robótica

Arte, tecnologia e o mercado de trabalho foram os protagonistas da RedWeek 2.0

Um artista infiltrado. É assim que o designer gráfico Marcos Piolla é definido na live de abertura da Redweek 2.0, semana de palestras promovida pela Redbone, equipe de robótica da Universidade Veiga de Almeida. Os encontros, realizados de forma online, ocorreram de segunda-feira (15) a sábado (20). A abertura, mediada pelos professores Thiago Gabriel e Ana Maria, ficou por conta de Piolla e sua interessante bagagem como animador.

Formado em Design Gráfico pela UVA, o artista digital é membro do Mediatech Lab da TV Globo desde 2015. A equipe é responsável pelas animações, efeitos e soluções gráficas da emissora. Atuante na área desde os anos 1990, Piolla é o convidado certo para compartilhar sobre a rotina de um animador e sobre como é trabalhar em um departamento de tecnologia e inovação.

Entre os conteúdos que costuma produzir com frequência, Piolla cita projetos de realidade virtual e realidade aumentada; como exemplo, trouxe um trecho do circuito interativo que desenvolveu baseado em “Desalma”, série de suspense sobrenatural lançada recentemente na plataforma Globoplay. 

A experiência, desenvolvida para os óculos VR (virtual reality/realidade virtual), dá ao usuário a possibilidade de interagir com objetos que fazem parte do cenário da série. “É uma experiência meio ‘Bruxa de Blair’, quem está com os óculos não tem como ter uma imersão melhor”, garante o designer às mais de 120 pessoas presentes na live.

Quando questionado por espectadores sobre qual considera o maior desafio da animação, Piolla responde que a busca pelo realismo segue como a principal motivação para os avanços constantes da área, e defende que a semelhança com a vida real deve ser a prioridade na construção de um bom trabalho animado: “Animar é dar a ilusão de que seu personagem está vivo. Animação pouco tem a ver com movimento; nem tudo que se move está vivo, e nem tudo que está parado está morto”.

A interseção entre arte, criação e tecnologia marcou presença em vários dos encontros do evento. Foram 11 palestras transmitidas pelo canal no Youtube Redbones Uvabots, e Storytelling, Design Sprint e dispositivos maker foram alguns dos temas tratados. O encerramento ficou por conta da roda de conversa sobre o mercado de trabalho e TI (Tecnologia da Informação) com os professores Thiago Gabriel, Ana Maria Vianna e Evelyn Castillo e os convidados Matheus Petrovich e Bruno Viana.

A live de encerramento da Redweek contou com ilustres convidados (Imagem: Print de Tela)

Todos os convidados frisaram em suas falas que o fato de terem começado em uma área e depois mudado, trouxe olhares diferentes, como por exemplo Evelyn Castillo que iniciou a carreira na advocacia, porém, depois, se tornou gestora de projetos de inovação aberta, CEO da startup Justiça Digital e desenvolvedora frontend. Já Thiago Gabriel, Matheus Petrovich e a aluna – também mediadora do evento – Priscila Pássaro, falaram sobre o amor pela arte e como isso influencia no ambiente de tecnologia e inovação.

Os alunos que acompanhavam a roda de conversa mandaram diversas dúvidas e comentários sobre outras áreas de conhecimento que podem ajudar no dia a dia de um profissional de TI. “O mercado exige muito mais do que alguém que queria ficar em só uma função. Existem vagas diversas a serem preenchidas, seja para sênior ou para júnior, porque faltam profissionais que tenham essa multidisciplinaridade”, pontuou Thiago Gabriel.

Um assunto debatido foi a exigência de experiência pelos recrutadores de estagiários, para Matheus Petrovich, formado em Engenharia da Computação e que trabalha atualmente no Laboratório de Inovação da Globo, o que vale mais não é uma faculdade concluída ou uma pós-graduação, e sim sobre o que você viveu que te fez ser diferente dos outros. Bruno Vianna acrescenta que as vivências que o candidato teve durante a faculdade também são levadas em conta. “A partir do momento que você começa a buscar soluções para os problemas, você ganha uma segurança para chegar num estágio”, explicou o Supervisor de desenvolvimento da DT3Sports. 

A professora Ana Maria Vianna falou sobre as oportunidades que a Universidade oferece, como as equipes de robótica e o UVA Júnior, que mesmo sendo voluntários podem agregar muito conhecimento e oportunidades aos alunos. A aluna Priscilla Pássaro é um exemplo disso, que foi indicada para um estágio após ser monitora de uma matéria na faculdade. “Me ajudou muito eu ser monitora e estar na equipe Redbone porque eu desenvolvi muito minha parte comunicativa e de relação interpessoal. Indico muito a vocês dedicar um tempo que puder em uma empresa júnior, em uma alguma equipe ou um curso mesmo”, complementou a estudante. 

Para ver essa e as demais palestras completas basta clicar neste link.

Gabriel Folena, 3º período e Amanda Ramos, 7º período

 

RedBone: conheça a equipe de competição de robótica da UVA

Nós já havíamos contado sobre o UVABOTS, o Laboratório de Robótica da UVA que tem como objetivo despertar o interesse dos estudantes e colocar em prática o conteúdo teórico aprendido em sala, mediado pelo Prof. Thiago Gabriel Ramos. Mas hoje você vai conhecer melhor a equipe RedBone!

A RedBone, equipe de competição de robótica, começou em 2016, fazendo parte do UVABOTS, formada por alunos e dividida em modalidades. Eles se encontram todas as quartas-feiras, às 17h, para fazer cursos, definir e produzir seus projetos.

Este ano, a equipe participou da 14ª edição da Winter Challenge, a maior competição de robôs da América Latina, no Instituto Mauá de Tecnologia, em São Caetano do Sul. Os alunos disputaram três modalidades: Combate de 5kg, Sumô de Lego Pro de até 1kg e Carrinho seguidor de linha.

O intuito da RedBone ao participar da disputa foi de ganhar mais visibilidade e obter maior conhecimento. Apesar de não terem conseguido o resultado desejado, a equipe mostrou que vem melhorando e se aperfeiçoando todos os dias.

Rafael Santiago, 8º período de Engenharia da Computação e que, além de construir os robôs, também é responsável pelo Marketing e Design do grupo, afirma que foi uma experiência incrível e mesmo se não tivesse competido, já seria muito bom estar ali. “Aprendemos muito e isso trouxe uma empolgação ainda maior para o próximo ano. ”

É aluno da UVA, cursa Engenharia da Computação, Elétrica ou Ciências da Computação e ficou interessado em fazer parte da RedBone? É só procurar qualquer membro da equipe ou o Prof.

Thiago Gabriel Ramos, ou mandar uma mensagem para eles na página do Facebook ou no Instagram! E caso você seja de marketing, eles também estão precisando de uma ajudinha sua! Corre e se inscreve!

Facebook: /redboneuva

Instagram: @redbone_uva

Quer saber mais detalhes dos robôs que competiram?

Combate: Feito com material usinado, para aguentar o máximo de ataques possíveis, uma arma e uma rampa de alumínio, para poder levantar os adversários quando estiver em velocidade. É controlado por controle remoto e pesa 5kg. Ele foi concluído no FABLAB da UVA.

Sumô: Feito com Lego Mindstorm Ev3, controlado por programação em blocos da própria lego, pesando 1kg.

Seguidor de Linha: Chassi feito de acrílico, com 7 sensores, sendo 5 para ler a linha principal e dois em cada ponta para largada e parada, controlado por Arduino mini pro, motor 10:1 e bateria de lipo de 500 MA. Quanto mais leve, melhor!

Camilla Lemos, estagiária de jornalismo, Universidade Veiga de Almeida, campus Tijuca.