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Mal estar e angústia durante a pandemia é tema de discussão em evento de Psicologia

Na última quarta-feira (19), aconteceu o “Café com psicologia – mal-estar e angústia na pandemia: uso e abuso de drogas”, evento organizado por professores do curso de Psicologia da Universidade Veiga de Almeida. Comandado por Sueli de Fátima Ourique, a reunião recebeu a mestre em Psicanálise e também professora da universidade, Clara Lucia de Oliveira Inem. O encontro ocorreu via Microsoft Teams, às 17h, e reuniu diversos alunos. 

Ao levar um texto escrito por ela trazendo reflexões da escrita de Sigmund Freud chamado “Reflexão para os Tempos de Guerra e Morte”, a convidada suscitou em todos pensar sobre o momento que todos estão vivenciando durante a pandemia do coronavírus, afirmando que sentimentos de desamparo e mal estar estão presentes no cotidiano. 

Clara Lúcia também falou sobre como o profissional da psicologia está sendo necessário e requisitado. “Nunca como agora, todos nós psicanalistas, tivemos tanta demanda enorme de pacientes. Todo esse cenário de desamparo, muitas mortes, falta de vacina e outros fatores, se somam numa pessoa para o aumentar a sensação de desamparo”, pontuou a convidada.

O professor Paulo Ritter também participou do encontro e pôde propor mais pontos para a discussão sobre o uso e abuso de drogas durante a pandemia. O evento também discutiu sobre a culpa que muitos sentiram com a possibilidade de infectar parentes do grupo de risco e o impacto que isso pode causar na psique do ser humano.

“Descemos mais uma categoria, agora estamos desalentados e não mais desamparados”

(Paulo Ritter)

Professor Paulo Ritter se juntou à reunião e trouxe ótimas contribuições para o bate-papo. (Créditos: Print de Tela/Microsoft Teams)

 

Amanda Ramos, 7º período

Talk Show “Nem uma a menos” traz reflexão sobre a violência contra mulheres para a UVA Tijuca

No dia 29 de agosto, aconteceu no Salão Preto, da UVA – Campus Tijuca, o evento Talk Show Nem uma a menos, uma roda de conversa para debater a violência contra mulher, organizado por alunos do curso de Psicologia. A abertura do evento foi ao som de “Pagu”, canção de Rita Lee, na voz de Thuane Rodrigues, e nos instrumentos Carlos Willian e Estevão Trindade.

A conversa foi mediada por Eloá Custódio, estudante do curso de Jornalismo da UVA, e contou com a presença de Danielle Faria, Geógrafa e Pesquisadora do Grupo de Estudos Espaço e População em estudos de gênero e violência contra a mulher, Adriana dos Santos, Assistente Social, atuando no atendimento às mulheres vítimas de violência do Centro de Referência para Mulheres Suely de Almeida, Uissis Rodrigues, estudante de Serviço Social pela UFRJ, atuando no da mesma forma no Centro de Referência para Mulheres Suely de Almeida, Jussara Francisca de Assis, Assistente Social, Especialista em Serviço Social e Saude pela UERJ, e Marisa Antunes, Psicóloga no I Juizado de Violência Doméstica e Familiar contra Mulher TJ-RJ.

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A discussão foi dividida em quatro quadros: Cultura e raízes da violência, onde foi citado o caso da advogada Tatiana Spintzer, espancada pelo marido pelos corredores do prédio, sem receber nenhuma ajuda; Tipos de violência, que são física, psicológica, sexual, moral ou patrimonial; Direitos, responsabilidades e serviços, no sentindo de onde encontrar apoio, antes ou depois de sofrer uma violência; e por fim, Feminicídio: Maior expressão da violência contra mulher.

Dentro desses temas, as seis mulheres da roda e plateia falaram de casos particulares, papeis de gênero na sociedade, sobre Maria da Penha, mulher que deu nome à lei nacional, machismo, racismo, amparo e proteção as vítimas, violência obstétrica, muito comum, mas ainda comentada, e despreparo da polícia ao receber ao chamado de ajuda.

Isabella do Nascimento, aluna de Psicologia e organizadora do Talk Show, contou que a ideia do evento surgiu porquê acredita que a formação vai além da sala de aula e é necessário debater esses assuntos de uma forma mais leve. “Essa roda de conversa teve o propósito de trazer diferentes profissões para discutir uma questão que deve ser abraçada por todos”.

Por ser um evento num lugar de grande circulação dentro da universidade, muitas pessoas ouviam, se interessavam e paravam para acompanhar. É o casa de Maria Emília que estava passando pelo local, quando a chamou atenção. “Eu adorei como o assunto abordado, acho que todas as faculdades precisam ter esses debates tão importantes, que tratam sobre agressão a mulher e o feminicídio”.

Além da roda, também havia um painel no salão, que pedia as mulheres para compartilharem histórias de violência vividas ou presenciadas por elas. Diante disso tudo, as pessoas deixaram o local com a ideia de refletir e ajudar, sendo procurando saber mais sobre o assunto, intervir em um caso de violência, ou apenas com uma palavra reconfortante.

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Laboratório de Comunicação Interna, Camilla Lemos, estagiária de Jornalismo, Rute Rocha Lobo, 7º período de Jornalismo, Universidade Veiga de Almeida – Campus Tijuca.