Televisão

Ficção e pesquisas para televisão são tema de palestra da Casa de Comunicação da UVA

A Comunicação é uma área de atuação vasta, inclusive para os jornalistas que fazem parte dela. A palestra “Pesquisas para o audiovisual: ficção e tendências”, promovida pela Casa de Comunicação da UVA e a Alkimia Produções na terça (18), se encarregou de comprovar essas possibilidades com o convidado Dimas Novais, graduado em Jornalismo pela Universidade Federal da Bahia (UFBA) e pesquisador de conteúdo da Rede Globo. O encontro, que teve início às 20:30 pelo Microsoft Teams, foi mediado pelo professor Evangelo Gasos, docente da Veiga.

Os mais de 140 espectadores, entre eles alunos dos cursos de Publicidade, Cinema e Audiovisual e Jornalismo da universidade, ouviram de um profissional dos fatos como é trabalhar com ficção. Como pesquisador de conteúdo, Dimas é alocado em projetos Globo e recebe demandas específicas relacionadas às obras: lê roteiros, busca referências, opina sobre o que já foi escrito, e ajuda autores e atores a complexificar suas relações com o material.

Entre os objetivos da função, aproximar a obra do cotidiano do público e mapear temas relevantes do seu dia a dia têm prioridade, explica o pesquisador. Pelo tempo de produção de um projeto, que depois de aprovado ainda pode levar de 2 a 3 anos para ir ao ar, buscar maneiras criativas de garantir que os temas abordados permaneçam interessantes também é um desafio que vem com o cargo.

“Trabalhar com tendências é ser mais consonante com a realidade”

(Dimas Novais)

Em 2019, o jornalista fez parte da equipe da série “Segunda Chamada”, exibida na TV aberta, que explorava a educação de jovens e adultos no turno noturno. Trazendo Débora Bloch e Linn da Quebrada como alguns dos nomes do elenco, a produção teve um amplo processo de pesquisa sobre a realidade desse segmento educacional no país e no mundo. Esse tipo de trabalho, entretanto, já era próximo de Dimas há algum tempo: “Conversei com 100 personagens para o meu TCC”, calcula o jornalista. Seu trabalho de conclusão de curso, que gerou um livro reportagem sobre estrangeiros que moravam na Bahia, garantiu que experiências mais intensas de pesquisa fizessem parte da sua carreira desde a faculdade.

Para Dimas, família, sexualidade e tecnologia são ótimos exemplos de temas de tendência do nosso tempo, e observar o mundo no presente é uma das dicas deixadas pelo convidado: “Quando a gente fala de tendência, a gente está falando do que está acontecendo hoje”. Como boas fontes para quem se interessa pela área, o jornalista indica o perfil Box1824, que realiza o que ele chama de “estudos de futuro”: um mapeamento do que vem acontecendo na cultura popular e na mídia. Além da indicação, Dimas deixou também um alerta: “Consultem fontes especializadas, e não acreditem na primeira coisa que vocês leem!”.

Para o pesquisador, a possibilidade de unir entretenimento e valor social o mantém apaixonado por sua atual função. Depois de sobreviver ao seu começo profissional “meio perdido” no jornalismo esportivo e de sua afinidade descoberta pelo jornalismo cultural, que o levou para o conteúdo midiático, Dimas afirma: “Na faculdade, eu não sabia que podia ter esse emprego. A pesquisa para o audiovisual é, sim, uma possibilidade. Eu pude casar a apuração jornalística à minha paixão pelo audiovisual”.

A gravação do encontro virtual será disponibilizada no canal da Casa da Comunicação no YouTube. Lá, também estão disponíveis palestras anteriores que você pode conferir agora mesmo! Acesse o canal:

https://www.youtube.com/channel/UCm3T-SP7n4fciBnYL_IdgzQ/featured 

Gabriel Folena, 3º período

Apresentadora Cecília Flesch fala sobre sua trajetória dentro da televisão

Na segunda-feira (19), o curso de jornalismo do campus de Cabo Frio promoveu uma palestra com a jornalista Cecilia Flesch, apresentadora da Globo News. A transmissão aconteceu via Microsoft Teams, às 10:00 e foi mediada pelo professor Eduardo Bianchi. 

Formada em jornalismo pela PUC-Rio, Cecilia trabalha na GloboNews há 16 anos, onde entrou como estagiária pelo processo seletivo “estagiar”. Antes disso, passou rapidamente pela rádio AM e pelo jornal O Dia. Na televisão, ela já apresentou com diferentes etapas do telejornalismo, desde produção até apresentação e atualmente é titular da Cobertura Especial de Domingo do canal. 

Cecília iniciou o encontro falando sobre a importância da produção, deixando claro que a fonte se refere à pessoa que passa a informação. Perpassando sobre o leque de opções dentro do jornalismo, Cecilia também falou sobre o repórter ser operário, estar sempre trabalhando independente das condições e do dia, aproveitando para compartilhar sua experiência em Queimados, onde precisou fazer sua refeição em cima de um carro roubado sobre o qual estava noticiando. 

“A produção é a nave mãe da televisão. Quem gosta muito de jornalismo tem que trabalhar em produção, porque é onde você vai descobrir personagens e histórias”

(Cecilia Flesch) 

Ela afirma aos alunos ser importante conhecer todas as áreas de atuação do jornalismo para que seja escolhida uma função com a qual o aluno se identifique, fazendo com excelência, visto que o papel do jornalista é essencial para a sociedade. Os alunos estavam animados e fizeram muitas perguntas acerca do exercício da profissão.

Maria Clara Gobbi, 7º período