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Egressos de Turismo da UVA apresentam inovações para o ramo de cruzeiros marítimos em encontro virtual

Na quinta-feira (22), o curso de Turismo promoveu um encontro sobre as inovações para o ramo de cruzeiros, transmitido via Google Meet, às 10h. Do transporte de cartas e cargas em 1784 ao vapor da Revolução Industrial, e da implementação de luz elétrica como artigo de luxo ao emblemático naufrágio do gigante Titanic em 1912, a história das embarcações marítimas hoje culmina em figuras conhecidas nos principais portos ao redor do mundo: os navios de cruzeiros. Além dos muitos turistas que aproveitam diversas regalias nesses titãs da engenharia, há uma tripulação que trabalha mais de 10 horas por dia para que tudo ocorra como o planejado, e foi sobre e para eles o workshop “Introdução ao operacional dos cruzeiros marítimos”.

A professora Selma Azevedo mediou a conversa entre os convidados Daniel Góes, Diogo Serpa e Lívia Quintela, todos com anos de experiência embarcados nos grandes navios de luxo. Daniel tem formação técnica em Turismo e trabalha com cruzeiros desde 2007; e ambos Diogo e Lívia são ex-alunos da Veiga hoje estabelecidos no mercado. Os rapazes, que se conheceram durante suas experiências profissionais, atualmente são parceiros na iniciativa Turismológico, que traz inovação para o cenário: “Há um vazio de informações sobre o trabalho em cruzeiros, principalmente sobre o trabalho que ocorre em terra, e queremos preenchê-lo”.

Marcando presença online no Instagram e em um site próprio, a iniciativa propõe consultoria, treinamentos e capacitação para quem se interessa pela área turística dos cruzeiros marítimos, ou que já atua nela. O objetivo vai de encontro a um novo momento que Daniel percebe.

“A gente via muitas pessoas não oriundas da área de Turismo conseguindo cargos enquanto os estudantes de Turismo ficavam à margem, mas esse movimento vem mudando há alguns anos. O porto do Rio, por exemplo, sempre anuncia vagas para estagiários que sejam do curso”

(Daniel Góes)

A professora Selma Azevedo se orgulhou dos mais de 20 alunos que marcaram presença no encontro, mesmo cedo pela manhã (Imagem: Print de Tela)

Mais uma boa notícia para os turismólogos que optam pelo mar é o crescimento do mercado. Diogo Serpa compartilhou com os espectadores alguns dados da Associação Brasileira de Cruzeiros Marítimos (ABREMAR/CLIA), apontando que, em 2019, foram 58.000 cruzeiristas trabalhando nas embarcações, comparados aos 39.000 contabilizados no ano de 2010. Para ele, a necessidade de novos profissionais irá permanecer, visto que hoje há navios maiores e mais desenvolvidos capazes de comportar uma quantidade de pessoas muito superior aos navios do início da década passada.

Devido a pandemia do novo coronavírus, a última temporada de cruzeiros foi interrompida. Os meses de viagem e trabalho, que se concentram no verão e podem se estender entre novembro de um ano à abril do ano seguinte, não alcançaram sua conclusão em 2020, e a temporada 2020-2021 nem chegou a acontecer. De qualquer forma, os convidados seguem investindo na capacitação de novos profissionais e abraçam criativamente a área.

Apesar de gratificante, a vida de cruzeirista não é para todo tipo de pessoa, como alerta a professora Selma: “É trabalho e é trabalho árduo. É necessário força e um bom psicológico. Você vai ficar isolado dos seus amigos, da sua família, e vai precisar criar uma nova. Precisamos “desglamourizar” essa função.” Para os recém-chegados que sobrevivem aos primeiros baques e não abandonam o navio no porto seguinte, Daniel Góes garante que há boas recompensas: “O crescimento acaba sendo muito rápido para as funções dentro da embarcação por conta da alta rotatividade. Se você superar os momentos iniciais, as oportunidades são muito grandes.”

Gabriel Folena, 3º período

 

Novas tendências no Turismo

 

Registro da marca nas plataformas digitais aumentam a visibilidade

A 5ª edição do ciclo de palestras Comunicação Empreendedora aconteceu no último dia 4/9, quarta-feira, na sala A201 do Campus Tijuca. O encontro foi promovido pelo curso de Turismo e recebeu o apoio da coordenadora, Selma Azevedo, com o objetivo de proporcionar a reflexão, o conhecimento e a prática da comunicação em diferentes segmentos de mercado para gerar negócios. 

“O nosso papel dentro da universidade é estar aberto à comunidade e conectar pessoas. Por isso, promovemos o encontro para contribuir para a criação de redes de relacionamento que potencializam as possibilidades”, declarou Selma  Ela ainda afirma que o impacto da tecnologia nos negócios exige das médias e pequenas empresas um perfil inovador para continuar no mercado . 

Na abertura do evento, a palestrante Simone Hipólito apresentou cases com novos modelos de relacionamento e processos dinâmicos. “O protagonista é o cliente e é importante tornar essa experiência bem assertiva”, afirmou. Ela ainda citou a estratégia de uma montadora que personalizou o serviço de carros para fidelizar o consumidor, ao fazer uso de ferramentas como a Internet das Coisas (IOT), realidade virtual, gamificação. 

Em seguida, o diretor de comunicação do Clube Empreendedor, Marcos Nahmias, destacou a necessidade de falar de comunicação em um ecossistema empreendedor, dentro do Coworking – uma forma de pensar os ambientes de trabalho, mais autônomos e inspiradores. Para isso,  disse que a participação de alunos na construção desse novo cenário é indispensável.

Para a estudante de Turismo, Carolina Silva, entender as novas perspectivas é um diferencial. “Trazer a visão do empreendedorismo agrega em nosso conhecimento e estimula a nossa capacidade profissional”, opinou a estudante. O ciclo de palestras realizado em parceria com o Laboratório de Turismo  encerrou ontem no Selina Hostel, com a CEO da Jopen Coworking, Nathallia Picon. 

Karina Figueiredo, 7º período