissionalismo é o que prevalece entre as locutoras, independente do momento. “Quando o microfone liga, é uma coisa de se ver. Tudo muda!”, destaca.

Ao final do encontro, as três convidadas deram conselhos às mulheres em início de carreira na área de Comunicação. Em comum, as profissionais trouxeram a perseverança como principal necessidade no meio. “Não desistam nunca, tenham garra e acreditem. Seja em qualquer mídia, nós somos muito importantes”, afirmou Suzana. Claudia, que concordou com a radialista, enfatizou: “a gente tem sempre que acreditar”.

Isabella Nunes acrescentou ainda a busca pelo conhecimento, encorajando as jovens comunicadoras a nunca abrir mão de um processo de educação constante. “Leiam muito, e leiam autoras!”, indicou a jornalista.


Veja a live, que contou com mais de 240 espectadores e está disponível no canal da Casa da Comunicação no YouTube.

Gabriel Folena • 3º período